domingo, 16 de dezembro de 2012

A EPIDEMIA DE FEBRE AMARELA NA CAMPINAS DE 1889 - Parte 5




Fundado em 2 de maio de 1886, o hospital do Círcolo Italiano foi um projeto assinado por Francisco de Paula Ramos de Azevedo, e neste ano de 1889 mantém um enfermaria de emergência para atender aos doentes da epidemia. João Guilherme da Costa Aguiar, médico nascido em Itu, é quem dirige esta enfermaria municipal e quem também trabalha intensa e gratuitamente para prestar socorro à população.
O doutor Ângelo Jacinto Simões é outro profissional da área médica que também não abandona Campinas. Não parando de trabalhar um só dia durante a epidemia, Ângelo Simões não deixa a cidade mesmo após o falecimento de sua filha. Graças ao seu desvelo, Dom João Nery que, junto ao Cônego Cipião presta assistência à população carente, não morre após contrair a doença.
Ângelo Simões que nasceu no Rio de Janeiro permanece até sua morte em Campinas, em 20 de Outubro de 1907, e no bairro da Ponte Preta, em sua homenagem, uma avenida recebe o seu nome.


 

Durante este triste período de febre amarela, outras importantes personalidades de Campinas contribuem para combater o terrível problema. O doutor Antonio Pinheiro de Ulhoa Cintra, o Barão de Jaguara, encontra-se várias vezes na cidade como chefe do executivo, constatando pessoalmente a situação alarmante. Ele propõe a assembleia investimentos para conclusão da obra de serviços de água e esgotos. Um dia, a Rua Direita no centro de Campinas, passará a ter o nome deste ilustre Barão.






Barão de Jaguara





Bento Quirino dos Santos é outro forte nome na política de Campinas que luta para ajudar a cidade. Este, que foi um dos fundadores do colégio Culto à Ciência, presta relevantes serviços à população campineira.










Bento Quirino




Outro médico que atua durante certo período em Campinas é o doutor Thomas Alves, fundador da Maternidade de Campinas, anos mais tarde. Este médico que nasceu no Rio de Janeiro é um dos mais estimados pelas diversas classes sociais, e sendo uma pessoa de alma generosa, ele não mede esforços para tratar aqueles atingidos pela epidemia. Sua constante atuação faz com que ele também seja infectado e tenha um dedo indicador inutilizado.
Thomas Alves não permanece em Campinas nos momentos mais críticos da doença, como o fazem Costa Aguiar, Ângelo Simões e Germano Melchert.
 






Doutor Thomás Alves



Ná próxima e última parte:

A morte do doutor Costa Aguiar
As medidas providenciais tomadas por José Paulino



Continua no dia 22/12/2012
 

Um comentário:

  1. Estou estudando medicina, e olha onde estudar sobre direitos humanos me trouxe, ao passado da minha cidade natal. Esses médicos, e pessoas que deram um suporte incrível a Campinas no seu tempo mais difícil....

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