domingo, 25 de maio de 2014

RETRATOS DE CAMPINAS: Maio de 2014





AVENIDA THOMAS ALVES
 
 
Rua Culto à Ciência

  
 

Rua Culto à Ciência


Rua Marechal Deodoro





ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 18 de maio de 2014

MEU CAMINHO - Crônicas de Campinas




 Durante algum tempo, naquela adolescência sonhadora e obstinada, com a firmeza de um coração de estudante, eu segui meu caminho. Eu descia do ônibus coletivo sempre por volta de meio-dia e meia no Terminal Mercado, e atravessava a Avenida Benjamin Constant sob o sol campineiro.







Passava defronte ao Mercadão. Aspirava o aroma característico dos peixes frescos e observava os pombos descansarem sobre o velho telhado. Adentrava cauteloso o túnel que dava acesso à curiosa praça “Ópera a Noite no Castelo”, sentindo o cheiro forte de urina e de olho nos mendigos que me estendiam as mãos. Após sair do túnel e cruzar a Rua Marechal Deodoro, estava defronte àquele boteco, onde certa vez comi uma coxinha.







Seguia pela Rua Falcão Filho, atento às janelas vivas dos prédios residenciais. Quando chegava à Rua Hércules Florence e atravessava-a, sempre me via diante daquele prédio em construção, que até hoje não foi inaugurado.






Caminhava tranquilamente pela calçada, passando em frente ao ginásio Alberto Krum e ao busto do professor Aníbal Freitas, até chegar à Rua Culto à Ciência e ao histórico colégio, onde cursava o Ensino Médio.







Nunca esquecerei o meu caminho e os sonhos que plantei em cada passo.







 


Crônicas de Campinas

Alexandre Campanhola

domingo, 11 de maio de 2014

GRANDES HOMENS DE CAMPINAS: Miguel Vicente Cury



 
 
Miguel Vicente Cury nasceu em Campinas, no dia 1 de janeiro de 1898. Passou seus primeiros anos em Martim Francisco, nos arredores de Mogi Mirim. Sua família mudou-se depois para Araras, onde ele iniciou seus estudos primários. Estudou Humanidades por cinco anos na Europa, retornando em seguida a Araras e tornando-se comerciário. Após formar-se em Contabilidade, mudou-se para Mogi Mirim, onde criou em 1919, juntamente com seu pai, uma oficina de reforma de chapéus. Em 1920, regressou à sua cidade natal, Campinas, fundando a Chapéus Cury.

Ocupou por duas vezes o posto de prefeito de Campinas, de 1948 a 1951, e de 1960 a 1963. Em maio de 1951, último ano de seu mandato, renunciou à prefeitura para candidatar-se a vereador de Campinas, sendo eleito pela legislatura de 1952 a 1955.

Quando assumiu a prefeitura campineira em 1948, encontrou um estado crítico das finanças municipais, tendo chegado a realizar operações financeiras com endosso pessoal para manter ativos os serviços públicos.





 
 
 
Criou um novo código tributário que propiciou um aumento da arrecadação, para que o saneamento das finanças fosse possível.

Implementou melhorias importantes na infraestrutura da cidade, com a ampliação da rede de esgoto, a pavimentação de diversas vias e a implantação de conjuntos habitacionais para a baixa renda.

Também em seu primeiro mandato, promoveu significativas transformações urbanísticas em Campinas, como o prolongamento da Avenida Andrade Neves até o Jardim Chapadão, o alargamento das vias centrais e a construção do viaduto sobre os trilhos da FEPASA, posteriormente denominado de Viaduto Vicente Cury.






Deu suporta ao governo estadual para o início da construção do aeroporto de Viracopos.

Em seu segundo mandato, efetuou nova ampliação da estrutura de tratamento de água, duplicando sua capacidade, e introduziu a fluoretação da água distribuída em Campinas.

Instalou parques esportivos, notadamente o conjunto esportivo do Parque Portugal, e colaborou com o governo estadual na ampliação da rede de ensino fundamental da cidade.

Miguel Vicente Cury morreu em Campinas, no dia 24 de maio de 1973, aos 75 anos de idade.

 



Fontes:


 

domingo, 4 de maio de 2014

RUA DOUTOR EMÍLIO RIBAS, EM CAMPINAS

 
 
QUEM FOI O DOUTOR EMÍLIO RIBAS?




Emílio Marcondes Ribas nasceu em Pindamonhangaba, em 11 de abril de 1862. Era filho de Cândido Marcondes Ribas e Andradina Marcondes Machado Ribas.


 Fez os estudos primários e secundários em sua cidade natal. Mudou-se depois para o Rio de Janeiro, onde cursou a Faculdade de Medicina da Universidade do Brasil. Formou-se com mérito em 1887, com a tese Morte aparente para recém-nascidos.


Começou sua vida profissional como clínico geral. Casou-se com Maria Carolina Bulcão Ribas e foi morar no interior de São Paulo, primeiro em Santa Rita do Passa Quatro e depois em Tatuí.


Em 1895, foi nomeado inspetor sanitário e começou a trabalhar em São Paulo.


Foi um dos bravos e incompreendidos sanitaristas brasileiros do fim do século XIX e do início do século XX, juntamente com Oswaldo Cruz, Adolfo Lutz, Vital Brasil e Carlos Chagas, que lutaram para livrar a cidade e os campos das epidemias e endemias que assolavam o país.


Guiado pela intuição, Emílio Ribas combateu a febre amarela, exterminando com êxito o mosquito transmissor da doença nas cidades paulistas de São Caetano, Pirassununga, Pilar, Jaú e Campinas. Devido a esta atuação, ele foi nomeado para o cargo de diretor do Serviço Sanitário do Estado de São Paulo, em 1898. Sua gestão durou quase duas décadas.


Em 1904, reduziu a febre amarela a apenas dois casos no Estado de São Paulo.


Nos anos de 1908 e 1909, fez várias viagens de estudos e conferências pela Europa e pelos EUA. Anteriormente, foi para Cuba acompanhar estudos dos médicos Walter Reed e Carlos Finley. Quando voltou ao Brasil, defendeu a tese da doença pelo mosquito e não pelo contágio direto. A partir daí os doentes deixaram de ser mantidos em isolamento.




Sofreu forte oposição dos que acreditavam que a doença era transmitida por contágio entre pessoas e para provar que esta tese era errada, deixou-se picar pelo inseto contaminado, junto com os colegas Adolfo Lutz e Oscar Moreira. O doutor Oswaldo Cruz empreendeu a eliminação dos focos de mosquito no Rio de Janeiro, a partir da contaminação de Emílio Ribas, fato que desencadeou a historicamente conhecida Revolta da Vacina.


Emílio Ribas fundou o Instituto Soroterápico do Butantã, construído em uma fazenda nos arredores de São Paulo, e colaborou para a fundação do Sanatório de Campos do Jordão para tratamento de tuberculose, além de ter idealizado e construído a Estrada de Ferro de Campos do Jordão.


Trabalhou em São Simão, em 1902, para deter a terceira epidemia de febre amarela. Saiu da cidade somente quando conseguiu com uma equipe de médicos e voluntários acabar com a grave epidemia, mandando limpar o rio que corta a cidade, e tomando medidas para melhorar o saneamento básico.


Em seus últimos anos criou um asilo especializado para hansenianos, próximo a São Paulo, que visitava três vezes por semana. Em 1922, fez sua última conferência no centro acadêmico da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo.


Em Campinas, Emílio Ribas foi chefe da comissão sanitária em 1896, permanecendo até 15 de abril de 1898, data em que foi nomeado diretor-geral de serviço sanitário.


Ele já tinha enfrentado a febre amarela na região campineira no final do século XIX, contando com o apoio do cientista Adolfo Lutz, então diretor do Instituto Bacteriológico.


Emílio Ribas morreu em São Paulo, em 19 de fevereiro de 1925, aos 63 anos de idade. Em sua homenagem, o principal centro de pesquisa infecto-contagiosas e um hospital a ele ligado, o Instituto de Infectologia foram batizados com seu nome. Também dá nome a ruas na cidade de São Paulo, Poá, Caraguatatuba e Campinas, à estação de Estrada de Ferro de Campos do Jordão, ao Centro de Saúde de Pindamonhangaba, cujo solo guarda os restos mortais do ilustre conterrâneo.

           



A Rua Doutor Emílio Ribas esta presente no bairro Cambuí, em Campinas. Ela tem seu início na Rua Capitão. Francisco de Paula e estende-se até a Avenida José de Sousa Campos. Nela estão presentes diversos condomínios residenciais e empreendimentos comerciais.













 








Fontes: