domingo, 28 de setembro de 2014

RETRATOS DE CAMPINAS: Setembro de 2014

 
 
 
 
RUA MÁRIO SIQUEIRA



RUA GENERAL OSÓRIO






RUA MARECHAL DEODORO



RUA BARÃO DE JAGUARA







ALEXANDRE CAMPANHOLA


domingo, 21 de setembro de 2014

CURIOSIDADES DE CAMPINAS: O estádio "Brinco de Ouro da Princesa"




O estádio Brinco de Ouro da Princesa pertence à equipe de futebol do Guarani de Campinas e foi inaugurado na tarde do dia 31 de maio de 1953 em um jogo do bugre campineiro contra a Sociedade Esportiva Palmeira da capital de São Paulo. Neste jogo, Nilo, meia-direita do Guarani, foi quem fez o primeiro gol do estádio, cobrando uma falta. O Guarani venceu o jogo por três gols contra um do Palmeiras.

 


 
 


 
Anteriormente à construção do Brinco de Ouro, o Guarani realizava seus jogos em um estádio na Rua Barão Geraldo de Rezende, conhecido como "Pastinho", inaugurado no dia 15 de julho de 1913 com a presença do prefeito Orosimbo Maia e localizado em um terreno que pertenceu a Isolethe Augusta de Souza Aranha, filha de Dona Libânia e do Barão de Itapura. 









O estádio já não comportava o clube, sobretudo devido à sua pretensão de disputar o campeonato paulista de futebol, isto no final dos anos de 1947. Um negócio realizado com a Sociedade de Imóveis e Administração Ltda proporcionou a troca do terreno do antigo estádio no bairro do Guanabara por um terreno na chamada Baixada do Proença, e iniciou-se o projeto para a construção do atual estádio bugrino, com os primeiros estudos realizados pelo arquiteto Ícaro de Castro Melo. A capacidade definida para o estádio foi de 29 mil pessoas.

 


 


 
 
 
 
Por que este nome “Brinco de Ouro da Princesa”?

 
O nome surgiu em virtude de uma manchete jornalística que apareceu no jornal Correio Popular em 1948: “Brinco de Ouro para a “Princesa”.











O jornalista João Caetano Monteiro Filho foi quem criou a manchete, após receber uma foto do novo estádio do Guarani no dia 12 de julho daquele ano, apresentada por Ícaro de Castro Melo e Oswaldo Correa Gonçalves. O espaço reservado pelo jornal não era grande e a manchete teria de ser objetiva. Quando recebeu a foto, com a forma circular do belo estádio, o jornalista pensou em um brinco, e como a cidade de Campinas era conhecida como “A Princesa d`Oeste”, surgiu aquela manchete que passou a ser repetido pela população, chamando o estádio de “Brinco de Ouro” e “Brinco da Princesa”. Por isso, o nome oficial do estádio passou a ser “Brinco de Ouro da Princesa”.

 


 
 





 
 O estádio do Guarani de Campinas está situado na Avenida Imperatriz
 Dona Tereza Cristina, 11, no Jardim Guarani.
 





Fonte:


 
 


 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 14 de setembro de 2014

SAUDADE DE OUTRAS TARDES - Crônica de Campinas








Sentado certa tarde na mesa de costume, no boteco de sempre situado na nascente da Avenida Barão de Itapura, acompanhado pelo silêncio eterno do copo de cachaça, pelas vespertinas gargalhadas dos boêmios que lá chegavam e que por toda vida estiveram por lá, seus olhos, agora desacostumados com os novos caminhos da luz que esmorecia, refletiam um pouco da saudade que lhe fragilizava há algum tempo. Misturada às lágrimas repentinas, a antiga rodoviária que tanto lhe rendeu momentos de distração, já não se resumia em ruínas abandonadas, que matavam sem piedade um pedacinho do Botafogo. Novamente, naquele ambiente infindo, o movimento constante dos ônibus de viagem, das pessoas apressadas, daquele ir e vir que destinos construía, estavam lá, no brilho saudosista de seus olhos. E ele também lá estava, desembarcando ainda jovem naquela cidade, deixando o extenso sertão para trás, atravessando a avenida para adentrar pela primeira vez aquele boteco.



Crônicas de Campinas

Alexandre Campanhola

 

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

RUA VISCONDE DE TAUNAY, EM CAMPINAS


 
QUEM FOI O VISCONDE DE TAUNAY?







Alfredo Maria Adriano d`Escragnolle Taunay nasceu no dia 22 de fevereiro no Rio de Janeiro de uma família aristocrática de origem francesa. Era filho de Félix Émile Taunay, barão de Taunay, e de Gabriela Hermínia Robert d`Escragnolle Taunay .

 
Estudou Humanidades e bacharelou-se em Letras no Colégio Dom Pedro II em 1858, aos quinze anos de idade. Estudou Física e Matemática na Escola Militar de Aplicação, da qual se originaram  a Escola Militar da Praia Vermelha (atual Academia Militar das Agulhas Negras), a Escola Técnica do Exército (atual Instituto Militar de Engenharia) e a Escola Central Politécnica (atual Escola Politécnica da Universidade Federal do Rio de Janeiro). Tornou-se bacharel em Matemática e Ciências Naturais em 1863.


 
 
 
 
 
Ele lutou na Guerra do Paraguai como Engenheiro Militar de 1864 a 1870, surgindo desta experiência o livro “A Retirada da Laguna”, em 1869. Retornando ao Rio de Janeiro, lecionou na Escola Militar e iniciou simultaneamente sua carreira como político do segundo império.


Em 1875, tornou-se major e foi eleito para Câmara dos Deputados pela província de Goiás em 1872, sendo reeleito três anos mais tarde.

 


Em 26 de abril de 1876, foi nomeado presidente da província de Santa Catarina, exercendo o cargo de 7 de junho de 1876 a 2 de janeiro de 1877. Durante seu mandato como presidente, inaugurou no Largo do Palácio, atual Praça Quinze de novembro, o monumento aos heróis catarinenses da Guerra do Paraguai.


Taunay retirou-se da vida política em 1878, inconformado com a queda do Partido Conservador, deixando o país para estudar na Europa. Em 1881, foi eleito deputado da província de Santa Catarina  e em 1885, nomeado presidente da província do Paraná. Foi um dos responsáveis, em Curitiba, pela criação do primeiro parque da cidade, o Passeio Público, inaugurado em 2 de maio de 1886. Deixou o cargo em 3 de maio do mesmo ano. Ainda neste ano, tornou-se senador por Santa Catarina.


Taunay também teve uma vida dedica à arte e à Literatura. Foi reconhecido como um crítico das influências da literatura francesa e um defensor da arte brasileira no exterior. No dia 21 de agosto de 1883 propôs na Câmara dos deputados a autorização de uma soma para a realização de uma sinfonia de Leopoldo Miguel em Paris. Foi responsável também pela promoção de Carlos Gomes no exterior.






Ele foi um autor prolífico, produzindo ficção, sociologia, música e história. Na ficção, a obra “Inocência” é considerada pelos críticos como seu melhor livro.

Além de “Inocência” e “A Retirada da Laguna”, publicou outros livros como: “Mocidade de Trajano” e “Lágrimas do coração”.


Foi um dos fundadores da Academia Brasileira de Letras.

Foi oficial da Imperial Ordem da Rosa e cavaleiro das imperiais ordens de São Bento de Avis  e de Cristo.

Recebeu o título nobiliárquico de Visconde de Taunay de Dom Pedro II em 6 de setembro de 1889. Com a Proclamação da República naquele ano, Taunay deixou a política para sempre.

O Visconde de Taunay morreu diabético no dia 25 de janeiro de 1899 no Rio de Janeiro.

 




A Rua Visconde de Taunay fica na Vila Itapura. Ela tem seu início na Avenida Orosimbo Maia e estende-se até a Avenida Barão de Itapura. Nela estão presentes diversos estabelecimentos comerciais e condomínios residenciais.

 

 

Fonte: