domingo, 28 de junho de 2015

RETRATOS DE CAMPINAS: Junho de 2015




AVENIDA ANDRADE NEVES




RUA CULTO À CIÊNCIA




RUA SILVEIRA LOPES






RUA TREZE DE MAIO








ALEXANDRE CAMPANHOLA

terça-feira, 23 de junho de 2015

RUA DOUTOR SALLES OLIVEIRA


 
 
QUEM FOI O DOUTOR SALLES OLIVEIRA ?




O doutor Francisco de Salles Oliveira Júnior nasceu no dia 23 de abril de 1852, na cidade de Jacareí. Era filho do Senhor Francisco de Salles Oliveira e da Dona Francisca Lucinda Leitão Salles. Formou-se em engenharia na Universidade de Gand, na Bélgica em 1877.

 
 
 
 
 

Dirigiu trabalhos nas estradas de ferro Leopoldina, Minas and Rio, e ocupou o lugar de secretário das obras públicas na então Província de São Paulo. Foi árbitro avaliador na encampação da Companhia Cantareira de São Paulo. Encarregado pelo Banco União de São Paulo, foi à Europa realizar compras de maquinismo para a exploração de jazidas de mármores de propriedade daquele banco.

Campinas deve ao engenheiro Salles Oliveira a construção dos serviços de águas e esgotos.

 
Em 1896, diante da solicitação de vários amigos, ele aceitou o lugar de diretor da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, presidindo sua diretoria. Deixou pouco depois a cadeira que ocupava no senado estadual, onde seu talento e patriotismo se evidenciaram a toda luz.








No honroso e difícil encargo de presidente da Companhia Mogiana, foi o mais correto possível diante da alta responsabilidade que lhe pesava, desenvolvendo a maior soma de atividade, energia e tino administrativo, de modo a promover grande prosperidade a grande empresa.

 
A Companhia Mogiana, por sua diretoria, como homenagem à memória de seu pranteado presidente, após sua morte, resolveu lançar um voto de pesar em seu livro de atas, colocar o retrato à óleo na sua sala de honra e dar o nome Salles Oliveira à estação próxima à cidade de Nuporanga. Mais tarde, a cidade onde estava presente esta estação passaria a se chamar Sales Oliveira.








O doutor Francisco de Salles Oliveira Júnior foi pai de Armando de Salles Oliveira, que foi governador do Estado de São Paulo e sócio do jornal O Estado de São Paulo.

Salles Oliveira foi um brasileiro notável pelo caráter, pela inteligência e por seus conhecimentos científicos.

 
Francisco Salles de Oliveira Júnior faleceu no dia 23 de setembro de 1899.

 
 

 
 
 
A Rua Doutor Salles Oliveira situa-se na Vila Industrial. Seu início é na Avenida Barão de Monte Alegre e seu término é na Rua Francisco Teodoro. A primeira denominação da rua foi Estrada da Boiada por causa das boiadas que recebia. Nelas situou-se por muito tempo o Matadouro Municipal.
 
 
 

 
 
 
A Rua Doutor Salles Oliveira também sediou a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, os cinemas Cine Casa Blanca e o Cine Rex. Nos anos 40, a rua era palco do Carnaval de Campinas. Nesta rua está situado o Teatro Municipal Castro Mendes.

 

 


Fontes:

 



 

Um agradecimento especial a Wagner Paulo dos Santos que forneceu grande parte do material de pesquisa para a elaboração desta biografia.

 

domingo, 14 de junho de 2015

O BUSTO DO DOUTOR FRANCISCO BETIM PAES LEME



 
 
Francisco Betim Paes Leme nasceu no Rio de Janeiro, no dia 2 de maio de 1859. Formou-se na Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro em 1882, e no ano seguinte tornou-se médico da Comissão Sanitária da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, que estava sendo construída na Amazônia. Foi agraciado pelo imperador Dom Pedro II com a Comenda da Ordem da Rosa por seu empenho.

 
 
 
 


 
 
 
Foi médico de higiene e subdiretor do Jardim Botânico, mas renunciou ao cargo com o advento da República. Depois de se casar com Maria Betina Paes Leme, trabalhou no consultório da Estrada de Ferro Sapucahy, de 1893 a 1904, e neste ano mudou-se para Campinas, para exercer a função na Companhia Paulista.  De 1910 a 1921, prestou serviços na Estrada de Ferro Noroeste, no Mato Grosso.

Destacou-se , em 1918, no cuidado aos ferroviários enfermos na epidemia de gripe.

Francisco Betim Paes Leme era muito querido pelos ferroviários que, em seu enterro, fizeram questão de carregar o caixão do médico, lembrado durante muito tempo por sua bondade.

Ajudou na fundação da Maternidade de Campinas, e presidiu a entidade de 1921 a 1924. Após deixar o cargo, fundou e foi o primeiro presidente da respeitada Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas.

 
Também trabalhou no Hospital Beneficência Portuguesa.




No ano 2000, é concedido a médicos de destaque pelo compromisso ético e profissional com a Medicina, o Prêmio Paes Leme, que leva o nome do primeiro diretor-presidente  da Sociedade de Medicina e Cirurgia de Campinas






 
 
 
 
Foi homenageado nomeando uma rua na Vila Marieta e com um busto defronte à Maternidade de Campinas.

O doutor Francisco Betim Paes Leme morreu em fevereiro de 1930, em Campinas.

 
 





Fontes:


 
 
 

 

domingo, 7 de junho de 2015

A MELHOR COXINHA - Crônica







Apenas comentei sobre a satisfação que senti certa manhã de sábado, quando comi uma coxinha em uma barraca presente na Avenida Orosimbo Maia, defronte à Rua Delfino Cintra, e uma amiga de trabalho que está grávida, curiosa para saber que sabor tanto me agradou, também foi lá satisfazer seu desejo, no mesmo local, e depois me contou. Disse que para ela o salgado era igual aos outros, nada de surpreendente, não tinha o sabor tão melhor que os outros a ponto de fazê-la também dedicar seus elogios. Pode ser que se tratava de uma coxinha similar a qualquer uma aquela que minha amiga foi experimentar, mas para mim era a melhor coxinha do mundo, a mais saborosa. Naquele dia, quando sai da Avenida Francisco Glicério, desci a Rua Delfino Cintra e ao atravessar a Avenida Orosimbo Maia parei naquela barraca e pedi uma coxinha. Sentado no banco de fregueses, saboreei o salgado admirando o lindo céu azul de Campinas, a luz doirada do sol poisando sobre os edifícios. Observava o movimento dos carros na Avenida e a longe a querida Maternidade onde nasci, onde um dia minha luz brilhou pela primeira vez no território campineiro. Comendo aquela coxinha, não me cansava de admirar nossos ilustres moradores campineiros seguindo suas direções naquela manhã, seguindo seus destinos na cidade tão carinhosa com seus filhos naturais e adotivos. E era um sabor maravilhoso em minha boca, em meus sentidos, quando saciava minha necessidade de parar por um instante nesta vida acelerada para observar as belezas do Botafogo, do centro campineiro, da paisagem encantadora esculpida pela modernidade ou exibida pelos históricos vestígios de uma glória eterna. Confesso que nunca comi uma coxinha tão saborosa naquela manhã de sábado e continuo a recomendar, desde que a satisfação de comê-la seja acompanhada pela satisfação de viver em Campinas.




ALEXANDRE CAMPANHOLA