domingo, 29 de novembro de 2015

EXTRA, EXTRA! SURGE A IMPRENSA CAMPINEIRA: Parte 2



A GAZETA DE CAMPINAS







RUA DO COMÉRCIO (RUA DOUTOR QUIRINO)

No dia 31 de outubro de 1869, é fundado por Francisco Quirino dos Santos e seu sogro Joaquim Roberto de Azevedo Marques um novo jornal na cidade campineira, A Gazeta de Campinas.  O escritório do jornal fica na Rua do Comércio, atual Rua Doutor Quirino. Após nove anos sem um jornal próprio, a cidade passa a exercer uma importante influência na Província de São Paulo com sua imprensa.

 







Joaquim Roberto de Azevedo Marques, o grande homem da imprensa paulista, fundou antes o jornal Correio Paulistano, o primeiro diário da cidade de São Paulo.

 


 
Francisco Quirino dos Santos foi redator do jornal Correio Paulistano, e durante os anos de Faculdade de Direito fundou o jornal literário O Lírio e o jornal político A Razão, em parceria com seu irmão João Quirino do Nascimento.

 


FRANCISCO QUIRINO DOS SANTOS


 
O cargo de gerência do jornal A Gazeta de Campinas é ocupado por um colega de classe de Francisco Quirino dos Santos, do tempo de Faculdade de Direito, José Maria Lisboa, que também trabalhou no jornal Correio Paulistano.

 
Inicialmente seu corpo de redação é formado por Francisco Quirino dos Santos, Campos Sales e Jorge Miranda. Posteriormente, Francisco Glicério vai trabalhar no jornal, projetando-se desde logo como jornalista. Também fazem parte do corpo de redatores importantes nomes como Francisco Rangel Pestana e Américo Brasiliense. O doutor Thomaz Alves passará a contribuir nos folhetins do jornal, anos mais tarde, assinando com o pseudônimo “Hopp Frog”, e suas publicaões sempre serão lidas com maior interesse e aplaudidas. Júlio de Mesquita também escreverá artigos de estilo preciso e cultura sólida neste jornal.

 

FRANCISCO GLICÉRIO

 


A ideia dos fundadores do novo jornal campineiro é defender os princípios republicanos. Por isso, no jornal são publicados inúmeros artigos que funcionam como propaganda para o Partido Republicano, sob a autoria de nomes de peso do movimento, como Francisco Glicério e Campos Sales. As atuações do grupo são divulgadas com ênfase por este órgão do partido, que abriga um ninho de republicanos. Calorosos debates sobre a política nacional são promovidos.

 
No jornal são noticiados assuntos referentes às lojas maçônicas de Campinas, devido à expressiva influência da maçonaria no Movimento Republicano.

 



O Colégio “Internacional”, que surge em 1870 e é fundado por dois ministros protestantes, recebe um grande destaque da Gazeta de Campinas. No jornal são publicados além de avisos pagos, convocações e notícias aos pais dos alunos, e inúmeros editoriais elogiosos ao colégio. A Escola “Corrêa de Mello”, uma escola de caráter popular e mantida pelos esforços de Joaquim Quirino dos Santos, pai de Francisco Quirino dos Santos, é outra instituição defendida pelo jornal.

 
Durante o período da ameaça da Epidemia de febre amarela no território campineiro, as páginas do jornal são um espaço para o debate da classe médica. Na Gazeta também são divulgados iniciativas que visam combater a epidemia.

 
Anúncios de fugas e notícias de suicídios de escravos nas fazendas de café dos grandes barões aparecem constantemente no jornal.

 




Em 1874, a soberania do jornal encontra a concorrência de outro jornal, o Constitucional, alinhado ao Partido Conservador e redigido por bacharéis egressos da Academia de São Paulo, João Gabriel de Moraes Navarro e, posteriormente, por Baltazar da Silva Carneiro. Mas, este jornal dura apenas dois anos.


Outro concorrente que surge no mesmo ano é o jornal A Mocidade, que logo muda seu nome para A Actualidade. Em 1875, muda outra vez o nome, agora de forma definitiva para Diário de Campinas, que apresenta a inovação de circular diariamente na cidade. No mesmo ano, A Gazeta de Campinas passa a ter publicações diárias também.

 




Em 1890, A Gazeta de Campinas encerra suas atividades na imprensa campineira.

 

 


Fontes:

 



 
http://alb.com.br/arquivo-morto/edicoes_anteriores/anais17/txtcompletos/sem01/COLE_sonia.pdf


 



 ALEXANDRE CAMPANHOLA
 

sábado, 21 de novembro de 2015

EXTRA, EXTRA! SURGE A IMPRENSA CAMPINEIRA - Parte 1



 
O AURORA CAMPINEIRA




Na madrugada do dia 3 de abril de 1858, ouve-se o som do ferro velho que mais tarde seria chamado de “Gemer dos Prelos”. Este som representa o início de uma nova aurora no território campineiro, que marca a história da imprensa da cidade de Campinas. No dia 4 de abril de 1858 começa a ser editado o primeiro jornal campineiro. Os irmãos João Teodoro e Francisco Teodoro de Siqueira e Silva, que compraram a oficina de tipografia de propriedade de Hércules Florence, adquirida pelo pioneiro da fotografia em 1832, são os responsáveis pelo surgimento do Aurora Campineira, com sede na Rua Pórtico, atual Rua Ferreira Penteado na esquina com a Rua Irmã Serafina.  

 

 


A ideia inicial do jornal é direcionada para a produção de informes publicitários do comércio local. Com o crescimento, também da população da cidade, passa também a ser produzido o jornal informativo. Neste período vivem em Campinas entre sete a nove mil moradores.

O Aurora Campineira é um tablóide de quatro páginas, medindo 30 centímetros por 20 centímetros de largura, composição de duas colunas cheias e tipo em corpo 8. Em seu período de existência, ele conta com 120 assinantes e circula semanalmente, aos domingos.

 




O primeiro jornal de Campinas caracteriza-se por uma postura crítica e no combate as causas sociais. Nele são publicados assuntos referentes à autoridade municipal, às figuras de grande influência e poder no território campineiro, e à própria justiça. Esta é criticada por sua lentidão, nas publicações do Aurora. Devido a essas críticas, o jornal é tachado de “Papelucho infame” e “Pasquim” pelo promotor público desse período.

João Teodoro costuma criticar os políticos desonestos em artigos do jornal e sofre, por isso, muitas perseguições, além de responder a inúmeros processos.

 
O Aurora Campineira para de circular em 1860, quando é convertido em órgão oficial do Partido Conservador, no dia 10 de janeiro de 1860. A partir deste instante passa a se chamar O Conservador, também pertencente aos irmãos Teodoro.


 



O jornal O Conservador é dirigido por Francisco Antônio de Araújo. Sua duração é curta, de apenas seis meses, e seu conteúdo obviamente defende os interesses do Partido Conservador. Após o encerramento das atividades do jornal, Campinas fica nove anos sem um jornal próprio da cidade.

 

 


Fontes:

 






http://www.emdec.com.br/hotsites/nossa_cidade/ferreira_penteado.html

 


ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 15 de novembro de 2015

RUA BARÃO DE PARNAÍBA





QUEM FOI O BARÃO DE PARNAÍBA?






Antônio de Queirós Teles nasceu em Jundiaí, no dia 16 de agosto de 1831. Era filho do Barão de Jundiaí e de Ana Joaquina do Prado Fonseca. Casou-se em 13 de junho de 1854 em Itu com Rita M´Boi Tibiriçá Piratininga, com a qual teve cinco filhos, dentre eles o engenheiro Antônio de Queirós Teles Júnior.

Antônio de Queirós Teles formou-se, em 1854, pela Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo, onde se matriculou em 1850. Iniciou sua carreira de advogado em Itu.

Em 1855, iniciou sua carreira de político, quando foi eleito à Assembleia provincial por três biênios, de 1856 a 1861. Ocupou também a presidência de Itu. Seu mais alto cargo foi o de presidente da Província de São Paulo, de 26 de abril a 16 de julho de 1886 e de 26 de julho de 1886 a 19 de novembro de 1887.





Sob sua presidência foi construída a Hospedaria de Imigrantes da capital de São Paulo, em execução da Lei n˚ 56, de 21 de março de 1885, destinada a receber imigrantes procedentes do estrangeiro e de outros estados da união.

No período de 1873 a 1886, o Barão de Parnaíba foi presidente da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.

Durante sua presidência da Província de São Paulo colaborou intensamente para a repressão às fugas de escravos, assim como às atividades abolicionistas.

O título de Barão de Parnaíba foi um reconhecimento à chegada das estradas de ferro da Mogiana às cercanias do Rio Parnaíba, na cidade de Santana do Parnaíba, em São Paulo. Este título foi-lhe concedido em 31 de dezembro de 1880, tendo sido elevado a Visconde, com grandeza, em maio de 1887 e a Conde em 3 de dezembro de 1887 por Dom Pedro II. Foi nomeado também Comendador da Ordem da Rosa.

Antônio de Queirós Teles, o Barão de Parnaíba, faleceu em virtude de febre amarela, contraída no Rio de Janeiro, no dia 6 de maio de 1888. Seu corpo foi sepultado na cidade de Itu.

 



 

A Rua Barão de Parnaíba está situada no bairro Botafogo. Ela tem seu início na Rua General Osório e seu término ocorre na Avenida Barão de Itapura. Nesta rua situam-se inúmeros estabelecimentos comerciais. Há muitos imóveis de construção antiga nessa rua, que já foi um dos endereços da antiga estação rodoviária, já demolida.











ALEXANDRE CAMPANHOLA
 

domingo, 1 de novembro de 2015

RETRATOS DE CAMPINAS: Outubro de 2015




AVENIDA FRANCISCO GLICÉRIO





AVENIDA BARÃO DE ITAPURA








RUA BARÃO DE PARNAÍBA





RUA BARÃO DE JAGUARA







ALEXANDRE CAMPANHOLA