sábado, 22 de abril de 2017

PREFEITOS DE CAMPINAS: Orestes Quércia



Orestes Quércia nasceu em Pedregulho, no dia 18 de agosto de 1938. Era filho do empresário Octávio Quércia e de Isaura Roque Quércia.

 
 

Estudou no Ginásio Estadual de Pedregulho e no Ginásio Estadual Torquato Celeiro, em Franca. Ainda jovem mudou-se com a família para Campinas, e estudou na Escola Normal Livre, onde foi vice-presidente do grêmio da escola, dando seus primeiros passos políticos. Em seguida, formou-se em jornalismo e Direito. Na Pontifícia Universidade Católica de Campinas também obteve a formação como Administrador de Empresas.

 
 
 
 
Em Campinas, trabalhou como repórter do jornal Diário do Povo, e quando cursava jornalismo na PUC, foi diretor do Centro Acadêmico 16 de Abril. Fundou a Universidade de Cultura Popular, ligada a PUC.

Entre os anos de 1959 e 1963, foi locutor da Rádio Cultura e da Rádio Brasil. Também trabalhou no jornal de Campinas e na sucursal Última Hora. Foi presidente da Associação Campinense de Imprensa e assistente de produção do Departamento de Estradas de Rodagem.

 

 
 
Iniciou sua carreira política em Campinas, como vereador e depois assumindo a prefeitura. Seu primeiro partido foi o Partido Libertador, através do qual foi eleito vereador em 1962. Foi eleito deputado estadual pelo MDB, partido no qual, em 1972, dedicou-se a organização de diretórios no interior paulista, disputando pelo mesmo a candidatura para concorrer à eleição ao Senado Federal em 1974, e saiu vencedor. Sua carreira política foi alavancada com a eleição ao Senado, quando obteve expressiva quantidade de votos. Na tribuna, foi crítico da política econômica do governo Ernesto Geisel.

 
 

Em 1980, com o retorno do pluripartidarismo, ingressou no PMDB, e declarou-se candidato à sucessão do governo de Paulo Maluf já no ano de 1981, mas através de um acordo tornou-se candidato a vice-governador, na chapa de Franco Montoro, em 1982. Foi adepto das Diretas Já e da campanha vitoriosa de Tancredo Neves à Presidência da República em 1985. Naquele ano, Orestes Quércia casou-se com Alaíde Cristina Barbosa Ulson.



 
Foi eleito Governador do Estado de São Paulo em 1987, após se tornar um nome de peso dentro do partido político ao qual pertencia. Em seu governo, dentre suas realzações destacaram-se a privatização da VASP, em 1990. A criação da Secretaria do Menor, uma atitude pioneira e anterior a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente. A realização de  investimentos da duplicação de rodovias como Anhanguera e D.Pedro I e ampliação das linhas leste-oeste do metrô, inaugurando as estações Barra Funda, Vila-Matilde e Corinthians-Itaquera. A invenção do Rádio Patrulhamento Padrão, destinado à segurança pública, e que aproximava a polícia da comunidade. O desenvolvimento de ações para o fortalecimento do interior, como a regionalização da produção.

 
Seu governo sofreu acusação de corrupção e suborno, como no caso do escândalo Banespa/Cecatto e dos equipamentos israelenses para as universidades, polícia civil e militar, adquiridos sem licitações.




Foi um dos fundadores do PMBD e presidiu-o de 24 de março de 1991 a 26 de abril de 1993. Foi presidente do diretório do partido em São Paulo, de 2001 a 2003 e de 2006 a 2009. Após deixar o governo do Estado de São Paulo, não conseguiu se eleger em nenhuma eleição.

Ao longo da carreira política foi alvo de muitas acusações de corrupção e enriquecimento ilícito. Foi proprietário de negócios nos ramos imobiliários e de comunicações, como o grupo empresarial Sol Panamby, detentor do controle da Rádio Nova Brasil FM, jornal financeiro DCI e duas emissoras de Televisão, TVB Campinas e TVB Band Litoral de Santos. Também foi controlador do Shopping Jaraguá e dono de várias fazendas.

 
 
 

Orestes Quércia tornou-se prefeito de Campinas em 1968. Em sua gestão desenvolveu trabalhos através do planejamento coordenado com a Universidade Estadual de Campinas. Foi autor do projeto de avenidas expressas, pavimentou ruas e avenidas, aperfeiçoou o saneamento com a construção da terceira estação de tratamento de água e a elaboração do plano diretor de esgotos. Urbanizou o parque Taquaral, na época o maior centro turístico da estado. Construiu o palácio dos Esportes e instalou praças de esportes nos bairros mais populosos. Criou ainda novas núcleos de habitação popular  e a Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas. Em 1972, apoiou a candidatura de Lauro Péricles Gonçalves à sua sucessão na prefeitura, que foi vitoriosa. Em 1977, surgiram notícias de ocorrência de casos de corrupção, durante seu mandato como prefeito, mas tais afirmações não foram comprovadas.

 
 

Orestes Quércia faleceu na véspera do Natal de 2010, aos 72 anos, vítima de um câncer de próstata.

 
 
 
 
Fontes:

 







ALEXANDRE CAMPANHOLA
 

sábado, 15 de abril de 2017

CAMPINAS SENTE SAUDADE: Gilda



O cartaz em frente ao cinema anunciava “Nunca houve uma mulher como Gilda”. Era o lançamento do filme Gilda, uma produção estadunidense de 1946 estrelada pela atriz Rita Hayworth, que em 1947 chegava a Campinas para apresentar ao público a história de uma mulher lendária, que segundo diziam, só precisava tirar uma das luvas para parecer que fazia um strep tease completo. Gilda, o papel dramático interpretado por Rita Hayworth que tanto impressionou os críticos de cinema de época, também impressionou uma mulher simples que vivia em Campinas, Geovina Ramos de Oliveira, que foi assistir à película e saiu do cinema se sentindo a própria Gilda.

 
 

Gilda não gostava de revelar suas origens, nem quem eram seus parentes. Sempre dizia “O Mundo é Meu”, quando tentavam descobrir algo a respeito de sua vida. “Sou daqui mesmo, porque gosto daqui”, respondia às pessoas. Sequer a idade revelava. Mas, revelou ser nordestina. Segundo relatos tinha família na cidade de Santos. Era uma mulher que foi casada e teve três filhos. Seu marido trabalhava em uma banca de jornal.

 
Andava pelo centro de Campinas usando faixas de miss e rainha, sempre sozinha. Vestia peças coloridas, usava batom vermelho nos lábios, chapéus e até estolas de pele.  Matava a fome e a sede pelos bares. Poderia estar no Bar Voga saboreando um delicioso pastel, ou tomando um suco de frutas na Casa de Vitaminas mais adiante. Exibia como ninguém uma imensa alegria de viver, desfilando como uma verdadeira estrela nas ruas do centro, seu palco iluminado. Gostava de dançar em frente às enormes caixas de som da Livraria Brasil, na Rua Barão de Jaguara.
 
 
Registro fotográfico de autoria de Gilberto de Biasi
 
 
 
Segundo relatos, aos domingos à noite ela sempre desfilava pelo Jardim Carlos Gomes, quando a banda tocava no Coreto. Dizem que era uma mulher patriota, gostava de cantar o Hino Nacional quando estava enrolada na bandeira do Brasil. Em todo desfile de 07 de setembro estava presente com sua faixa. Demonstrava seu amor por Campinas com sua presença nos eventos importantes da cidade, aparecendo muitas vezes no Teatro Municipal e no estádio Brinco de Ouro da Princesa, na década de 60, quando vestia a faixa de miss bugre. Segundo relatos ainda, se fosse chamada de tostão, logo dizia indignada um palavrão.

 Gilda era uma mulher comum, sem instrução, mas carregada de sensibilidade. Era excêntrica, vaidosa, cuja alegria contagiava a todos. Receber um elogia era uma de suas grandes alegrias, mas caso alguma jovem chamasse mais atenção que ela, ficava muito brava. O povo campineiro respeitava Gilda.


No dia 22 de abril de 1950, uma notícia do jornal Correio Popular destacou “Desaparece da fisionomia da cidade uma de suas figuras populares. A Gilda foi levada para o Hospital Franco da Rocha (Conhecido como "Hospital dos loucos"). Lá continuará cumprindo o seu destino e continuará pensando que é Gilda”.  Mas, ela voltou e continuou vivendo como Gilda.



 
 
 
 
Além de acreditar ser uma estrela de cinema e exibir suas faixas, Gilda também afirmava ser amante do presidente Getúlio Vargas e noiva do prefeito de Campinas Orestes Quércia, eleito em 1968. Quércia se solidarizou com a condição de Gilda e com generosidade doou a ela uma casa popular, na Vila Rica, para que pudesse morar. Foi o que informou os jornais campineiros da época.

 
Ela dizia-se também viúva do cantor Francisco Alves, o famoso Rei da Voz, o qual morreu de desastre automobilístico na Via Dutra, em 27 de setembro de 1952. Por isso, não gostava quando algum fã se referia aos nomes de cantoras famosas da época, como Emilinha Borba e Ângela Maria, pois adorava mesmo era Francisco Alves. Às vezes, xingava quem fazia tais referências, mas outas vezes reagia docemente cantando canções de Maysa. Também cantava canções como “I love you” e “Kiss me”, quando se sentia uma estrela como a Gilda protagonizada por Rita Hayworth.

 

Gilda morreu em 1974, aos 74 anos de idade, depois de ter sido internada no Hospital Mário Gatti.

 






Curiosidades sobre Gilda:

 

- A história de vida de Gilda foi muito apreciada e inspirou a obra o artista plástico Egas Francisco, que desde sua infância, quando a descobriu em uma banca de jornal, ficou fascinado e nunca mais deixou de retratá-la.

 
 

- Augusto Sevá dirigiu um documentário sobre Gilda, que o Museu de Imagem e Som de Campinas preserva junto de outros trabalhos, como Fala Ó, documentário dirigido por Cristina Cavotto e roteirizado por Maurício Squarisi, sobre a vida do popular Mané Fala Ó.

 
- Em 2001, durante o Segundo Encontro Internacional “Saber Urbano e Linguagem”, com o acaso e definição “A vida na cidade”, promovido pelo Laboratório de Estudos Urbanos da Unicamp, Gilda foi lembrada em uma apresentação de Regina Polo Muller.

 
 


- Em 2014, uma exposição de bonecos feitos de papel marchê que homenageava personagens da história de Campinas, durante a semana do aniversário da cidade, trouxe a lembrança em forma de boneca da Gilda. O trabalho foi realizado por crianças do Projeto Vivendo Campinas e a exposição ocorreu na sede da ONG União Cristã Feminina (UCF), localizada na Rua Olívio Manuel de Camargo, 291, no Jardim Santa Mônica.

 


 

Fontes:

 






 
 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

sexta-feira, 14 de abril de 2017

CAMPINAS SENTE SAUDADE: Mané fala Ó




Em uma realidade em que cumprimentar um desconhecido ou mesmo um amigo na rua tornou-se uma atitude incomum, imaginem alguém que nos abordasse nas ruas do centro de Campinas inesperadamente, passasse a nos seguir desde então com um pedido misterioso, insistente e simpático:  “Fala ó para mim!”. É bem verdade que a preferência por este tipo de atenção era voltado às mulheres de Campinas, mas foi assim que João Lopes Camargo, mais conhecido como Mané fala Ó, tornou-se uma figura conhecida do centro campineiro e querida também, em uma época em que as relações humanas eram mais próximas e frequentes.

 
Registro fotográfico de autoria de Gilberto De Biasi
 
 
 
Mané fala Ó começou a circular pela cidade de Campinas por volta dos anos de 1950, aparecendo constantemente nas ruas da Vila Industrial. Desde daquela época até o fim de sua vida, era conhecido pela reação que tinha ao ver uma mulher passar pela rua, sobretudo se fosse bonita, pedindo com certa insistência “Ô menina, fala Ó pra mim”. Muitas mulheres tinham medo dele, porque as seguia até que recebesse a resposta esperada.



 
 
Segundo relatos, ele foi vítima de uma doença conhecida como “Doença do sétimo dia”, que deixou sequelas e afetou, decerto, seu estado mental. Ainda segundo relatos, morava com seu padrinho, o senhor Bianchi, na Rua Diogo Prado, no bairro Cambuí. Era uma pessoa educada, ingênua, prestativa. Fazia pequenos favores para comerciantes do centro de Campinas, até que um dia, através de uma vaquinha, compraram-no uma bicicleta.

 
 
 

De tão querido que era, Mané fala Ó entrava e saia de onde bem entendesse, no centro campineiro e seus arredores. Também trabalhava. Quando morava na casa de uma tia no bairro Taquaral, dona Joana, e dividia o quarto com um primo, Anderson, para ter dinheiro e se sustentar ganhava trocos de alguns conhecidos, vendia jornal de loja em loja, e assim, sempre de bem com a vida, só voltava para casa na hora de dormir.

 
Mané fala Ó circulou por muitos anos com sua inseparável bicicleta preta pelo centro de Campinas. Conhecia a cidade como ninguém e sempre demonstrou em sua vida um comportamento honesto e inofensivo.



Mané fala Ó e Antônio Francisco dos Santos, o Politizador
Registro fotográfico de autoria de Carlos Bassan

 
Dizem que quando já estava muito idoso, Mané fala Ó já não fazia mais seu pedido costumeiro, apenas ficava batendo moedas nos postes de placas de ônibus dos terminais. Segundo relatos, eram as pessoas que lhe faziam então aquele pedido que se tornou sua voz em meio à população campineira.


Na noite do dia 22 de dezembro de 2003, aos 72 anos de idade, quando já passava das oito horas da noite, Mané fala Ó foi atropelado por um Monza, no momento que atravessava a Avenida Mirandópolis, na Vila Pompeia. Foi socorrido pelo próprio motorista, e levado ao pronto-socorro do Hospital Mário Gatti, mas não resistiu aos ferimentos. Naquela noite, às nove horas e dez minutos, aproximadamente, Campinas perdeu uma figura folclórica e querida de suas ruas. No Natal daquele ano, a alegria e inocência de Mané fala Ó foi lembrada com muita saudade.

 
 
 
 
 
 
Curiosidade sobre Mané fala Ó:

 
- Na década de 80, um grupo de música paulista denominado Grupo Rumo compôs uma música inspirada nesta querida figura campineira. Eis a música:
 
 

- Na década de 90, Ele chegou a ser enredo da escola de samba Rosas de Prata.

- Em 2010, foi aprovada na Câmara Municipal de Campinas proposta pelo vereador Antônio Francisco dos Santos, o Politizador, uma lei que denominava a Semana Municipal do Transito com o nome de Mané Fala Ó, em homenagem à saudosa figura popular campineira que foi vítima de atropelamento no trânsito.
 



 

 

Fontes:

 


Fotografia de Gilberto De Biasi – Mané Fala Ó jovem




ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 8 de abril de 2017

CAMPINAS SENTE SAUDADE: Brasil de Oliveira e Emil Rached


 
O "Brasa"
 
 
 
 
Brasil de Oliveira, o “Brasa” foi um dos maiores conhecedores de futebol deste país. Comentarista de rádio e jornal apaixonado pelo esporte, começava seus comentários com a frase “amigos do futebol”, e era frequentador assíduo do Café Regina e do Bar Eden. Afirmava que vivia o futebol 24 horas por dia.

Antes de ser jornalista, trabalhou no departamento de basquete do Tênis Clube, que tinha na época como vice-presidente o político José Roberto Magalhães Teixeira

Quem não se lembra de quando se manifestava na Rádio Central com a frase “Aquele abraço amigos do futebol!”?










O “Brasa” começou a trabalhar na imprensa campineira em 1972, como repórter de esportes do Correio Popular, cuja redação funcionava na Rua Conceição. Em 1975, foi trabalhar para o Diário do Povo e assinava uma coluna sobre Kart com o pseudônimo de Rodrigo Lagoa. Dois anos mais tarde, transferiu-se para o Jornal da Tarde. Ainda na década de 1970, Brasil de Oliveira entrou para o radiojornalismo, e tornou-se comentarista de futebol na Rádio Educadora de Campinas. Em seus útimos anos de vida, exerceu a mesma função pela Rádio Central. Em sua última reportagem, publicada no Estadão um dia antes de sua morte, o “Brasa” comentava sobre a euforia do Guarani após quatro vitórias consecutivas no Campeonato Brasileiro.

 
Brasil de Oliveira morreu em Campinas, aos 46 anos,  no dia 10 de setembro de 1996, no Dia da Imprensa, de ataque cardíaco.

 
 

 



O Gigante dos Trapalhões




Emil Rached também conhecido como “O Gigante dos Trapalhões” foi um jogador de basquete descoberto em Campinas. Começou sua carreira na equipe de basquete do Palmeiras e jogou entre 1964 e 1980. O Gigante dos Trapalhões também atuou em outras equipes como o Corinthians, XV de Piracicaba, Rio Claro e Tênis Clube de Campinas, e no Botafogo e Tijuca Tênis Clube, no Rio de Janeiro. Teve destaque jogando pela seleção brasileira, quando ganhou uma medalha de bronze no mundial do Uruguai, em 1967, e uma medalha de ouro no Pan-Americano de Cali na Colombia, em 1971.

 
 



Sua popularidade tornou-se maior ainda no cenário nacional, quando começou a participar de episódios do programa humorístico Os Trapalhões, através dos quais podia dizer o seu bordão. Quando Renato Aragão, o Didi, perguntava-lhe “Está frio aí em cima?”, ele respondia “Pega no meu termômetro”. Seu papel de gigante mal-humorado e desajeitado conquistou o público. Também participou de filmes na décade de 70 e 80, como “Os Trapalhões nas Minas do Rei Salomão”, de 1977 e “Os Trapalhões na Guerra dos Planetas”, de 1978.

Com seus 2,20m foi considerado o jogador de basquete mais alto do mundo em sua época, e segundo o Guinness de 1974, provavelmente, o homem mais alto do Brasil.

 
Emil Rached faleceu no Centro Médico de Campinas, em Barão Geraldo, no dia 15 de outubro de 2009, aos 66 anos de idade, após sofrer uma embolia pulmonar e quatro paradas cardíacas.

 
 
 
 
 
 
Fontes:

 

 



 

ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 1 de abril de 2017

RETRATOS DE CAMPINAS - Março de 2017






RUA DELFINO CINTRA





RUA EDSON SALES DE OLIVEIRA






FÁBRICA DE CHAPÉUS CURY - RUA BARÃO GERALDO DE RESENDE





E.E DONA CASTORINA CAVALHEIRO - RUA PREFEITO PASSOS





 ALEXANDRE CAMPANHOLA