domingo, 30 de julho de 2017

GRANDES HOMENS DE CAMPINAS: Salvador Leite Camargo Penteado



Salvador Leite Camargo Penteado nasceu em Campinas, no dia 02 de maio de 1847. Era filho de Domingos Leite Penteado e de Dona Maria da Rocha Camargo. Passou a infância na fazenda de seus pais.

Casou-se em fevereiro de 1878, com Dona Leonor Teixeira Nogueira, com a qual teve cinco filhos, dentre eles Heitor Teixeira Penteado, que foi prefeito de Campinas
 



 

Cursou Humanidades no Colégio Culto à Ciência e após à conclusão do curso, matriculou-se na Academia de Medicina, no Rio de Janeiro, onde fez o primeiro ano em 1871 ou 1872, mas desistiu do curso durante o segundo ano. Resolveu, então, começar a cursar Direito, em 1873, na Província de São Paulo. Neste período, eram fortes no meio universitário as ideiais republicanas vigentes, que foram expostas no manifesto de 1870. Salvador Leite Camargo Penteado tornou-se membro do Clube Republicano Acadêmico da capital da província.


Foi um dos fundadores, em 19 de maio de 1876 do jornal “A República”,  cuja finalidade principal era difundir as ideais republicanas. Também foi um dos redatores do jornal.

 
Em novembro de 1877, Salvador Leite Camargo Penteado formou-se em Direito e voltou para Campinas para exercer sua profissão. Com isso, deixou de atuar na imprensa revolucionária  e naquele jornal que colaborou na fundação.

 
Mas, continuou como membro influente na comunidade republicana , sendo alheio aos serviços dirigidos por seu grande amigo Francisco Glicério, o qual era um dos grande expoentes das ideais republicanas na Província de São Paulo.


Foi eleito vereador de Campinas e tomou posse no dia 7 de janeiro de 1881.

Ainda em 1881, foi nomeado juíz municipal e de órfãos da comarca, quando exercia o cargo de vereador. A nomeação foi feito pelo Barão de Ataliba Nogueira, um parente a fim do Dr. Salvador Penteado, e legitima influência conterrânea no Partido Liberal que dominava ao tempo. Após consultar os chefes republicanos sobre a nomeação, os quais se agradaram com tamanha atribuição a um membro do partido, Salvador Penteado assumiu e cumpriu o cargo até 1884.

 
De 1885 a 1886, ele exerceu novamente a advocacia, em seu escritório em Campinas, que neste último ano era na Rua Rosário, atual Avenida Francisco Glicério, no número 35.

 
Em 1886 foi eleito novamente vereador à Câmara Municipal, e exerceu seu mandato de 1887 a 1890, sendo seu presidente até 2 de janeiro de 1888. Por indicação sua, passou a denominar-se “13 de maio”, a antiga rua de São José.

 
Salvador Penteado administrou a Câmara de Campinas com destaque no período de 1881 a 1884, quando houve uma mobilização da Câmara no sentido de estabelecer água e esgoto à cidade, e iniciativas de melhoramentos na grande Praça Carlos Gomes com a construções de três chafariz.


Durante sua vida, Salvador Leite Camargo Penteado dedicou-se ao movimento que resultaria na Proclamação da República no Brasil, representando os republicanos de campinas tamanho os esforços e a fidelidade para difundir a propaganda do partido.


Retirou-se da política, quando viu que os homens que se diziam dedicados à causa mais o eram aos interesses pessoais do que aos princípios. A partir de então, concentrou-se inteiramente no amor à família.


Foi homenageado com seu nome dado a uma rua em Campinas, Rua Dr. Salvador Penteado, a qual começa na linha da Mogiana e termina na Rua Rafael Sales, no Bairro Chapadão.

 
Salvador Leite Camargo Penteado morreu aos 55 anos,  em Campinas, no dia 30 de setembro de 1902.

 

 

Fontes:

 

 

ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 29 de julho de 2017

RETRATOS DE CAMPINAS: MAIO, JUNHO E JULHO

 
 
 
 
 
RUA MARECHAL DEODORO
 
 
 
 

RUA IRMÃ SERAFINA
 
 
 
 

RUA PROFESSOR LUIZ ROSA
 
 
 
 

RUA IRMÃ SERAFINA





RUA BARÃO GERALDO DE RESENDE

ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 15 de julho de 2017

RUA BARRETO LEME: Quem foi Barreto Leme?




Francisco Barreto Leme do Prado foi descendente da antiga família Raposo Góes. Nascido na então Vila de Taubaté em 1704, era o sétimo filho de Pedro Leme de Prado e Francisca de Arruda Cabral.






Casou-se em 1730 com Rosa Maria de Gusmão, da estirpe dos Garcias Velhos, isto aos 26 anos de idade.

Foi proprietário de um sítio de cultura em malacacheta, perto de Pouso Frio, no município de Taubaté.





Veio estabelecer-se na vila de Jundiaí e ouvindo falar das boas terras entre Jundiaí e a vila de Mogi-Mirim, passou a residir num lugar denominado Mato Grosso em 1739, pouso dos bandeirantes que seguiam para Goiás e Cuiabá.





A povoação foi crescendo e Barreto Leme, que era um dos homens mais importantes do lugar, muito fez por ele, a ponto de conseguir a criação da Freguesia das Campinas de Mato Grosso, tendo doado, ao que se diz, o terreno para a construção da igreja do lugar.




Aos 27 de Maio de 1774, o governador da capitania, Dom Luiz Antônio de Souza Botelho Mourão, atendendo, naturalmente, ao seu mérito, nomeou-o fundador da freguesia.






No dia 14 de Julho de 1774, Barreto Leme conseguiu inaugurar uma capela com uma
missa solene e benção da pia batismal. Esse acontecimento marcou a fundação do Distrito e Freguesia de Nossa Senhora da Conceição. Em 1797, a Freguesia de Campinas foi elevada a Vila de São Carlos.






No Ano de 1842, passou a categoria de cidade com o nome de Campinas.






Barreto Leme morreu no dia 13 de Abril de 1782, aos 78 anos, sendo o seu corpo sepultado na igreja Matriz da Freguesia, que é a atual Matriz do Carmo, ao lado direito de quem entra.

 
 
A Rua Barreto Leme recebeu este nome em 1869 no plenário da Câmara Municipal, em homenagem ao fundador de Campinas Barreto Leme, sendo chamada antes de "Rua da Matriz" por causa da igreja construída de costas para ela. Depois disso ainda foi denominada "Rua da Matriz Velha", por causa da construção de uma nova igreja.
 
 
 
Além de ser conhecida por homenagear o fundador de Campinas, esta rua também é considerada um espaço que centraliza vários pontos culturais como escolas, sebos tradicionais e livrarias.
 





Barreto Leme morou na rua que hoje leva seu nome. O prédio em que morava foi demolido para abrir a Rua Dr. Quirino, a partir da atual Avenida Benjamin Constant.





A Associação Campineira de Imprensa (ACI) está localizada nesta rua desde 1927, idealizada pelo professor Roberto de Souza Pinto. Foi a primeira entidade de jornalistas fundada no estado de São Paulo. Também nesta rua encontra-se a Sociedade Israelita Brasileira Beth Jacob que realiza serviços religiosos em sua sinagoga e ministra aulas de cultura judaica e hebraico.




A Rua Barreto Leme começa na Rua Dr. Ricardo e se prolonga até a Avenida José de Souza Campos, no Cambuí, passando em seu percurso pela Matriz do Carmo e Prefeitura Municipal de Campinas.








Fontes:


Souza, Maria do Carmo.Você e o município: estudos sociais: 3 série, 1 grau/ Maria do Carmo Souza, Campinas(SP): Editora Campinas, 1986.

http://jornalocal.com.br/site/memorias/personagens/arquivo-529/

http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com.br/2008/11/personagem-jos-guedes-de-sousa-baro-de.html

http://www.emdec.com.br/hotsites/nossa_cidade/

 

 ALEXANDRE CAMPANHOLA