A GAZETA DE CAMPINAS
RUA DO COMÉRCIO (RUA DOUTOR QUIRINO) |
No dia 31 de outubro de 1869, é fundado por Francisco Quirino dos Santos e seu sogro Joaquim Roberto de Azevedo Marques um novo jornal na cidade campineira, A Gazeta de Campinas. O escritório do jornal fica na Rua do Comércio, atual Rua Doutor Quirino. Após nove anos sem um jornal próprio, a cidade passa a exercer uma importante influência na Província de São Paulo com sua imprensa.
Joaquim Roberto de Azevedo Marques, o grande homem da imprensa paulista, fundou antes o jornal Correio Paulistano, o primeiro diário da cidade de São Paulo.
Francisco Quirino dos Santos foi redator do jornal Correio Paulistano, e durante os anos de Faculdade de Direito fundou o jornal literário O Lírio e o jornal político A Razão, em parceria com seu irmão João Quirino do Nascimento.
O cargo de gerência do jornal A Gazeta de Campinas é ocupado por um colega de classe de Francisco Quirino dos Santos, do tempo de Faculdade de Direito, José Maria Lisboa, que também trabalhou no jornal Correio Paulistano.
A
ideia dos fundadores do novo jornal campineiro é defender os princípios
republicanos. Por isso, no jornal são publicados inúmeros artigos que funcionam
como propaganda para o Partido Republicano, sob a autoria de nomes de peso do
movimento, como Francisco Glicério e Campos Sales. As atuações do grupo são
divulgadas com ênfase por este órgão do partido, que abriga um ninho de
republicanos. Calorosos debates sobre a política nacional são promovidos.
O Colégio “Internacional”, que surge em 1870 e é fundado por dois ministros protestantes, recebe um grande destaque da Gazeta de Campinas. No jornal são publicados além de avisos pagos, convocações e notícias aos pais dos alunos, e inúmeros editoriais elogiosos ao colégio. A Escola “Corrêa de Mello”, uma escola de caráter popular e mantida pelos esforços de Joaquim Quirino dos Santos, pai de Francisco Quirino dos Santos, é outra instituição defendida pelo jornal.
Em 1874, a soberania do jornal encontra a concorrência de outro jornal, o Constitucional, alinhado ao Partido Conservador e redigido por bacharéis egressos da Academia de São Paulo, João Gabriel de Moraes Navarro e, posteriormente, por Baltazar da Silva Carneiro. Mas, este jornal dura apenas dois anos.
Outro concorrente que surge no mesmo ano é o jornal A Mocidade, que logo muda seu nome para A Actualidade. Em 1875, muda outra vez o nome, agora de forma definitiva para Diário de Campinas, que apresenta a inovação de circular diariamente na cidade. No mesmo ano, A Gazeta de Campinas passa a ter publicações diárias também.
Em
1890, A Gazeta de Campinas encerra suas atividades na imprensa campineira.
Fontes: