Francisco Amaral, mais conhecido como Chico
Amaral nasceu em Campinas, em 29 de janeiro de 1922. Filho de uma família rica
de fazendeiros, que possuía como umas das fazendas a de Santa Terezinha, em
Barão Geraldo, trabalhou desde jovem, rotulando e encaixotando vidros em um
laboratório. Trabalhou também em uma salsicharia no Mercado Municipal. Estudou no tradicional colégio Culto à
Ciência.
Trabalhou também como jornalista, enquanto
cursava filosofia na PUC-Campinas. Formado, assumiu o cargo de professor e diretor
do Colégio Estadual de Amparo.
Cursou Direito em Niterói, Rio de Janeiro,
para onde tinha se mudado nos anos 40, e quando retornou a Campinas, abriu seu
primeiro escritório com outros 13 advogados atuando nas áreas trabalhistas e
previdenciárias. Foi um dos importantes advogados dos ferroviários.
Foi eleito deputado estadual em 1962 pelo
MDB, e deputado federal em 1967 por São Paulo na primeira de suas seis eleições.
Fez parte do “grupo dos autênticos” no MDB, formado por deputados que combatiam
a ditadura. Ajudou o deputado Márcio Moreira Alves, após um discurso deste
contra a ditadura, a escapar da prisão dos militares, colocando-o no
porta-malas de seu carro e levando-o para Campinas, onde ficou escondido por
três meses no apartamento de José Roberto Magalhães Teixeira.
Participou da elaboração da constituinte de 1988 ainda como deputado federal.
Voltou ao posto de prefeito de Campinas em
1997. Foi neste segundo mandato
que surgiu o Parque Oziel, uma das maiores ocupações da América Latina. O bairro,
com histórico de violência e criminalidade, fica às margens da Rodovia Santos
Dumont.
Foi de sua autoria a lei que permite usar o
Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) para a compra da casa própria.
Era reconhecido por sua atuação junto à
periferia e aos mais pobres. Na região do Boa Vista, uma recente ocupação recebeu o seu nome, Vila Chico Amaral.
No final de sua vida, foi filiado ao PMDB
“Eu talvez tenha interpretado muito mais os sentimentos,
necessidades e carências da minoria do que os ímpetos e apetites das maiorias” –
28/12/2000 – Correio Popular – Chico Amaral
Fontes:
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