sábado, 15 de junho de 2013

A PRAÇA GUILHERME DE ALMEIDA, EM CAMPINAS (Crônica)

 

PRAÇA GUILHERME DE ALMEIDA

 

 

A Praça Guilherme de Almeida é o ponto de encontro dos elementos que configuram a classe social campineira de menor status social. É onde estão presentes elementos assalariados de humilde condição financeira, elementos afetados pelo desemprego e pela mendicância.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Não é uma praça ideal na busca de sossego e tranquilidade, aspectos esperados em uma praça, não apenas por causa da movimentação intensa de veículos nas Avenidas Francisco Glicério e Campos Salles e da Rua General Osório, mas também por ser esta praça um ponto de grande tráfego e concentração humana. É um local de reunião populacional numerosa.
 
 
 


 
 
 
 
Nesta praça esteve em atividade por muito tempo um importante orgão das decisões jurídicas de campinas, o "Palácio da Justiça", o qual também é uma referência no centro de campinas. Por irônia, na Praça Guilherme de Almeida, hoje em dia, encontram-se dezenas de injustiçados pela justiça da vida.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Provavelmente, a presença do "Palácio de Justiça" e dos ilustres doutores do Direito, atraiu ao longo do tempo os engraxates de Campinas, e hoje os bancos dos engraxates, que já garantiram o brilho de muitos sapatos luxuosos, destacam-se por envolverem a Praça Guilherme de Almeida e pelo caráter propagandista de sua estrutura. A presença dos taxistas também fortalece a importância que possuía o prédio da justiça.
 
 
 
 




Na praça onde se encontra um palácio que durante muito tempo cuidou da justiça campineira, não poderia haver melhor guardião que um homem que se formou em Direito, que participou da Revolução Constitucionalista de 1932, em São Paulo e que, foi considerado o "Príncipe dos Poetas Brasileiros".
O busto do poeta Guilherme de Alemida, ilustre campineiro, mistura-se à massa popular que se aglomera nesta praça e observa eternamente a evolução das relações e condições humanas.





 
 
 
 
Esta é a Praça Guilherme de Almeida, um espaço à sombra do Palácio da Justiça onde trabalhadores transitam, onde mendigos escondem-se em seus cobertores rotos, onde o doutor engraxa seu sapato italiano, o religioso prega, o charlatão reúne pessoas para aplicar seu golpe, o desempregado senta-se no banco e examina os classificados do jornal...enfim, um espaço popular onde o povo mostra sua cara.












Nenhum comentário:

Postar um comentário