No silencioso bosque onde a cultura
Seus rebentos lança às curiosas mentes,
O passado e o futuro combinados,
Erguem o sol da aurora criativa.
Correm nobres ares neste recanto,
A primavera desprende seus perfumes!
Nos corredores de árvores diversas
Que glorioso é respirar as crenças.
Quem neste fértil chão com seus pés sente
O quanto são firmes estas raízes,
Também sólido será em seus passos,
Em seu florescer para novos planos.
As infantis presenças tão bisonhas
Querendo desbravar os horizontes;
A mocidade semeando os sonhos,
A maturidade em sua colheita...
A velhice ávida por saber mais,
Rega esse bosque de verdes caminhos;
Cultiva os ramos da estival esp`rança
Que sempre alentará as gerações.
Foi aqui neste espaço de lampejos,
Da fantasia nesta áurea morada,
Que aquele mancebo pulcro de outrora
Suas melhores horas engendrou.
Filho das quiméricas emoções
Sua paixão maior era sonhar;
Ante às estantes cheias quais pomares
Seus frutos preferidos escolher.
Alentando seu espírito ingênuo,
Daquelas folhas velhas e amarelas
Absorveu o sumo mais saboroso,
O conhecimento que nutri os homens.
Silencioso como um plácido monge,
Sentado sob a sombra do saber,
Nunca mais, cego, ele se perderia
Na escuridão dos dúbios pensamentos.
Habitante deste bosque sublime,
Ele crescia em meio àquela dádiva
De carregar em seus vindoiros anos
Da sabedoria a lanterna altiva.
De ver surgir as estações dos livros
Que o moldaram tenro, morigerado...
De ser grandioso nessa passagem
Do viver decorada de surpresas.
De seu saudoso culto a semente
Inda resta nestas terras sagradas;
Foi no seio fecundo desse templo
Que ele plantou
seu jovem coração.
A Biblioteca Municipal de Campinas "Professor Ernesto Manoel Zink" fica na Avenida Benjamin Constant, atrás da prefeitura municipal de Campinas.
Poema de Alexandre Campanhola
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