Disseram ao poeta suburbano que a Academia Brasileira de Letras é um lugar onde os escritores se reúnem para tomar chá, respirando o nobre ar carioca. Que lá, discutem assuntos inacessíveis aos populares, vestem uma roupa típica e têm suas próprias cadeiras. Disseram que lá, todos são cultos e arrogantes, todos são imortais, e há maior arrogância que esta?
Dias depois, o poeta suburbano e campineiro para defronte à Academia Campineira de Letras, e desanima-se com suas portas fechadas (como sempre), com o ar tedioso dos terminais de ônibus derredor e a atmosfera decadente das Letras de Campinas. E, o poeta prefere ficar do lado de fora, criando seus versos marginais e grato por saber que um dia morrerá.
Crônicas de Campinas
Alexandre Campanhola
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POETA ALEXANDRE CAMPANHOLA NO LINK:
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