
Júlio de Mesquita foi aos três anos de idade com os pais a Portugal para fazer os primeiros estudos. Ao regressar, estudou em Campinas , nos colégios "Caldeira Morton" e "Culto à Ciência". Estreou nas letras com o conto " Um lindo Natal", publicado no " Almanaque popular" de Campinas, em 1877.
Foi apoiado por sua família nos estudos e formou-se pela escola do Largo de São Francisco de Direito, em 1883.
Foi casado com Lucila de Cerquiera César, filha do senador José Alves de Cerqueira César e Maria do Carmo Salles, irmã de Campos Salles e tetraneta de Barreto Leme, fundador de Campinas. O casal teve doze filhos.Deixou a carreira de advogado, onde trabalhou no escritório do Dr. Francisco Quirino dos Santos, pela intensa paixão que tinha pelo jornalismo e pela política. Tornou-se vereador de Campinas, secretário do primeiro governo provisório republicano de São Paulo, deputado à Constituinte paulista, senador estadual e deputado federal, fazendo parte da Comissão de Justiça da Câmara. Em 1909, foi elevado ao posto de Líder da Maioria.
No jornalismo, Júlio de Mesquita gerenciou o jornal A Provincia, fundado por adeptos do Partido Republicano. Nas mãos de Mesquita o jornal ganhou importância nacional. Em 1891, Júlio de Mesquita assumiu a direção de " O Estado de São Paulo", dando início a dinastia que hoje controla o jornal e também a empresa. Quando rompeu relações com Campos Salles, em 1927, o jornal perdeu acionistas, e Júlio investiu na compra de suas ações, e pôde posteriormente orgulhar-se por ter um jornal livre, sem qualquer vínculo partidário. Nas páginas de seu jornal, apresentou suas ideias referente à política, sua postura a favor do voto livre e da democracia. Foi amigo e seguidor das ideias de Ruy Barbosa e editor da série de reportagens de Euclides da Cunha. Em 1924, durante a revolução, foi preso e a circulação do jornal suspensa.
Conquistou o título de " Príncipe dos Jornalistas Brasileiros".

No dia 15 de Março de 1927, em São Paulo, Júlio de Mesquita morreu aos 65 anos de idade devido a problemas pulmonares. Ele está enterrado no Cemitério da Consolação em São Paulo.

O busto de Júlio de Mesquita está presente na Praça Imprensa Fluminense, no Centro de Convivência, no bairro do Cambuí.
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