Salvo meus passos silentes,
Pilhando ao léu suas escadas
Em busca dos penitentes
Tão frementes,
Tão frementes junto ao nada.
O nada eu via defronte
Aquele pórtico belo,
Mas surgia em minha fronte
Uma ponte
Uma ponte de desvelo.
E, sobre a fé eu andava,
Adentrando o alvor latente,
Meu silêncio qual aldrava,
lá chamava
lá chamava o onipotente.
Eu ressurgia do fosso
Ajoelhado no altar,
Prostrando ao chão meu pescoço
De remorso,
De remorso a murmurar.
O órgão minh`alma fremia
Alentava-me a Hosana,
Talvez na reza eu fugia,
E teria,
E teria a crença lhana.
POEMA ESCRITO EM 11/05/2003
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