Francisco de Paula Ramos de Azevedo nasceu em São Paulo, em 1851. Era engenheiro, arquiteto, administrador, empreendedor e professor. Trabalhou na Companhia Paulista de Vias Férreas, antes de se formar como engenheiro-arquiteto, em 1878, na Bélgica. Foi um curso alinhado ao historicismo das escolas politécnicas europeias em que predominam os estilos neoclássicos e o ecletismo. Sua graduação teve excelentes recomendações e ao voltar ao Brasil, Ramos de Azevedo estabeleceu seu primeiro escritório profissional na cidade de Campinas-SP. Sua primeira obra importante foi a conclusão da Igreja Matriz de Campinas, e após conhecer o Visconde de Indaiatuba, ele foi convidado para construir os edifícios da Tesouraria da Fazenda, da Secretaria da Agricultura e da Secretaria da Polícia, em São Paulo. Com estas obras, ele estabeleceu na capital paulista o maior escritório de projetos do século XIX e início do século XX: a F.P Ramos de Azevedo e Cia.
A habilidade de lidar com o poder público e os interesses
privados possibilitou que Ramos de Azevedo ocupasse muitos cargos de comando e
responsabilidade, como diretor da Companhia Mogyana de Estradas de Ferro, do
Liceu de Artes e Ofício de São Paulo e da Escola Politécnica de São Paulo. Ele
também foi Conselheiro da Caixa Econômica de São Paulo e da Comissão Administrativa
do Theatro Municipal, e presidente do Instituto de Engenharia e Obras da Santa
Casa de Misericórdia de São Paulo.
Seu Escritório Técnico de Projeto e Construção era famoso
pelas obras e pelo numeroso grupo de engenheiros e arquitetos que, em conjunto,
trabalharam sob sua direção. Dois deles, Ricardo Severo e Arnaldo Dumont
Villares criaram a empresa Escritório Técnico Ramos de Azevedo & Villares
S.A, após sua morte.
Na cidade de São Paulo, Ramos de Azevedo teve muitas
obras de destaque, dentre as quais: os Prédios das Secretarias do Estado, o
prédio da Escola Normal, abrigando hoje a Secretaria da Educação, o edifício do
Liceu de Artes e Ofício, hoje sede da Pinacoteca do Estado, a Escola Estadual
Prudente de Moraes, o prédio da Estada de Ferro Sorocabana, hoje Estação
Pinacoteca, a sede dos Correios, o Palácio das Indústrias, e, sobretudo, o
Teatro Municipal.
Ramos de Azevedo começou suas atividades em Campinas e
suas principais obras foram: a Catedral Metropolitana de Campinas, o Colégio
Politécnico Bento Quirino, o Mercado Municipal de Campinas “Mercadão” e o Colégio
Técnico de Campinas (COTUCA).
Ramos da Azevedo dá nome à atual Rodoviária de Campinas e
a uma praça na Avenida Andrade Neves. Ramos de Azevedo morreu no Guarujá, em 1928.
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