domingo, 3 de novembro de 2013

A COMPANHIA MOGIANA DE ESTRADAS DE FERRO - Parte final


CRONOLOGIA DA MOGIANA APÓS 1880

 


 









Em 25 de abril de 1880, uma lei provincial concede à Companhia Mogiana o privilégio para a construção de uma estrada de ferro ligando Casa Branca a São Simão e a Vila do entre Rios, que um dia será conhecida como Ribeirão Preto. O impacto da chegada da Mogiana em Ribeirão Preto é imediato. São gerados muitos empregos, especializações do capital humano, crescimento dos setores de varejo e comércio.

 
 
 
 
 
 

Em 1886, a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro seguindo sua expansão chega ao Triângulo Mineiro e ao sul de Minas, visando atrair a economia local à paulista e vice-versa. São construídos em 1886 e 1888, respectivamente, os ramais de Poços de Caldas e Rio Grande. Ainda em 1888, a companhia inicia o serviço de navegação fluvial pelo rio grande, com o transporte de mercadorias e gado em grandes batelões. A partir daí, ela passa a se chamar Companhia Mogiana de Estradas de Ferro e Navegação. Neste ano, a Mogiana incorpora a ferrovia Companhia Ramal Férreo do Rio Pardo e, em 1890, a Companhia Agrícola Santos Dumont.

 








A epidemia de febre amarela de 1889, em Campinas, obriga os dirigentes da Companhia Mogiana a transferirem provisoriamente seus escritórios para a cidade de Mogi-Mirim, uma solicitação feita pelos próprios empregados.

 
 

Em 1891, começa a ser erguido o Palácio da Mogiana, um edifício envolvido pelas ruas General Osório, São João (Visconde do Rio Branco) e pela Avenida Campos Sales. Este edifício torna-se a terceira sede da Mogiana. O projeto do edifício é da firma dos Irmãos Masini. O término de sua construção ocorre em 1910, pois o aumento do pessoal no escritório central e a importância crescente da companhia exigem ampliações e melhorias do edifício. 

 








 











No dia 01 de março de 1893, a Companhia Mogiana constrói uma estação no bairro Guanabara com a finalidade de desafogar a estação de partida original, que também é utilizada pela Companhia Paulista. O pátio da estação possui 13 linhas e apresenta um intenso movimento.

 










 

Em 1896, o Doutor Francisco de Sales Oliveira Júnior aceita a solicitação de vários amigos, e passa a presidir a diretoria da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.

 

 




IMAGEM: Doutor Francisco de Sales Oliveira
 


 




No dia 02 de dezembro de 1897 é inaugurado o monumento Companhia Mogiana de Estradas de Ferro feito por Rafael de Rosa e fundido na Fundição Faber, no bairro do Bonfim. Rafael é quem prepara as formas e executa o trabalho de fundição.














 




















No ano de 1908, ocorre a construção da primeira locomotiva pela Companhia Mogiana. Dois anos mais tarde, José Paulino Nogueira assume a presidência da companhia. Neste ano, a Mogiana consegue um empréstimo no exterior para modernização de seus serviços, substituindo material rodante e fixo. José Paulino exercerá o cargo até o dia 10 de novembro de 1915, ano de sua morte.

 


 
Em 1921, é inaugurado o último trecho das linhas da Mogiana; seus trilhos chegam à cidade de Passos, em Minas Gerais.


Já no ano de 1936, a Mogiana inicia o transporte de rodoviários (caminhões e vãs) através da “Companhia Mogiana de Transportes”, mais tarde transformada em “Rodoviário da Companhia Mogiana”

 

 

 

Em 1952, as locomotivas a vapor deixam de operar e entra em tráfego as primeiras locomotivas diesel-elétricas GE-Cooper Bessemer.













Neste ano após atravessar uma crise financeira que interrompeu a sucessão de seus anos áureos, a posse da Companhia Mogiana passa ao Governo do estado de São Paulo, através do decreto n˚1958, que repassava dois terços da companhia. São pagos aos acionistas cedentes apólices da dívida pública estadual, chamadas “Apólices Mogiana”. A companhia perde sua identidade com sucessivas unificações e encerra sua atuação, quando ocorre o declínio da atividade ferroviária no Brasil.

 

 
 

Até novembro de 1971, quando a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro é incorporada a FEPASA – Ferrovia Paulista S.A, os olhares que a buscam no passado, enxergam uma história de esplendor e bem-sucedida expansão.

 




 

 Desde sua fundação, possibilitada pelo interesse econômico dos grandes cafeicultores, até a construção de seus últimos trilhos, sua existência trouxe modernidade e crescimento financeiro aos territórios que ela percorreu, sobretudo Campinas, que teve a honra de receber o imperador brasileiro por sua causa, de desenvolver importantes indústrias vinculadas à atividade ferroviária, de projetar grandes nomes, como Ramos de Azevedo, que participou de sua criação. Campinas tornou-se uma das cidades mais importantes do Brasil. Ainda hoje, neste futuro que vivemos, ainda vemos espalhadas pela cidade campineira os vestígios desta grande companhia; restos históricos de uma gloriosa iniciativa de homens sonhadores, que alcançaram seus objetivos.

 













 














 

FONTES:





http://portal.rac.com.br/blog/39078/43/rogerio-verzignasse/jose-paulino-comecou-a-trabalhar-cedo

 
 

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