Francisco Álvares Machado nasceu em São Paulo, no dia 21 de dezembro de 1791. Filho do cirurgião-mor Joaquim Teobaldo Machado de Vasconcelos e de Maria da Silva Bueno, foi casado com Cândida Maria de Vasconcelos Barros com a qual teve apenas uma filha, Maria Angélica de Vasconcelos, que foi a primeira esposa de Hércules Florence.
Logo no início dos estudos, aos 17 anos, Álvares Machado ingressou no Corpo de Voluntários da Província de São Paulo, como auxiliar de farmácia e ajudante de cirurgia do Hospital Militar.
Seguiu
a carreira do pai como oftalmologista e médico-cirurgião do primeiro regimento
nomeado em 1814 por Dom João VI. Era oculista e foi um dos primeiros
especialistas a tratar a catarata com instrumentos que ele próprio fabricava.
Atuou na corte, em Itu, Porto Feliz e Campinas. Também foi organizador da
primeira escola médica do Brasil.
Na
cidade de Campinas, Álvares Machado ocupou diversos cargos de governo. Foi um
dos chefes do Partido Liberal. Também tomou assento na Assembleia Legislativa Provincial
de São Paulo e compôs o conselho da província. Em 1832 elegeu-se Deputado
Geral, cargo que exerceu até 1846, tendo desfrutado de grande prestígio.
Foi
presidente da província do Rio Grande do Sul, de 30 de novembro de 1840 a 17 de
abril de 1841. Foi um dos presidentes mais bem quistos no Rio Grande do Sul,
sobretudo pelos farroupilhas. Recebeu a Ordem do Cruzeiro pelos serviços
prestados ao governo central durante a Revolução Farroupilha.
Teve
muita influência na nascente imprensa campineira levando do Rio de Janeiro à
Campinas a primeira tipografia da cidade, que foi dirigida por seu genro
Hércules Florence, o pioneiro da fotografia na América Latina. Através desta iniciativa foi possível o surgimento do primeiro jornal de Campinas, Aurora Campineira.
Deixou
muitos trabalhos escritos pelas suas qualidades de poeta mavioso e orador
eloquente.
Álvares
Machado faleceu na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, no dia 4 de julho de
1846.
A
Rua Álvares Machado foi chamada inicialmente de Rua Deserta pela predominância
de fazendas e pequenas chácaras, e pelas poucas moradias e comércios em toda a
extensão. Sua história está entrelaçada, assim como toda área central, com a
inauguração da Estação Ferroviária, em 1873.
Com a chegada da ferrovia, a Rua
deserta ganhou movimento e perdeu, aos poucos, as características iniciais. Em
1871, por determinação da Câmara Municipal, a denominação foi alterada para
Álvares Machado, em homenagem ao cirurgião e político influente da época.
A Rua Álvares Machado tem seu início nas proximidades da Avenida Prefeito José Nicolau Ludgero Maseli e estende-se até as proximidades do Mercado Municipal. A rua com o tempo caracterizou-se pela forte presença comercial com muitos armarinhos, restaurantes, lojas de roupa e calçados, além do comércio informal ambulante, que se estabeleceu no final da década de 1990 e posteriormente foi organizado pela Prefeitura Municipal em boxes igualmente divididos em um espaço reservado a eles, que inclui ventilação e cobertura.
Apesar do comércio informal, essa rua conserva ainda as características da época de sua existência.
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