sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

👑 O CONCURSO DE MISS CAMPINAS DOS ANOS DE 1970 : YARA VOIGT

  YARA VOIGT, a Miss Campinas de 1973 👏👏👏


Yara Pinto de Almeida Voigt, filha de Miguel e Eulina Voigt, nasceu no dia 07 de Julho de 1953. O pai era gaúcho, descendente de poloneses e russos; a mãe, capixaba. 


A Yarinha, como era chamada pelos familiares, estudou no Liceu e na Escola Normal. Tornou-se bailarina clássica e moderna. Desde os 16 anos trabalhava como modelo e manequim.


Em 1970, foi convidada pela organização da Fenit para desfilar na passarela da maior mostra de modas do Brasil. Mas, por motivos de estudo ela não aceitou. Em seguida, ela foi convidada para fazer filmes publicitários da Palermont, e aceitou a experiência. Na mesma época, participou das filmagens das últimas cenas de "A Moreninha". 

A carreira de modelo seguiu próspera e requisitada, tanto que Yara chegou a atender três agências de publicidade em um mesmo dia. Foram diversos trabalhos publicitários e participações em filmes, como "No Rancho Fundo", ao lado de Paulo Figueiredo, sendo aplaudida pela crítica especializada. 


Yara Voigt, que tinha 20 anos, representou o Ipanema Clube no Concurso de Miss Campinas de 1973. Era uma candidata bastante conhecida pelos trabalhos de modelo realizados.

O Concurso de Miss Campinas de 1973 foi patrocinado pela Prefeitura. Os ingressos para o evento eram vendidos na Biblioteca e na Concha Acústica da Prefeitura, no Magazine Ducal, do Largo do Rosário, e na Academia de Artes Odete Motta Raia. Após do dia 24 daquele mês, apenas a Prefeitura e o Tênis Clube venderam os ingressos.


O evento ocorreu  no dia 25 de maio, na noite de sexta-feira, a partir das 20 horas, com duas horas de atraso para o índio, no Ginásio do Tênis Clube de Campinas. A ornamentação do clube foi feita por Gilberto Beletati, com decoração em vitória-régia e samambaia, com jatos de tinta prateada e dourada.

Participaram do concurso 14 candidatas. De acordo com as opiniões, as favoritas eram: Yara Voigt, do Ipanema Clube; Eliana Forghieri Zimbres, da Faculdade de Educação Física da PUCC; Regina Helena Schultz, da Faculdade de Direito da PUCC; e Irailde Maria Carneiro, do Guarani Futebol Clube.

As candidatas escolheram as músicas no estúdio do Robert's Tape, que apresentou sequências musicais em conjunto, valsa da despedida e na entrega da faixa à Miss Campinas.

A apresentação do concurso foi realizada pela Miss Campinas de 1970, Sônia Yara Guerra, que apresentou as medidas e trajes das candidatas, e pelo apresentador Cunha Mendes, que as entrevistou após o desfile de maiô. O evento teve músicas que lembravam as grandes realizações cinematográficas. 


As torcidas estavam fervorosas. Cada qual apoiando suas candidatas, que representavam clubes recreativos e esportivos, e diretórios acadêmicos.

O júri avaliou critérios como beleza de rosto, perfeição de linhas físicas, charme, personalidade, desembaraço social e a harmonia destes itens.


Este juri presidido pelo prefeito Lauro Péricles Gonçalves era constituído por: Lázara Duarte Gonçalves, Otávio Ceccato, Cecília de Godoy Camargo (Correio Feminino), Marilucia Vacchiano ( Diretora do Departamento de Cultura), Geraldo Jurgensen, Beatriz Moreira, Raul Roullien (Coordenador do Miss São Paulo) e Celina Duarte Martinho. 

As participantes entraram na passarela na seguinte ordem: Yara Voigt, do Ipanema Clube; Vera Lúcia Aquino Afonso; Cláudia Leme; Marilda Antônia da Silveira; Maria Helena Schultz, da Faculdade de Direito (a primeira manifestação da torcida); Audrey Fernandes, do Guarani F.C; Maria Carolina de Oliveira Palhares, da Academia de Artes Odete Motta Raia; Irailde Maria Carneiro do Guarani F.C; Maria de Fátima Vilela; Rozirene Couto; Claudete Henda Burda; Helenice Ribeiro Lima, do Guarani F.C; Elvira Santiago Munhoz; e Eliana Forghieri Zimbres (manifestação maior da torcida).

Elas vestiam maiôs Manvar azul marinho. Foram penteadas por Elvio e maquiadas por Jorge. Os trajes longos foram confeccionados por Mariazinha Boccaletti e Jucan. 

Yara Voigt apresentou-se com um longo branco em Jersey, blusa de seda pura com aplicações, que emolduraram seu tipo loiro de 1,62m de altura, 91 de quadris, 58 de coxas, 64 de cintura e 20 de tornozelo. Ela escolheu para desfilar a música "Garota de Ipanema".

Inicialmente, foram classificadas 10 das 14 candidatas, das quais seriam escolhidas 5, para se obter as três finalistas que receberiam as faixas de Miss Campinas, Miss Região e Miss Turismo. A Miss Simpatia foi apontada pelas colegas e não recebeu faixa.

Mas, assim como houve alteração no horário de início do concurso, também houve mudança na programação, e aos invés de 10 e 5 finalistas, respectivamente, todas as finalistas foram apresentadas, e surgiu o suspense para o anúncio das duas primeiras colocadas.

🏅Nos primeiros minutos do dia 26 de maio, no Ginásio do Tênis Clube de Campinas, Yara Pinto de Almeida Voigt foi eleita a Miss Campinas de 1973. 


A segunda colocada foi Eliana Forghieri Zimbres, da Faculdade de Direito da PUCC, que ficou com o título de Miss Região.

A terceira colocada foi Regina Helena Schultz, do Guarani F.C, que ficou com o título de Miss Turismo. 

Claudete Henda Burda foi escolhida pelas colegas como Miss Simpatia.


Em seu discurso de despedida, a Miss Campinas de 1972, Rachel Gori disse:

🎤" Não vale a pena uma despedida. O que vale é a alegria de estar presente e passar o título à próxima candidata, que poderá cumprir com muita simpatia e simplicidade o seu reinado, portando o título como um ponto a mais em sua vida. A despedida sempre faz chorar. Mas não lágrimas de tristeza, e sim de alegria".

🎁 Algumas empresas ofereceram brindes às vencedoras: Ensatur, Calçados Esther, Tecidos Safra, Relojoaria Ômega, Elvis Perucas, Vêneta Maiôs Manvar, loja A Regional e loja Ao Preço Fixo.

Após sua eleição, Yara Voigt despediu-se das colegas, recebeu os cumprimentos e retirou-se à sua casa para descansar. 

Dias depois, em promoção conjunta do Correio Popular e da Rádio Cultura, ela esteve na Calçados Vêneta, onde esteve ao lado de Odete Motta Raia e ganhou um lindo conjunto de bolsas. Também esteve no Supermercado de Tecidos "3-R", recém inaugurado na época, onde pôde escolher um lindo tecido. Nos dois locais, ela foi alvo de muita atenção e carinho.

Yara Voigt, o rosto mais fotografado de São Paulo em 1972, também participou do Miss São Paulo na Sociedade Esportiva Palmeiras, no dia 16 de junho de 1973, usando como traje de gala uma criação de Mariazinha Boccaletti e, como traje típico, uma criação de Jucan.

❤️ Em 1975, ela casou-se com o Menestrel do Brasil, o músico e comediante Juca Chaves, com o qual viveu muitos anos de alegria, amizade e companheirismo.


Yara Chaves segue desfilando seu brilho e beleza nesta linda trajetória de sucesso, que construiu com muita ternura, dedicação e simpatia.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor  


Fonte:


🔍 📸 Yara Voigt 


🔍 📸 Acervo da Biblioteca Municipal de Campinas "Ernesto Manuel Zink"


📸 Publicação no grupo Campinas Antiga de Antônio Cunha Mendes


📸 Filme No Rancho Fundo


https://youtu.be/MehmrTZhiKg?si=lrH48MVG8V3M6OVF

👸 DESDE 1968: Elvio Cabelos & Perucas

📰 Foi pesquisando sobre o Concurso de Miss Campinas da década de 1970, que me chamou a atenção as referências feitas nos jornais da época a um empreendimento da região central de Campinas, na Rua Luzitana, que desde 1968 dedica-se ao cuidado da beleza, e a reescrever sua história de sucesso.


A Elvio Cabelos & Perucas foi fundada em 1968, pelo italiano Elvio Antônio Armentano, que nasceu em Laino Borgo, província de Cosenza, no dia 28 de março de 1941. Elvio, antes de mudar-se para o Brasil, trabalhou como costureiro em Bolonha.


🚢 Em 1959, aos 18 anos, Elvio veio para o Brasil, incentivado por sua mãe, que era mineira, e estabeleceu-se em Barra do Piraí, no Rio de Janeiro. Nesta cidade, ele aprendeu a profissão de cabeleleiro.

Em 1962, Elvio mudou-se para Campinas, onde tinha primos e parentes. O irmão, antes de sua chegada ao Brasil, já residia na cidade de Amparo. 

💈Elvio continuou dedicando-se ao seu ofício em Campinas, e em 1968, resolveu abrir sua própria loja de cabelos e perucas, que esteve em outras localidades, antes de fixar-se na Rua Luzitana.


💇‍♀️ O talento de Elvio era notável. Ele adorava mexer com cabelos, preparar as perucas, cuidar de cada detalhe com habilidade e perfeccionismo. Tinha uma oficina no fundo da loja, onde passava muito tempo com caprichosa dedicação.


👩 Pioneira em seu segmento em Campinas, inspiração para salões de beleza que se multiplicaram na Rua Luzitana, a Elvio Cabelos & Perucas tornou-se ponto de referência para a beleza desde o seu surgimento.


🩱Nos anos de 1970, era o salão de beleza das mulheres que disputavam o Concurso de Miss Campinas. Nele, estiveram as mulheres mais bonitas da cidade. Como em 1973, quando a Miss Campinas daquele ano, Yara Voigt, que foi casada com o Menestrel do Brasil, Juca Chaves, esteve na loja e recebeu presentes por sua conquista. 

Ou em 1974, quando a Miss Campinas Andiara Carneiro, capa da revista O Cruzeiro daquele ano, foi maquiada e teve seu cabelo feito, junto com as demais concorrentes, na Elvio.


💋 Na década de 1970, quem também frequentava a loja era a pequena Cláudia Raia, hoje uma estrela nacional da dramaturgia. A mãe, Odette Motta Raia, tinha uma academia de artes na cidade. A pequena Cláudia cortava o cabelo no salão da loja e até agradecia o Elvio com um beijinho na bochecha. 

🎁 Elvio sempre foi muito cuidadoso em oferecer o melhor para seus clientes. Ele viajava para Buenos Aires e Nova Iorque, atualizava-se com as inovações da época e lançava as novidades na cidade.

⏳ A Elvio Cabelos & Perucas, por seu pioneirismo e qualidade, continuou ao longo das décadas sendo aquela referência dos áureos tempos de Campinas, sempre inovando e preservando o perfeccionismo e a dedicação de seu fundador, Elvio Antônio Armentano, e por isso, hoje é sinônimo de longevidade no centro campineiro.

👦 Atualmente, além de vendas, a Elvio trabalha com os serviços de confecção de perucas, tecimento de cabelos, preparação dos cabelos na micropele e nanopele, colocação de prótese masculina, locação de apliques e colocação de mega hair, dentre outras atividades. O serviço é realizado por profissionais de primeira qualidade.

👉 A Elvio Cabelos & Perucas fica em dois endereços no centro de Campinas. A loja tradicional está localizada na Rua Luzitana, 1492. Também há uma segunda loja, com o mesmo padrão de qualidade, na Rua 13 de Maio, 130.


🗣️ Esta série de publicações "DESDE..." é uma homenagem ao comércio de Campinas e aos empreendimentos que resistiram ao tempo, e ainda hoje escrevem suas histórias de sucesso na cidade.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍📸 Elvio Cabelos & Perucas 


🔍📸 https://correio-rac-com-br.cdn.ampproject.org/.../uma...

🗿🤔 QUEM FOI MARCELINO VELEZ?

Marcelino Velez nasceu no dia 16 de agosto de 1883, em Campinas. Era filho de Patrício Velez e Manoela Pastor Velez. 


Iniciou seus estudos no Liceu Coração de Jesus, em São Paulo. Depois, estudou na Escola Normal Caetano de Campos, onde aprendeu os rudimentos da escultura. Mas, interrompeu estes estudos, porque a família teve que voltar a Campinas por questões médicas.

Em Campinas, Marcelino ajudava o pai nas atividades da oficina da marmoraria da família, na Rua Bom Jesus, atual Avenida Campos Sales. Foi neste ambiente, que ele aprendeu as técnicas e o uso das ferramenta para esculpir. Neste época, ele também estudava desenho. 

No dia 05 de janeiro de 1908, casou-se com Maria Rodrigues de Souza, filha do Comendador João Rodrigues de Souza e da dona Maria Rodrigues de Souza. Ele havia conhecido-a em São Paulo. 

Marcelino Velez começou a realizar seus primeiros trabalhos de escultura, por encomenda e por estudo. Entre os trabalhos iniciais realizados destacam-se as obras para arte funerária, bustos, medalhões, além de estudos de cabeça, como as denominadas "Mimi", inspirada pela La Boheme, e "O Primeiro Amor". Além de trabalhos em baixo relevo, como "Jesus no Santo Sepulcro".

No dia 04 de agosto de 1912, foi realizado no Centro de Ciências uma exposição de escultura de Marcelino, que foi o maior sucesso. Como reconhecimento, o Patronato Artístico do Estado de São Paulo deu-lhe como prêmio uma viagem ao exterior, para completar seus estudos. 

No dia 3 de junho de 1913, Marcelino Velez viaja com sua esposa e três filhos para Nápoles, na Itália. Chegando nesta cidade no dia 25, ele segue para Roma e depois Florença, onde encontra seu grande campo artístico e de estudo incansável. 

Mas, com o advento da Primeira Guerra Mundial, ele é obrigado a embarcar de volta ao Brasil, convocado pelo governo. No dia 20 de setembro de 1914, acontece sua viagem de retorno. Marcelino volta então a trabalhar com seu pai, produzindo obras de escultura. 



No dia 25 de maio de 1915, ele toma possa na cadeira de desenho e caligrafia na Escola Normal de Campinas, atual Escola Estadual Carlos Gomes, após ser nomeado pelo governo do Estado de São Paulo. Sua atuação abriram as portas para o importância dada ao desenho pedagógico.

No dia 17 de junho de 1948, após 33 anos de dedicação ao ensino, Marcelino Velez aposentou-se da atividade que criou e viu ser instituída nas escolas normais. 

Marcelino Velez foi autor de inúmeras obras de elevado valor. Foram mais de 20 figuras, 17 bustos, monumentos, medalhões, baixos e altos relevos. Dentre as obras, destacaram-se o Monumento ao Dr. Thomaz Alves, de abril de 1925, e o Monumento-Túmulo aos voluntários da Revolução Constitucionalista de 1932, inaugurado no dia 09 de julho de 1934.


Marcelino Velez faleceu no dia 26 de janeiro de 1952, em São Paulo, devido a um colapso cardíaco. Ele foi sepultado no Cemitério da Saudade.


🚕🚦 A RUA MARCELINO VELEZ 

A Rua Marcelino Velez fica no bairro Botafogo. Ela tem seu início na Rua Dr. Delfino Cintra e seu término é na Avenida Barão de Itapura.


Ela recebeu esta designação, através da Lei 838 do dia 6 de fevereiro de 1953. 


🗣️"Porque esta pergunta precisa ser para sempre respondida!"


✍️📸  ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor


Fonte:


🔍📸 Blog Pró-Memória de Campinas 


🔍 Centro de Memória da Unicamp


🏡 DOCE LAR: A Residência do promotor Rogério de Freitas

Uma construção de mais de 100 anos de história. Esta bela residência existe desde a década de 1920, quando a Avenida Júlio de Mesquita ainda se chamava Rua Augusto César. 


A residência é um projeto datado de novembro de 1922 e pertencia ao promotor público de Campinas, Rogério de Freitas, que assumiu o cargo em 1920.


⚖️ Rogério de Freitas nasceu em São Paulo no dia 18 de dezembro de 1896. Era filho de Vladislau Herculano de Freitas e Clotilde de Freitas. Foi casado com a Sra. Elza de Paula Camargo. 


Ainda muito jovem, ingressou na Faculdade de Direito do Estado de São Paulo. Ao mesmo tempo, trabalhou como auxiliar da Recebedoria de Contas e auxiliar do Tesouro do Estado de São Paulo nos anos de 1917 e 1918. 

Foi chefe de gabinete do secretário de justiça e segurança pública do seu estado, onde ficou até 1919, mesmo ano em que concluiu seu curso de Direito.


➡️ Em 1920 assumiu o cargo de promotor público na comarca de Campinas, o qual ocupou durante seis anos até ingressar no Tribunal de Contas, em 1926.

Rogério de Freitas foi auditor e adjunto interino do procurador-geral do Tribunal no Tribunal de Contas. Em 1951, em razão da vaga aberta com a aposentadoria do ministro Oliveira Vianna, foi nomeado para o cargo de ministro pelo então presidente da República Getúlio Vargas. 



Nos anos seguintes, Rogério de Freitas representou o Tribunal de Contas em congressos internacionais realizando funções de Secretário Executivo, Secretário Geral e responsável pela elaboração dos Anais dos evento.

No biênio 1962-1963, tornou-se vice-presidente do Tribunal de Contas. Nesse tempo, apresentou no 4º Congresso Internacional, realizado em Viena, apresentando importantes trabalhos.


O ministro Rogério de Freitas aposentou-se em 31 de outubro de 1966 e faleceu em 23 de fevereiro de 1988.

🗣️ A sessão DOCE LAR, através da qual conheceremos algumas residências antigas do passado ou ainda existentes, e histórias sobre elas e seus proprietários. 


✍️📸 ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍  📸 A cidade do curto século vinte. 


Uma história social do advento e difusão do padrão de casa urbana isolada no lote em Campinas como história da síntese (1917-1927) de um novo padrão de cidade.

Autor: Pedro Francisco Rossetto - Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo


🔍 https://portal.tcu.gov.br/.../min-rogerio-de-freitas-1951...


🔍📸 Revista A Cigarra

segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

POETA CAMPINEIRO PUBLICA SEU PRIMEIRO LIVRO DE POESIA!

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👑 O CONCURSO DE MISS CAMPINAS DOS ANOS DE 1970: RACHEL GORI

RACHEL GORI, a Miss Campinas de 1972 👏👏👏



O Concurso de Miss Campinas de 1972 foi promovido pela Associação dos Presidentes de Entidades Sociais e Esportivas de Campinas, presidida pelo Tenente-Coronel Rodolfo Pettená.

O evento foi patrocinado pelo Magazine Ducal e ocorreu no Golden Room do Círculo Militar. A organização do concurso contou com a dedicação do Coronel Rodolfo Pettená, de Cataldo Bove, Rinaldo Ciasca, da Miss Campinas de 1971 Lurdes Olmos, de Elisaba Aneli, do Sr. e da Sra. Anésio Carvalho, dentre outras pessoas.

A renda do evento foi a favor das entidades assistenciais: Lar Escola Jesus de Nazaré e os Movimento Assistencial Maria Rosa ( Sopa do Grameiro). 

O Concurso foi recorde de público e candidatas.

O início foi às 22 horas do dia 26 de maio, uma sexta-feira, e o encerramento ocorreu nas primeiras horas do sábado. 

Antes do início do Concurso, a loja Ducal apresentou sua coleção de inverno, em um desfile moderno que contou com os Imperiais do Samba do Rio de Janeiro, As Mulatas Diabólicas de Sargentelli, Os Versáteis e o cantor Ted Lee.

Após o show da Ducal, aos microfones, Cunha Mendes e Ted Lee trouxeram à passarela, vinda da capital, a Miss São Paulo Cosmopolita de 1971, Maria Isabel Siqueira Fará, que foi bastante aplaudida.

Em seguida, houve a apresentação das quinze aspirantes ao título, em traje de gala, destacando-se: Wanda Lúcia Gudellis, da Associação Campineira de Imprensa; Maria Cristina Pinheiro Lima e Zilda Alves, da Ponte Preta; Maria Isabel Oliveira, do Clube de Regatas; Léa Silvia Rodrigues, do Banco Bamerindus. E Rachel Gori



Algumas candidatas ficaram pelo caminho após o desfile individual, ainda em traje de noite. E o desfile em maiôs, todos pretos, foi decisivo para que os jurados escolhessem dentre as finalistas aquela que seria eleita a Miss Campinas de 1972.

O corpo de jurados era composto por: Dr. Orestes Quércia, Prefeito de Campinas e Presidente do Juri; Aldo Cardarelli, escultor; Hélio Fabri, Diretor da Sucursal de O Cruzeiro; Dr. Jorge Chaddi, Gerente Regional da Ducal.

A Sra. Azael Lobo Filho, Sra. Denize de Paola Godoy, esposa do Diretor-Presidente do Correio Popular; Carlos Guedes de Oliveira, da Rádio Educadora; Júlio Mariano, Cronista e Historiador; Vice-Almirante Octávio Ferraz Brochado de Almeida, Presidente do Conselho Deliberativo do Círculo Militar. 

O Dr. Edward Merlin Keppke, Cirurgião-Plástico, e sua esposa; Professora Hilda Martini de Barros, Coordenadora de Belas Artes da PUC; Dr. Agostinho T. Tavolaro, Delegado Regional da CIESP; Dr. Natal Galle, Presidente da Câmara Municipal; Tenete-Coronel Fausto Avelino Barreto Hening, Presidente da CEAB; 

A Dr. Maria de Lurdes Cardoso dos Santos, Diretora da Revista Nosso Cantinho; Tasso Gadzanis, da Franstur. E o Deputado Federal Francisco Amaral.

Após os desfiles coletivo e individual, as candidatas voltaram para os camarins, onde aguardaram a computação dos pontos. 

As finalistas eram as jovens: Angela Maria Martins e Aparecida Miquilin, da Academia de Artes Odete Mota Raia; Izildinha do Carmo Teixeira, do Guarani Futebol Clube; Janderli Márcia Galvão, do Clube de Regatas; Léa Silvia Rodrigues, do Banco Bamerindus; Lúcia Elena Nogueira Rocha, da Academia de Artes Odete Mota Raia; Maria Cristina Pinheiro Lima, da Ponte Preta; Maria de Lurdes Regis Paula, da Foto Estúdio Fuji; Maria Isabel de Oliveira, do Clube de Regatas; Maria Izilda Zabem, da Casa de Fábricas; Rachel Gori, do Diretório Acadêmico XVI de Abril; Wanda Lúcia Gudellis, da Associação Campineira de Imprensa. E Zilda Alves, da Ponte Preta.


As torcidas incentivavam as candidatas em todos os momentos.

Antes do anúncio do resultado final, Lurdes Bernal Fernandes Olmos surgiu na passarela para dizer seu adeus. Vestida em branco, com uma flor roxa na altura da cintura, Lurdes disse estar tão feliz quanto na noite de sua eleição. E aconselhou àquela que fosse aclamada Miss Campinas, ser antes de tudo, mulher!

Em seguida, os apresentadores Cunha Mendes e Ted começaram a chamar as candidatas pelos números, e a entregar um cartão prateado alusivo à participação. Até que sobraram três candidatas que não receberam a homenagem: Maria Cristina Pinheiro Lima, Rachel Gori e Wanda Lúcia Gudellis.



No dia 26 de maio de 1972, a representante do Diretório Acadêmico XVI de Abril, da Faculdade de Direito da PUC, Rachel Gori, foi eleita Miss Campinas. 


As medidas de Rachel Gori eram: 1,66m de altura; 0,89 de busto; 0,66 de cintura; 0,96 de quadris; 0,61 de coxas e 0,21 de tornozelo.


Em segundo lugar ficou a representante da Associação Campineira de Imprensa, Wanda Lúcia, que era apontada pela imprensa e pela maioria dos presentes como a favorita. Ela ganhou o título de Miss Sesquicentenário.

Na terceira colocação, a presença da raça negra, candidata da Ponte Preta, Maria Cristina Pinheiro de Lima. Ela ganhou o título de Miss Princesa d'Oeste.

Após vencer o Concurso de Miss Campinas de 1972, Rachel Gori participou do Miss São Paulo, promovido pelos Diários Associados.


Ela também representou com sua beleza e simpatia a cidade de Campinas em muitos eventos, e honrou grandiosamente seu título.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍 📸 Acervo da Biblioteca Municipal de Campinas "Ernesto Manuel Zink"


🔍 📸 Jornal Diário da Noite

🛒🎁 LOJAS DO PASSADO: Ceccato, O Maior

 O Ceccato S/A, Comércio de Utilidades Domésticas, teve seu início no dia 02 de maio de 1942.

Naquele ano, foi inaugurada uma pequena vidraçaria na Avenida Moraes Sales, no centro de Campinas. O fundador da vidraçaria foi Fiovarante Octávio Ceccato.




Em 1949, o Ceccato mudou-se para a Rua 13 de Maio, próximo ao antigo Teatro Municipal Carlos Gomes. O negócio havia se expandido para o ramo de utilidades domésticas, e já não era apenas uma vidraçaria.

Nesta nova fase, a loja convivia com as enormes filas que se formavam à sua frente. No ano de 1964, os fundadores Fiovarante, Oswaldo, Antônio e Romeu Ceccato começaram a transmitir a administração do negócio para os filhos, que desempenharam um bom papel.



Em 1969, o Ceccato começou a operar como atacadista oferecendo produtos para restaurantes e cozinhas industriais. Simultaneamente, construía uma nova sede.

Em 1974, a nova sede foi inaugurada na mesma rua 13 de maio, e tornou-se uma das lojas mais conhecidas do saudoso Convívio, aquele espaço de compras e lazer. Era uma loja de 2 mil metros de área construída dividida em três pisos. 

Em 1976, a presidência da loja foi assumida por Roberto Ceccato, que viu uma expansão nos anos seguintes, e uma necessidade de ampliar o espaço físico. As instalações da diretoria e do depósito central foram transferidas para a Rua São Carlos, em frente ao Hotel Castro Mendes, na Vila Industrial, em uma área de 2,8 mil metros. 



A loja Ceccato também abriu um escritório de vendas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba e em Ribeirão Preto. Passou a possuir uma frota de 13 veículos entre carros e caminhões, e empregava 160 pessoas. Tanto crescimento reforçava o lema da loja "Cecatto, o Maior".

Tornou-se inesquecível no Ceccato, o espaço todo especial reservado ao público infantil. Era o Salão da Criança instalado em uma área de 600 metros, onde se podia encontrar os mais variados brinquedos, do mais simples aos mais sofisticados. Era um salão permanente, um diferencial da loja.


A loja Ceccato não existem mais, mas certamente deixou como lembrança uma história de sucesso e dedicação ao público consumidor, em especial às crianças, que tiveram da loja uma atenção muito especial.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍📸Acervo Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink 


📸Foto 3

📸Foto 4 (🧩Montagem)


🔍 Acervo SEDOC RAC


📸Foto 01

📸Foto 02 (🎨 Colorizada)

📚 NOSSA ALTA SOCIEDADE: Jarbas Dias Marco

Quando o vi, bem no encontro das Avenidas Francisco Glicério e Moraes Sales, não pude deixar de lhe chamar para uma breve conversa, para saber mais sobre este tipo popular, que há anos vejo circular pelo centro de Campinas vendendo seu material didático, sempre com muita simpatia e um sorriso contagiante.

O mineiro Jarbas Dias Marco nasceu no dia 05 de maio de 1949. Veio para Campinas a fim de estudar engenharia e, certamente como tantos, apaixonou-se pela cidade a ponto de fixar residência, casar-se, e com muito orgulho, hoje ser pai de duas filhas e avô de duas netas.



Jarbas formou-se em Engenharia de Produção Mecânica pela UNIMEP de Piracicaba, em 1976. Trabalhou em diversas empresa, dentre elas, a  Condasa, que ficava na Avenida Governador Pedro de Toledo.

Também trabalhou como professor e deu aulas em quase todas as escolas da Delegacia Leste, dentre elas, o primeiro Grupo Escolar de Campinas, a Escola Francisco Glicério. Jarbas era professor de Matemática e Física.

Depois que se aposentou das profissões de engenheiro e professor, Jarbas resolveu trabalhar com vendas de um material didático, que ele mesmo desenvolve artesanalmente. Segundo o nosso tipo popular, sua atividade denomina-se produção de atividade criativa com papel.

São jogos criativos, quebra-cabeças, desenhos, atividades de ABC e Matemática em papel, que Jarbas há anos tem anunciado pelas ruas do centro campineiro, pelos terminais de ônibus e locais de grande movimentação, tornado-o uma figura querida e conhecida.

Nos 250 anos da cidade de Campinas, faço uma homenagem a esta figura popular que aprendeu a amar nossa cidade, que construiu uma linda história desde que aqui chegou e que sempre torna o centro de Campinas mais belo com sua alegria de viver.


✍️📸 ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor


 

📖 NOSSA ALTA SOCIEDADE é o título dado pelo jornalista Moacyr Castro a uma crônica sobre os chamados "ditos populares", figuras do universo cotidiano de Campinas.

"Eram os maiores amantes da cidade. Jamais ouvi de qualquer um deles um gesto, uma expressão, contra Campinas. Também eram os que mais conheciam nossas ruas, praças, avenidas, becos, cantos e antros. Para muitos, eram loucos. Pela distância do tempo, sinto que eram loucos por esta terra, esses grandes conhecedores da alma campineira e dos campineiros. Palmilhavam Campinas inteira, dia e noite, sempre transbordando a alegria de viver aqui e com os que aqui viviam."


- Moacyr Castro -

 

Fonte:


🔍 Jarbas Dias Marco, o qual agradeço carinhosamente pela boa conversa e por saber mais sobre sua linda história de vida.

🗄️📂 ARQUIVO ESPECIAL: A chacina da Porteira do Capivara


 Campinas, 16 de julho de 1917, segunda-feira. Uma greve de operários tem consequências trágicas que deixaram manchas de tristeza na história de Campinas.

No contexto da situação estava a primeira greve geral de trabalhadores, que se espalhou pelas principais cidades do pais. A greve exigia redução da jornada de trabalho, que chegava a 14 horas diárias, aumento de 25% nos salários e restrição ao trabalho de crianças e mulheres em condições insalubres.

Naquele dia 16 de julho, por volta de meio-dia, os operários das oficinas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro entraram em greve. Os operários de outras empresas também aderiram, como os operários da Companhia MacHardy Manufatureira.

O movimento também teve a participação dos operários da Companhia de Tração e Força, da Cervejaria Colúmbia, da serraria Avelino do Nascimento Souza, Reis & Cia, da Casa Confiança, da fundição Sim, Chechia, das Casas A. Pierro & Irmão, Manfredo Ítalo & Filho,  José Tarcon, e outros estabelecimentos. 

Estes operários grevistas conduziam uma bandeira vermelha em passeata pelas ruas da cidade, fechando os comércios, e liderados pelo anarquista italiano Ângelo Soave e por Armando Gomes, a principal liderança do movimento negro naquela época.



No dia da manifestação, Campinas estava sem polícia, pois o contingente estava na capital do estado. Às 15 horas, um trem chegou à cidade e trouxe 200 soldados.

O líder do movimento, Ângelo Soave, foi preso e seria levado para São Paulo. A fim de impedir isso, os grevistas contrataram o advogado, Pedro de Magalhães, cujo nome está eternizado hoje em uma rua do Cambuí, para negociar a liberação de Ângelo, mas não houve êxito.


Os operários dirigiram-se, então, para a Porteira do Capivara, com o intuito de impedir a saída do trem que levaria Ângelo Soave para a capital. Segundo a versão dos policiais, os operários arrancaram trilhos e colocaram paralelepípedos nas linhas de trem. 

A Porteira do Capivara era uma barreira que existiu na saída da antiga estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, na altura do atual Viaduto Vicente Cury, e que ligava a Rua Cônego Cipião, na esquina com a Rua Visconde de Rio Branco à atual Avenida João Jorge. Atravessando a porteira, chegava-se à Vila Industrial, através da antiga Rua João Jorge. 

Seu apelido, capivara, era em virtude do antigo guarda-porteira que trabalhou no local. Ela existiu até a inauguração do viaduto antigo em 21 de outubro de 1929. Este viaduto foi demolido na década de 1960, e foi substituído pelo atual Viaduto Miguel Vicente Cury.


Os policiais haviam acabado de chegar a Campinas em um trem especial, que parou nos trilhos do bairro Ponte Preta, para o desembarque. Eles seguiram pelos trilhos e agiram sob o comando do capitão José Dias dos Santos.

Armados de fuzis e aproximando-se da porteira sorrateiramente, os policiais iniciaram sem aviso prévio um brutal tiroteio contra os grevistas desarmados, sendo que a maioria foi atingida nas costas. O desfecho foi de três mortes e 16 feridos. 


A ação policial causou a morte de Antônio Rodrigues Margotto e Tito Ferreira de Carvalho, da Companhia MacHardy Hardy Manufatureira, e Pedro Alves, de apenas 18 anos de idade, operário da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro.

Na Câmara Municipal de Campinas, vereadores  como Raphael Duarte, Omar Simões Magro e Álvaro Ribeiro repudiaram a chacina promovida pelos policiais, e orquestra pelo poder estadual. Uma violência que foi destaque nos principais jornais do país.

No Cemitério da Saudade existe hoje, na quadra 32, perpétuas número 40 e 41, os mausoléus de dois grevistas mortos na Chacina da Porteira do Capivara.

Os mausoléus foram projetados e construídos pelo artesão Antônio Coluccini, da Marmoraria Campineira, com recursos angariados pela Comissão de Operários junto aos trabalhadores das indústrias locais. São considerados os primeiros do país em memória a trabalhadores em manifestação.


Neles estão sepultados Antônio Rodrigues Magotto e Tito Ferreira de Carvalho, ambos falecidos a 16 de julho de 1917. O mausoléu de  Pedro Alves, falecido a 18 de julho de 1917, já não preserva as características da época em que foram construídos.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍 Jornal O Combate, a edição de 17 de julho de 1917.


🔍 https://ihggcampinas.org/.../a-chacina-dos-operarios-na.../


🔍 Página Campinas de Antigamente


🔍📸 https://promemorianegradecampinas.blogspot.com/.../massac...


📸 Blog Pró-Memória de Campinas 


📸 Pesquisa de Jane Durlin 


Livro: Falsa democracia, a revolta de São Paulo em 1924. Autor: Álvaro Ribeiro