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domingo, 15 de dezembro de 2013
A partir de hoje, o blog "Campinas, meu amor" entra em período de férias, após um maravilhoso ano, em que pude retratar da maneira mais dedicada e comprometida o passado e o presente desta querida cidade que é Campinas.
Agradeço de coração a todos que prestigiaram as publicações deste blog. Espero ter, em algum momento, trazido informações úteis, conhecimento que agrega, entretenimento e importantes detalhes que tenham ajudado alguém a conhecer melhor esta cidade do estado de São Paulo.
Na segunda quinzena de janeiro volto a publicar neste blog, sempre com a intenção clara de demonstrar meu imenso amor por minha terra natal. Empenhar-me-ei para trazer novidades, muito mais informações e tudo aquilo que colabore para tornar este blog cada vez melhor.
Um abraço,
Alexandre Campanhola
domingo, 8 de dezembro de 2013
CURIOSIDADES DE CAMPINAS: A praça "Ópera A Noite do Castelo"
Nas proximidades do Mercado Municipal de Campinas,
encontra-se uma praça diferente daquelas que estamos acostumados a conhecer. Uma
praça com poucas árvores, com poucos bancos , sem jardins e opções para
se distrair, envolvida pelo trânsito vindo da Avenida Orosimbo Maia e pelas passadas apressadas dos transeuntes que se
dirigem aos terminais de ônibus. Uma praça onde raramente se encontra pessoas passeando,
crianças brincando e o sonido harmonioso dos pássaros. Apenas moradores de ruas
em busca de esconderijo nos túneis que atravessam esta praça.
E, além desta característica que a torna tão desigual às
outras praças, seu nome também é curioso e quase ninguém sabe de que se trata, e
porque talvez seja umas das poucas coisas que lhe dão a beleza de uma praça.

A primeira apresentação de A Noite do Castelo foi
realizada pelo Opera Lyrica Nacional no Theatro Lyrico Fluminense em 4 de
setembro de 1861 e recebeu diversos aplausos, levando o público ao delírio. A
obra foi dedica ao aniversário de casamento do imperador Dom Pedro II. Carlos
Gomes foi nomeado Cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa no palco naquela noite,
com o imperador prendendo a medalha no compositor.
Em 1978, a ópera foi apresentada pela Orquestra Sinfônica
de Campinas, pelo Coral da Universidade Estadual de Campinas e pelo Coral da
Universidade de São Paulo.
Fonte:
http://en.wikipedia.org/wiki/A_noite_do_castelo
domingo, 1 de dezembro de 2013
CINE WINDSOR - Crônicas de Campinas
O cinema encheu-se de inocentes almas de oito anos de idade, que sorriam, brincavam e saboreavam as pipocas que a inspetora de alunos trouxera para o lanche da turma, decerto comprada do velho pipoqueiro que trabalhava bem em frente.
Dizem que o Cine Windsor em tempos remotos fora o “Point” da sociedade campineira, e naquele dia era uma criança pura, que exibia bons filmes e recebia doces almas como as nossas.
Anos depois, o tradicional cinema resolveu amadurecer um pouco, mas uma maturidade meio que forçada, motivada pela concorrência dos Shoppings Center. A partir de então, começaram a ser exibidos filmes pornográficos, e apenas maiores de dezoito anos podiam adentrá-lo. Imagino o grau de devassidão que ocorreu em seu interior neste período, e o quanto seu ambiente outrora fino foi maculado pelos comportamentos pervertidos dos frequentadores.
Um pouco mais tarde definiu-se a decadência do Cine Windsor e suas portas foram fechadas. Ninguém mais buscava lazer naquele espaço, e seus limites tornaram-se refúgio de viciados em droga, mendigos e marginais.
Hoje, suas portas novamente abertas recebem uma comunidade evangélica que vai buscar redenção de seus pecados e benções divinas, e, em vez de bilheteria, agora existe em sua entrada uma pessoa que nos convida para ganhar o reino dos céus.
Na verdade, a vida deste cinema é igual à vida de muita gente que nasce pura, contamina-se com o mundo, cai e depois busca refúgio na religião e, assim como o Cine Windsor, só querem o Paraíso.
Crônicas de Campinas
Alexandre Campanhola
Imagens:
domingo, 24 de novembro de 2013
O BUSTO DE LUÍS VAZ DE CAMÕES, EM CAMPINAS

Estudou
na Universidade de Coimbra e ingressou no Exército da coroa portuguesa, onde
serviu como militar no norte da África. Ferido em combate, perdeu o olho direito.
Também participou de várias expedições militares na Índia e na China.
Uma das amadas de Camões foi a jovem chinesa Dinamene, que morreu
afogada em um naufrágio. Diz a lenda que Camões conseguiu salvar o manuscrito
de Os Lusíadas, segurando com uma das mãos e nadando com a outra. Camões
escreve vários sonetos lamentando a morte da amada.


FONTE:
http://www.e-biografias.net/luis_camoes/
domingo, 17 de novembro de 2013
RUA CORONEL QUIRINO, EM CAMPINAS
Continuando o trabalho que foi realizado no ano passado em meu outro blog "Um poeta", farei uma breve biografia sobre os personagens que dão nome às ruas e avenidas do centro de Campinas e, em cada postagem, uma personalidade será homenageada. Agora, destacarei as ruas dos bairros próximos do centro como Cambuí, Botafogo, Vila Itapura e Guanabara, pois certamente você já passou por alguma rua destes bairros indo para o centro, e se questionou ao ver o nome da rua ou avenida: "Quem foi esta pessoa?"
QUEM FOI O CORONEL QUIRINO?

Foi
desde moço oficial da Guarda Nacional atingindo após diversas promoções a
posição de Coronel-Comandante da Milícia, em Campinas, aos 50 anos. Também foi
delegado de polícia com atuação ativa, energética e justiceira, combatendo as
jogatinas na cidade.
Foi
comerciante junto com os irmãos.
Fundou
a Santa Casa da Misericórdia de Campinas e exerceu o cargo de diretor da
Companhia de Iluminação e Gás. Também participou de outros empreendimentos como
a fundação do Teatro São Carlos, da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, em
1867 e da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, em 1872.
Destacou-se
durante a epidemia de varíola que assolou a cidade em 1873. Por iniciativa e
despesa própria, criou um estabelecimento apropriado para a guarda e cuidados
aos contagiados pela doença e a Escola Corrêa de Melo, destinada às crianças
carentes, localizada onde hoje está o Terminal Mercado.
Uma
curiosidade é que o Coronel foi o introdutor do carnaval na cidade. Para as
festividades, promovia bailes em sua própria casa, que ficava na esquina das
Ruas Dr. Quirino, naquela época denominada Rua do Comércio, com a Rua Barreto
Leme, ainda denominada Rua da Matriz. Nos dias mais movimentados, chegava a
jogar jatos de água nos participantes.
O
Coronel Quirino não nasceu rico e morreu em condição paupérrima em Campinas,
aos 69 anos de idade, no dia 28 de fevereiro de 1889.
A Rua Coronel Quirino recebeu este nome em 1881, quando se cogitava a denominação Rua Amador Bueno, a qual não foi aceita pela Comissão de Obras públicas, que resolveu homenagear Joaquim Quirino dos Santos.
Esta
rua serviu de caminho para o povoado local em uma época de constantes
inundações nas proximidades do leito do Córrego do Proença, região que era
muito utilizada. Com o progresso do Bairro Cambuisal, hoje Cambuí, o caminho
passou a ser ainda mais procurado. Na
época, Campinas ainda era conhecida como Freguesia de Nossa Senhora de
Conceição das Campinas do Mato Grosso.

Fontes:
sábado, 9 de novembro de 2013
O ENCONTRO NA PRAÇA "ÓPERA A NOITE NO CASTELO" - Crônicas de Campinas

Eram três horas da tarde, quando ela chegou à praça “Ópera A Noite no Castelo” para aquele encontro. Sentou-se no pequeno banco de concreto, em volta do qual nenhuma flor florescia, nenhuma árvore derramava suas sombras. Um mendigo bêbado dormia sobre o duro chão lá perto, enquanto os transeuntes surgiam do túnel que dava acesso ao “Mercadão”, dentre eles os alunos do “Culto à Ciência” e do “COTUCA”, provavelmente “matando” aula. Vestida com seu melhor vestido, calçada com seu melhor calçado, ela estava elegante e cheirosa, embora sua fragrância se misturasse ao fétido ar da praça, onde odores de urina e peixe trescalavam. Quem lá passava, percebendo-a solitariamente feliz compadecia-se, embora não soubesse que cruel loucura segurava-a naquele perigoso lugar. Ela residia em um velho apartamento na Rua José Paulino junto com sua viuvez. De repente, seu celular tocou, o bêbado se remexeu. Atendendo à ligação, ficou sabendo que Ele se atrasaria, mas estaria no local combinado dentro de uma hora, quando deixasse o Instituto Penido Burnier, onde tinha uma consulta marcada. Ela conformou-se logo e tirou da bolsa uma revista sobre crochê. Aos oitenta anos de idade, ainda acreditava no amor.
Crônicas de Campinas
Alexandre Campanhola
domingo, 3 de novembro de 2013
A COMPANHIA MOGIANA DE ESTRADAS DE FERRO - Parte final
CRONOLOGIA DA MOGIANA APÓS 1880
Em
25 de abril de 1880, uma lei provincial concede à Companhia Mogiana o
privilégio para a construção de uma estrada de ferro ligando Casa Branca a São
Simão e a Vila do entre Rios, que um dia será conhecida como Ribeirão Preto. O
impacto da chegada da Mogiana em Ribeirão Preto é imediato. São gerados muitos
empregos, especializações do capital humano, crescimento dos setores de varejo
e comércio.
A
epidemia de febre amarela de 1889, em Campinas, obriga os dirigentes da
Companhia Mogiana a transferirem provisoriamente seus escritórios para a cidade
de Mogi-Mirim, uma solicitação feita pelos próprios empregados.

Em
1896, o Doutor Francisco de Sales
Oliveira Júnior aceita a solicitação de vários amigos, e passa a presidir a
diretoria da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
IMAGEM: Doutor Francisco de Sales Oliveira
No dia 02 de dezembro de 1897 é inaugurado o monumento Companhia Mogiana de Estradas de Ferro feito por Rafael de Rosa e fundido na Fundição Faber, no bairro do Bonfim. Rafael é quem prepara as formas e executa o trabalho de fundição.

Em
1921, é inaugurado o último trecho das linhas da Mogiana; seus trilhos chegam à
cidade de Passos, em Minas Gerais.
Já
no ano de 1936, a Mogiana inicia o transporte de rodoviários (caminhões e vãs)
através da “Companhia Mogiana de Transportes”, mais tarde transformada em
“Rodoviário da Companhia Mogiana”

Em
1952, as locomotivas a vapor deixam de operar e entra em tráfego as primeiras
locomotivas diesel-elétricas GE-Cooper Bessemer.

Até
novembro de 1971, quando a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro é incorporada
a FEPASA – Ferrovia Paulista S.A, os olhares que a buscam no passado, enxergam
uma história de esplendor e bem-sucedida expansão.
Desde sua fundação, possibilitada pelo
interesse econômico dos grandes cafeicultores, até a construção de seus últimos
trilhos, sua existência trouxe modernidade e crescimento financeiro aos
territórios que ela percorreu, sobretudo Campinas, que teve a honra de receber
o imperador brasileiro por sua causa, de desenvolver importantes indústrias
vinculadas à atividade ferroviária, de projetar grandes nomes, como Ramos de Azevedo, que participou de sua
criação. Campinas tornou-se uma das cidades mais importantes do Brasil. Ainda
hoje, neste futuro que vivemos, ainda vemos espalhadas pela cidade campineira
os vestígios desta grande companhia; restos históricos de uma gloriosa
iniciativa de homens sonhadores, que alcançaram seus objetivos.

FONTES:
http://portal.rac.com.br/blog/39078/43/rogerio-verzignasse/jose-paulino-comecou-a-trabalhar-cedo
domingo, 27 de outubro de 2013
A COMPANHIA MOGIANA DE ESTRADAS DE FERRO - Parte 4
TRANSFORMAÇÕES NO TERRITÓRIO CAMPINEIRO

O
traçado da estrada de ferro da Companhia Mogiana é moldado seguindo os
interesses mais imediatos de ampliação de cultivo e transporte de café, sempre
favorecendo os ricos fazendeiros. A escolha do traçado da linha férrea é determinada
pela oferta do café, levando em conta as grandes propriedades da região. A
valorização das propriedades por onde passam as linhas da Mogiana é evidente.
O
transporte de mercadorias constitui a base da receita da companhia; o
transporte de passageiros não tem papel tão significativo.

A
expansão ferroviária também influência mudanças na área urbana. Surgem bairros
proletários como a Vila industrial,
o primeiro bairro de trabalhadores da cidade de Campinas. Prédios de imigração
entra as atuais ruas Sales de Oliveira e Pereira Lima são instalados. Com a
ascensão da Companhia também surge na cidade o telégrafo, o serviço postal, a
iluminação pública a gás, o sistema de bondes com tração animal. Neste período
também são realizadas obras de infraestrutura para fazer chegar água encanada
em alguns chafarizes e ocorre a expansão da atividade comercial.
Em
1878, a Mogiana estabelece sua primeira sede em um prédio alugado na esquina da
Rua General Osório com a Avenida Anchieta.
Quando
a Mogiana chega à cidade de Casa Branca ela possui 173 quilômetros em sua
extensão, que representam a força de seu crescimento.
Na próxima publicação:
A Companhia Mogiana na direção do futuro
domingo, 20 de outubro de 2013
A COMPANHIA MOGIANA DE ESTRADAS DE FERRO - Parte 3
A VISITA DO IMPERADOR DOM PEDRO II
Dom
Pedro II e outros visitantes são recebidos pelos membros da Câmara Municipal e
demais autoridades na estação da estrada de ferro da Companhia Mogiana, e uma
banda de música executa o Hino Nacional. Milhares de foguetes sobem ao ar, os
enfeites nas ruas representam a importância deste momento, apesar da notícia do
falecimento de José Bonifácio, o “Patriarca da Independência”.
IMAGEM: Dom Pedro II

IMAGEM: Joaquim Polycarpo Aranha, o Barão de Itapura
A
comitiva imperial desfila pela rua, entre alas constituídas pela Banda de
música italiana, Sociedade 14 de Juillet, Hespanhola Mendaz Nunes, Alemã
Concórdia, Beneficente Lidgerwood,
Oito de Julho, Clube Mac-Hardy com seu
estandarte e os operários da indústria com
bandeiras, Confederação Italiana com sua escola, Beneficente Arens,
Banda Camões, Germania, Portuguesa de
Beneficência, Escola Corrêa de Mello, Circolo
Italiano Unit e suas escolas, alunos do
Asilo de Órfãs da Santa Casa, Colégio
Culto à Ciência, colégios da Dona
Carolina Florence, Josefina Sarmento, Deolinda Fagundes e Rita Freire,
entre outros, estimando um número de 800 escolares presentes. Estimam-se o
número de 160 operários da indústria Mac-Hardy, 180 da Lidgerwood e 100 da Arens, as três grandes indústrias de Campinas.
Quatro cavalos brancos puxam a carruagem que passa em frente ao palacete, onde
o imperador está hospedado, levando seus seguidores. Dom Pedro II assisti a
tudo do palacete, o sobrado Visconde de Indaiatuba, situado na esquina daquelas
que seriam as ruas Barão de Jaguara e General Osório.
IMAGENS: Pintura representando a chegada do imperador Dom Pedro II, o sobrado do Visconde de Indaiatuba e a Dona Carolina Florence e seus filhos.
O
imperador visita a Matriz Nova, chegando a subir na torre, e ouve o órgão
tocado pelo Sr. Antônio Carlos de Sampaio Peixoto. Visita o Bosque dos
Jequitibás, regressando pelo bairro Santa Cruz. Mais tarde, participa de um
jantar suntuoso oferecido pelo Conde de Três Rios e um solene Te Deum na
matriz.

IMAGEM: Companhia Lidgerwood, 2013
Ainda
em decorrência da inauguração do trecho Campinas / Mogi-Mirm da Companhia
Mogiana de Estradas de Ferro, Dom Pedro II parte de Campinas em visita à cidade
de Mogi-Mirim, no dia 27 de agosto do mesmo ano. O trem parte de Campinas às 12
horas levando o imperador, o presidente da província e convidados.
http://books.google.com.br/books?id=-g7SgTmn_KwC&pg=PA143&lpg=PA143&dq=sociedade+campineira+1872&source=bl&ots=JDFdlpAM3E&sig=S2LS4oPTn47bwFjlWGKAJdnDb6Y&hl=pt-BR&sa=X&ei=xYw0Uoi-CYj88gSJ04DQCg&ved=0CDoQ6AEwAg#v=onepage&q=sociedade%20campineira%201872&f=fals
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