A VISITA DO IMPERADOR DOM PEDRO II
Após
30 anos de sua primeira visita ao território campineiro, o imperador Dom Pedro
II retorna à Campinas, em 26 de agosto de 1875, e encontra uma cidade
diferente, não mais com o estilo colonial de outrora, mas agora uma cidade
moderna, estruturada pela cultura do café.
Dom
Pedro II e outros visitantes são recebidos pelos membros da Câmara Municipal e
demais autoridades na estação da estrada de ferro da Companhia Mogiana, e uma
banda de música executa o Hino Nacional. Milhares de foguetes sobem ao ar, os
enfeites nas ruas representam a importância deste momento, apesar da notícia do
falecimento de José Bonifácio, o “Patriarca da Independência”.
IMAGEM: Dom Pedro II
A
comissão que preparou o programa de recepção ao imperador é composta pelo Barão de Itapura, pelo deputado
comendador Geraldo de Resende, o Dr.
José Joaquim Baeta Neves, por Gabriel Dias da Silva e Joaquim Quirino dos
Santos.
IMAGEM: Joaquim Polycarpo Aranha, o Barão de Itapura
A
comitiva imperial desfila pela rua, entre alas constituídas pela Banda de
música italiana, Sociedade 14 de Juillet, Hespanhola Mendaz Nunes, Alemã
Concórdia, Beneficente Lidgerwood,
Oito de Julho, Clube Mac-Hardy com seu
estandarte e os operários da indústria com
bandeiras, Confederação Italiana com sua escola, Beneficente Arens,
Banda Camões, Germania, Portuguesa de
Beneficência, Escola Corrêa de Mello, Circolo
Italiano Unit e suas escolas, alunos do
Asilo de Órfãs da Santa Casa, Colégio
Culto à Ciência, colégios da Dona
Carolina Florence, Josefina Sarmento, Deolinda Fagundes e Rita Freire,
entre outros, estimando um número de 800 escolares presentes. Estimam-se o
número de 160 operários da indústria Mac-Hardy, 180 da Lidgerwood e 100 da Arens, as três grandes indústrias de Campinas.
Quatro cavalos brancos puxam a carruagem que passa em frente ao palacete, onde
o imperador está hospedado, levando seus seguidores. Dom Pedro II assisti a
tudo do palacete, o sobrado Visconde de Indaiatuba, situado na esquina daquelas
que seriam as ruas Barão de Jaguara e General Osório.
IMAGENS: Pintura representando a chegada do imperador Dom Pedro II, o sobrado do Visconde de Indaiatuba e a Dona Carolina Florence e seus filhos.
O
imperador visita a Matriz Nova, chegando a subir na torre, e ouve o órgão
tocado pelo Sr. Antônio Carlos de Sampaio Peixoto. Visita o Bosque dos
Jequitibás, regressando pelo bairro Santa Cruz. Mais tarde, participa de um
jantar suntuoso oferecido pelo Conde de Três Rios e um solene Te Deum na
matriz.
As
visitas de Dom Pedro II sucedem-se no dia seguinte. Ele visita as indústrias
Arens Irmãos, Lidgerwood, sendo recebido pelo chefe João Sheringhton e pelos
operários e aprendizes. Visita a Companhia Mac-Hardy, do Sr. Guilherme MacHardy
e o clube da indústria. Visita também a indústria de Sabão, Óleos e Velas de
Octávio Pacheco & de Francisco Krug e a Fundição da Viúva Faber e Filhos.
Também visita hospitais como Circolo Italiano Unit e a Santa Casa de
Misericórdia.
IMAGEM: Companhia Lidgerwood, 2013
Ainda
em decorrência da inauguração do trecho Campinas / Mogi-Mirm da Companhia
Mogiana de Estradas de Ferro, Dom Pedro II parte de Campinas em visita à cidade
de Mogi-Mirim, no dia 27 de agosto do mesmo ano. O trem parte de Campinas às 12
horas levando o imperador, o presidente da província e convidados.
http://books.google.com.br/books?id=-g7SgTmn_KwC&pg=PA143&lpg=PA143&dq=sociedade+campineira+1872&source=bl&ots=JDFdlpAM3E&sig=S2LS4oPTn47bwFjlWGKAJdnDb6Y&hl=pt-BR&sa=X&ei=xYw0Uoi-CYj88gSJ04DQCg&ved=0CDoQ6AEwAg#v=onepage&q=sociedade%20campineira%201872&f=fals
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