José
Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, no Ceará, no dia 01 de maio de 1829.
Era filho ilegítimo do padre e senador José Martiniano Pereira de Alencar e de
dona Josefina de Alencar, prima de seu pai. Foi casado com Georgiana Augusta
Cochrane, com a qual teve o filho Augusto Cochrane de Alencar.
Cursou
a Faculdade de Direito de São Paulo, iniciando os estudos em 1846 e formando-se
em 1850. Durante os anos de estudos fundou a revista Ensaios Literários, onde
publicou o artigo “Questões de estilo”. Após a formação voltou ao Rio de
Janeiro, onde vivera durante o mandato do pai no senado, para trabalhar em um
escritório de advocacia, profissão que jamais abandonou.
Iniciou
suas atividades literárias no Correio Mercantil e no Diário do Rio de Janeiro. Em
1854, teve sua estreia como folhetinista no Correio Mercantil e, em 1856,
publicou seu primeiro romance “Cinco Minutos”, seguido de “A Viuvinha”, em
1857. Estes romances foram publicados em jornais e só depois em livros.
José
de Alencar travou uma célebre polêmica com o imperador Dom Pedro II, da qual
resultaram as Cartas Políticas a Erasmo, em que critica a corrupção e a
decadência do império. Nessa polêmica, o escritor expôs o que considerava como
o assunto mais importante de uma verdadeira literatura brasileira: o indianismo,
que seria tema de alguns de seus mais conhecidos romances.
Em
1859, tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois
consultor do mesmo. Em 1860, ingressou na política, como deputado estadual no
Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador. Em 1868 tornou-se Ministro da
Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870.
Produziu
importantes romances da Literatura Brasileira como Lucíola (1862), Senhora
(1875), O tronco do ipê (1871), O Sertanejo (1875), As minas de prata (1865),
Iracema (1865), Ubirajara (1874).
José
de Alencar escreveu em 1857 o romance O Guarani, uma obra de assunto indianista
que inspirou o grande maestro campineiro Carlos Gomes a compor sua famosa ópera
O Guarani, que teve esplêndida repercussão internacional.
A
Rua José de Alencar era conhecida no passado como Rua do Theatro. Ela tem seu início
nas proximidades da Avenida Prefeito José Nicolau Ludgero Maseli e estende-se até a Rua Doutor Costa Aguiar. É
uma rua com muitos traços do passado, constituída de paralelepípedos em seu
solo e casas de estrutura antiga.
Fontes:
Língua e Literatura – Faraco &Moura, editora ática, 1998
ALEXANDRE CAMPANHOLA
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