terça-feira, 14 de janeiro de 2025

DESCUBRA O PODER DA POESIA: UMA VIAGEM EMOCIONANTE QUE SÓ VOCÊ PODE FAZER

 🌌 Deixe a Poesia Tocar Sua Alma: Uma Jornada Que Só Você Pode Vivenciar 🌌  



Já pensou no poder das palavras? Elas têm o dom de curar, inspirar e conectar. Meu primeiro livro de poesia não é apenas uma coleção de versos, é um convite para você se reencontrar com as emoções mais profundas e bonitas da vida.  


✨ O que torna este livro especial?

Cada poema foi escrito com o coração, inspirado por momentos únicos que refletem sentimentos universais. Você não estará apenas lendo poesia; estará participando de algo maior, sentindo o que tantas outras pessoas ao redor do mundo já sentem ao se deixar envolver por esses versos.  


🤝 Você faz parte desta história. 

Ao adquirir este livro, você se torna um apoiador direto deste blog, permitindo que eu continue compartilhando reflexões, inspirações e conteúdos que enriquecem o nosso dia a dia. A sua contribuição faz a diferença – não apenas para mim, mas para todos que também encontram aqui um refúgio e uma fonte de inspiração.  


🌍 Juntos, podemos espalhar poesia.

Quando você compra este livro, não está apenas investindo em literatura, está promovendo uma causa: um mundo onde as palavras têm poder para transformar vidas.  


💖 Seja um dos primeiros!  

Estudos mostram que as pessoas que fazem parte do início de um movimento sentem uma conexão mais profunda com ele. Não perca a chance de estar entre os leitores pioneiros dessa obra tão especial.  


📚 Clique agora e leve para casa uma obra que vai falar diretamente ao seu coração.  


- >    https://loja.uiclap.com/titulo/ua70003/




⚡ A poesia está viva – e ela começa com você.  


👑 O CONCURSO DE MISS CAMPINAS DOS ANOS DE 1970: ANDIARA CARNEIRO DE MENDONÇA

 🎤 ANDIARA CARNEIRO DE MENDONÇA, a Miss Campinas de 1974

👏👏👏



Andiara Carneiro de Mendonça Pereira nasceu no dia 8 de dezembro de 1953 , dia da padroeira de Campinas. Era filha de Clóvis Carneiro de Mendonça, leiloeiro oficial de Campinas, e da Dona Laura. 

🎓 Frequentou o curso preparatório da Escola Normal, estudou no Conservatório Musical de Campinas, no Colégio COTUCA e Bento Quirino. Formou-se em Arquitetura no Mackenzie. Também cursou paisagismo, de interiores e exteriores, e se formou em Psicologia Musical.



Na época do concurso, aplicava teste e dava orientação junto à Pediatria da Santa Casa de Campinas, como professora especializada em crianças nervosas.

Sagitariana de os olhos verdes, os lábios de diva holywwodiana e os cabelos escuros fizeram de Andiara Carneiro de Mendonça uma das mulheres mais belas da cidade na década de 70.



O Concurso de Miss Campinas de 1974, aconteceu no dia 03 de maio, às 21 horas, no Ginásio do Tênis Clube de Campinas, Roberto Franco do Amaral. O Ginásio foi ornamentado por Gilberto Belatati.

Houve um atraso de duas horas e meia para o início do evento, o que causou vaias no ginásio lotado. Além das vaias, as torcidas de candidatas do Guarani e da Ponte Preta, principalmente, expressaram rivalidade agitando bandeiras e gritando o nome das representantes.

Por volta das 22 hs 35 min, a Miss Campinas de 1970, Sônia Yara Guerra, e o ator Rodolfo Mayer, apresentadores do concurso, subiram à passarela para avisar o público que o desfile demoraria mais alguns instantes para começar.


O motivo do atraso foi o fato que o vestido da candidata Margareth Lício, ainda estava sendo bordado, até a hora marcada para o começo do concurso.

O desfile começou com a apresentação de todas as candidatas em traje longo, e em conjunto, fazendo-se depois o desfile individual. 

🩱 A ordem de entrada das candidatas foi o seguinte: Jane de Fátima (Guarani Futebol Clube); Durvalina Bueno de Barros (Sindicato dos Cabeleireiros do Estado); Rita Maria Caetano de Jesus (Ipanema Clube); Sônia de Fátima Silva (La Femme Chic); Maria Marques Zanata (Ponte Preta); Margareth Lício (Tênis Clube); Maria Carolina de Oliveira Palhares (Sindicato dos bancários); Heloísa Maria Detoni Silva (Grêmio Esportivo do DAE); Aidê Costa Bezerra (Tecidos Zogbi); Andiara Carneiro de Mendonça; Mirian Cren (Nosso Cantinho); e Edna Maria Molinari (Banco Ítalo-Belga).


Todas as candidatas foram vestidas pelo Varejão, como modelos de seu figurinista exclusivo, Nelson Barbarella, que fez cada traje a rigor de acordo com o tipo de concorrente.

Para dar um toque especial ao desfile, um representante do Varejão foi à Argentina para comprar as plumas que complementaram os vestidos longos. Os vestidos foram bordados a mão com pedrarias importadas e alguns deles tiveram plumas, conforme o tipo de candidata. O valor total foi superior a 100 mil cruzeiros. 

Os vestidos seguiram uma linha sofisticada no estilo Marilyn Moroe e Jane Russel. Além de vestir as concorrentes a Miss Campinas, o Varejão se prontificou a fazer o mesmo com a candidata de Campinas a Miss São Paulo.


As maquiagens e penteados das candidatas foram fornecidos pelo Elvio Cabeleleiro, e os sapatos eram da Vêneta Calçados.


👗 Andiara Carneiro usou longo em organza de seda pura em branco. Blusa com decote rente com bordados de sutache e pedras em degradée formando gotas. Mangas sem forro com o mesmo detalhe. Saia em gode, curta na frente, alongando-se e formando cauda, toda barrada em plumas, que se repetiam nas mangas. 

Cada candidata, ao terminar o desfile individualmente, realizou teste de personalidade e desembaraço social, respondendo as duas perguntas: uma de seu conhecimento e uma sorteada na hora.

Logo após o desfile em traje longo, as candidatas se apresentaram em conjunto, em maiô Catalina, modelo Miss Universo, adquiridos pela Prefeitura Municipal.

Foi neste desfile que se decidiu quem seria a vencedora, uma vez que o juri pôde ver a harmonia das linhas físicas, perfeição do formato das pernas, linha das costas, maneira de andar, enfim, todos os requisitos necessários para uma boa apresentação de Campinas, no Concurso de Miss São Paulo.


O júri era composto por: A primeira dama Maria Lázara Duarte Gonçalves, Lina Penteado, o escultor Lélio Coluccini, Merilin Keppke, Maria Helena Mota Paes, Carmen Silvia Ramasco, Miss Campinas de 1967, Jane Burda, entre outros.  

Logo após a apresentação em maiô, foram entregues as notas do juri aos organizadores do concurso. Foi feita a contagem em sala fechada, e depois, subiram na passarela as misses do ano anterior, para entregar as faixas e um bouquet de rosas vermelhas para as candidatas finalistas. 

🏅Na madrugada do dia 04 de maio, um grande público no Ginásio de Esportes do Tênis Clube de Campinas, acompanhou o anúncio de Andiara Carneiro de Mendonça como a Miss Campinas de 1974.


Andiara não representou nenhum clube e conseguiu três pontos de diferença da segunda colocada.

Ela tinha 21 anos e suas medidas eram: 1,66 m de altura; 93 cm de busto; 93 de quadril; 57 de coxas; 63 de cintura e 21 de tornozelos.

Andiara, por representar nenhum clube ou entidade, não esperava ser ganhadora do concurso, e por este motivo ao desfilar pela última vez, não sabia se ria ou chorava. Seus olhos estavam vermelhos, mas ela conteve o choro e sorriu para todos, apesar de inúmeras vaias.

A decisão do juri não havia agradado o público, que vaiou a candidata vencedora enquanto ela se colocava para receber a faixa das mãos de Yara Voigt, Miss Campinas de 1973, que também havia desagradado o público ao vencer o concurso do ano anterior.



A segunda colocada foi Aidê Costa Bezerra, representante dos Tecidos Zogbi. Ela ficou com o título de Miss Turismo.

Por unanimidade, Marisa Marques Zanata, da Associação Atlética Ponte Preta, foi eleita a Miss Simpatia de 1974.

🎁 A Miss Campinas de 1974 recebeu como prêmio ainda uma tela de Vogan, no valor de 1.700,00 cruzeiros, ofertado pela Galeria de Artes Ouro Verde, passagem e estadia por uma semana na Bahia da revista O Cruzeiro, ser capa da mesma revista e um maiô de Catalina.  

Yara Voigt, Miss Campinas de 1973, despediu-se sob aplausos do público e agradeceu a todos que a incentivaram durante seu reinado. O mesmo fez as misses turismo, Região e Simpatia.

Ainda em 1974, Andiara foi capa da revista O Cruzeiro, uma revista muito conceituada da época, já que no ano de seu reinado a cidade comemorava o seu bicentenário de fundação.


👑 Ela também foi eleita Rainha dos Municípios do Estado de São Paulo e participou do Concurso Miss São Paulo.

O Concurso Miss São Paulo de 1974 foi disputado no dia 19 de maio e teve início às 21 horas, no Ginásio do Taquaral. 

O traje típico da Miss Campinas no Miss São Paulo foi idealizado e executado por Jucan, que fez os trajes típicos de Sônia Yara Guerra, para o Miss Mundo, e de Yara Voigt.

No Miss São Paulo 1974, houve uma polêmica, pela não inclusão de Andiara, de tradicional família e Miss Campinas, entre as três primeiras.



O júri, que tinha personalidades como Orestes Quercia, Lauro Péricles Gonçalves, Airton e Lolita Rodrigues, Arlindo Silva, Diretor da Revista O Cruzeiro, em SP, preferiu a loura universitária de Ribeirão Preto Sandra Guimarães.

Naquele ano de 1974, Andiara foi a principal rival de Sandra Guimarães no Miss São Paulo.

Na época de miss e posteriormente, Andiara apresentou muitos bailes de debutantes da cidade ao lado de grandes celebridades da época, como o ator campineiro da TV Tupi e da TV Bandeirantes Luiz Antônio Piva.


Desfilou sua esplêndida beleza em importantes clubes, como o Clube Semanal Cultura Artística de Campinas, o Clube Concórdia e o Tênis Clube.

     

Amava a cidade e costumava ter um bloquinho dentro da bolsa para desenhar o que mudaria nos lugares que visitava. Andiara desenvolveu vários projetos importantes em hotéis, motéis, escritórios e residências, tanto em Campinas como em cidades de outros Estados. 


Também fez trabalhos para artistas, como o cantor Xororó e o humorista Tom Cavalcante.

Andiara casou-se com Arnaldo Alves Pereira Junior,  um conceituado cirurgião dentista, e teve um único filho, Arian Carneiro de Mendonça, que faleceu, segundo consta, no dia 11 de fevereiro de 2020.

Andiara Carneiro de Mendonça faleceu, vítima de câncer de pâncreas, aos 59 anos de idade, no dia 22 de janeiro de 2012, dois anos depois de ter sido diagnosticada com a doença.


📝 Luiz Antônio Piva, em 2012:

"Andiara Carneiro de Mendonça, a mais linda mulher de Campinas no ano de 1974. Comecei minha carreira de ator na TV Tupi, e Andiara era eleita Miss Campinas e São Paulo, apresentamos juntos vários bailes de debutante, eterna , que saudade, que santa Rita de Cassia te receba. Tomei conhecimento dois dias depois de seu falecimento"


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor  


Fonte:


🔍 📸 Acervo da Biblioteca Municipal de Campinas "Ernesto Manuel Zink"

🔍https://correio-rac-com-br.cdn.ampproject.org/.../adeus-a...

🔍 Página Universal Beauty Contest

🔍📸 https://m.facebook.com/story.php?story_fbid=284418501277246&id=100091272931553&mibextid=Nif5oz

📸 Lilian Mara Rodrigues da Silva 

📸 Acervo Luiz Antônio Piva

🐄🚜 FAZENDAS DA HISTÓRIA : Fazenda Jambeiro

 A Fazenda Jambeiro surgiu na região chamada Sete Quedas, quando, em 1802, o alferes ituano José Rodrigues Ferraz do Amaral, adquiriu por 260 mil réis as terras das sesmarias pertencentes ao casal José Antônio de Figueiró e Isabel Correia da Cunha.


A propriedade adquirida por José Rodrigues Ferraz do Amaral, que foi casado com Ana Matilde de Almeida Pacheco, possuía uma casa simples de taipa de pilão. O alferes, pelo cargo que ocupava, nunca teve posse legal das terras, até sua morte em 1819. 

Em 1923, as terras da Sesmaria Sete Quedas, herdadas legalmente por Thereza Michelina do Amaral Pompeu, nascida em fevereiro de 1800, foram desmembradas. Ela era a filha mais velha do alferes, e tinha dentre os irmãos, Joaquim Bonifácio do Amaral, barão e visconde de Indaiatuba. Ele nasceu em Campinas, no dia 3 de setembro de 1815. 


Thereza Michelina do Amaral Pompeu casou-se naquele ano com Antônio Pompeu de Camargo, um próspero comerciante de mercadorias. Do desmembramento da propriedade que ela herdou originou-se a Fazenda Jambeiro, na qual foi construído o primeiro casarão sede no mesmo ano de sua fundação.

Em 1833, ainda resultante do desmembramento da Sesmaria de Sete Quedas foi criada a Fazenda Cachoeira, atual São Martinho da Esperança, pela mesma herdeira, seguida da Fazenda Pedra Branca e por último a Fazenda Capivari.


A Fazenda Sete Quedas, que era a base das demais propriedades, ficou com Joaquim Bonifácio do Amaral, e, somente a partir do falecimento de sua mãe Anna Matilde, em 1943, foi implantado um sistema próprio de administração.

Nos primeiros anos, as atividades na fazenda eram dedicadas à cultura do açúcar, que era o produto de grande valor na época. A partir de 1840, teve início do cultivo de café na propriedade, que se tornou uma das maiores produtoras em Campinas.

O sucesso na produção de café fez de Thereza Michelina do Amaral Pompeu uma das mulheres mais ricas da cidade, conforme indicações no ano de 1850.


Em 1846, ela construiu um Sobrado na esquina da Rua Barão de Jaguara e General Osório. Em 1875, neste sobrado, o Solar do Visconde de Indaiatuba,  o imperador Dom Pedro II e a Imperatriz Thereza Cristina foram hospedados, quando os mesmo estiveram em Campinas.

Em 1860, a propriedade era uma das maiores produtoras e exportadoras de café da região.

Thereza Michelina do Amaral Pompeu faleceu em 1881, deixando a Fazenda Jambeiro, dentre outras heranças, ao filho Antonio Pompeu de Camargo. 

Antonio Pompeu de Camargo nasceu em Campinas em 1828. Além de um dos pioneiros no cultivo do café, tornou-se um rico proprietário urbano e rural, sendo um dos principais acionistas da Cia. Paulista de Estradas de Ferro. Participou ativamente de diversas iniciativas voltadas ao melhoramento de Campinas, como a construção da Matriz Nova (atualmente Catedral Metropolitana), da Santa Casa e o Jóquei Clube. 


Ligado tradicionalmente ao Partido Liberal do Império, chefiado por seu tio e cunhado Bonifácio do Amaral, dele afastou-se para pertencer ao Clube Liberal-Radical e posteriormente ao Clube Republicano, acompanhando seus amigos Campos Salles e Francisco Glicério. 

Antonio Pompeu de Camargo  faleceu em 1884 e, a partir do ano seguinte,  a propriedade passou a ser administrada por Herculano Pompeu de Camargo, filho mais novo de Antonio Pompeu de Camargo, atingindo a produção 90 mil pés de café. Ele deixou de usar o trabalho escravo antes da assinatura da Lei Áurea, que pôs fiz a escravidão, e passou passou a contratar colonos europeus, para realizar o trabalho em sua fazenda. 


Em 1897, Herculano Pompeu de Camargo construiu uma suntuosa casa-sede na fazenda. A inspiração do projeto era francesa feita pelo arquiteto campineiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo. Dentre os requintes havia iluminação de gás em seus cômodos, água corrente e rede de esgotos, linha telefônica, pintura em Trompe-l'oeil nos salões internos, revestimentos em azulejos franceses, pisos hidráulicos belgas e um valioso lustre em seu salão principal.

Em 1907, devido a problemas relacionadas à partilha da herança de Antônio Pompéu de Camargo, Herculano teve que desocupar a Fazenda Jambeiro, indo morar na Fazenda Capivari. Os sérios problemas financeiros resultantes fez com que a Fazenda Jambeiro fosse a Leilão, juntamente com outros patrimônios de Antônio Pompeo de Camargo.

Em 1914, o proprietário da fazenda era José de Queirós Aranha, com 70 alqueires de terras e 100 mil pés de café.

Já na  década de 1920, o italiano Giuseppe Tizziani adquiriu a Fazenda, e permaneceu sob possa dela até a década de 1940.


Em 1950, a Fazenda Jambeiro foi utilizada para a produção de algodão pelo empresário americano John Edward Hoen, que veio a faleceu junto com seu sócio brasileiro em um acidente de avião. 

Em 1960 passou a ser propriedade de Maria de Lurdes da Silva Prado. Quando ela faleceu, a propriedade foi herdada pela filha Maria Cecília da Silva Prado, que não se interessou pela Fazenda Jambeiro, e colocou as terras para serem loteadas.

Este loteamento foi designado como Parque Jambeiro. Maria também determinou a demolição do Casarão sede, mas após terem derrubado várias paredes, portas e janelas, fiscais descobriram a demolição e a embargaram sob pena de multa. 

A partir daí, o casarão foi administrado pela Prefeitura, como forma de pagamentos de impostos atrasados, e a partir de então ocorreu um processo de degradação, marcado por queda dos telhados, demolição parcial de outras paredes, que os próprios funcionários municipais proporcionaram... 


A Fazenda Jambeiro, localizada às margens da Rodovia Anhanguera, no bairro Parque Jambeiro, foi tombada em 1992 pelo  Condepacc (Conselho de Patrimônio Cultural de Campinas).


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte: 


🔍https://pt.wikipedia.org/wiki/Fazenda_Jambeiro

🔍https://pt.wikipedia.org/wiki/Fazenda_Sete_Quedas

🔍https://www.geneaminas.com.br/gene.../restrita/enlace.asp...

🔍📸https://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/.../perso...

📸 Página Campinas de Outrora

📸 Centro de Memória da Unicamp

Referência: Roberto de Castro

🏭 A FÁBRICA DA DAKO

 A Dako foi fundada pelo campineiro Joaquim Gabriel Penteado, o Joá Penteado, no dia 16 de novembro de 1935, a partir da compra de uma pequena fábrica de fogões à lenha em São Paulo por 400 contos de réis. 

O nome Dako foi inspirado no nome do proprietário daquela pequena fábrica, o italiano Heitor Dácomo. Foi criada, então, a Sociedade Dako do Brasil.


Naquela época, a produção era bem pequena. Eram fabricados 35 fogões por mês, mas na década  de 1940, a fábrica começou a ganhar destaque no mercado com seus fogões à carvão conhecidos como Piloto, o que elevou a produção para 41 unidades por mês. Surgiu a necessidade de modernizar a fábrica para dar mais eficiência à produção.

Em 1947, a fábrica mudou-se para Campinas onde havia espaço e condições para crescer. Inicialmente, a fábrica foi instalada na Rua Major Sólon, no Cambuí. Nesta época, a Dako iniciou a produção dos primeiros fogões elétricos do país.


Na década de 1950, a Dako lançou o modelo de fogão "pinga-pinga" para atender à demanda de fogões à querosene. Mas, o início da produção de gás de cozinha no país fez com que a empresa concentrasse toda a sua capacidade na produção do modelo que atendesse à nova tendência. Eram produzidas 10 mil unidades mensais.

No final de década de 1950, a Dako lançou o Palace Hotel, um modelo que se tornou um marco na história da empresa e da culinária brasileira, e é considerado até hoje o melhor forno brasileiro.

Ainda na década de 50, para atender a necessidade de mais espaço físico, a Dako começou a realizar parte de sua produção fora de Campinas.

Em meados da década de 1960, a Dako lançou um de seus maiores sucessos, o fogão Vedete, que ficou no mercado por mais de 20 anos.

Na década de 1970, foi lançada a segunda versão do Palace Hotel, que alcançou produção recorde de 12 mil unidades mensais. Presente no mercado até 1978, foi registrada uma média mensal de produção de 42 mil unidades.

Na década de 1980, a Dako tornou-se a maior indústria de fogões a gás do Brasil e da América Latina. Foi alcançado nesta década uma grande eficiência da empresa no uso de matéria-prima.


Na década de 1990, a Dako mudou-se para o Distrito Industrial de Campinas, ocupando uma área maior e mais bem em termos logísticos. 

Vale ressaltar que a Dako também esteve instalada na Rua Vitoriano dos Anjos, no número 785, no bairro Ponte Preta. Hoje, existe um condomínio residencial no local. Segundo consta, a Dako comprou a empresa falida Fogões Paterno  que ficava na Rua Camilo Vanzolini perto do Hospital Samaritano.

Foi uma década de intensa exportação dos produtos Dako, que chegaram a 50 países. No Brasil, a empresa dominava uma fatia de 35% do mercado varejista de fogões.

Nesta década, a empresa começou a produzir também depuradores e geladeiras.

Em 1996, a Dako fundiu-se com a norte-americana General Eletric (GE), e surgiu a GE Dako. Nesta nova fase, houve uma mudança na elaboração dos projetos, adotando-se os computadores, e iniciou-se o investimento em ecologia e sustentabilidade.

No início do século 21, a Dako encontrava-se no auge de sua história. Era uma marca conhecida, popular, premiada e influente no mercado. Neste mesmo período, a empresa mexicana Mabe adquiriu a Dako.

A Mabe também comprou a parte de eletrodomésticos da CCE e mais tarde compraria a concorrente da Dako, Continental, formando a Mabe Brasil.

Em 2013, a Mabe Brasil entrou com pedido de recuperação judicial. Dois anos antes, os produtos da Continental já haviam parado de ser produzidos, e a situação financeira não melhorou com o tempo. Em 2016, a matriz mexicana entrou em crise e a filial brasileira foi declarada falida.

Com a falência da operação brasileira da Mabe, a empresa se retira do Brasil, e a Electrolux compra duas das marcas da empresa, a Dako e a Continental, em leilão homologado em outubro de 2016. 


Em 2017, a Atlas Eletrodomésticos anunciou a aquisição da marca Dako, e no ano seguinte, relançou-a no mercado. 


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍📸 https://institucional.dako.com.br/a-dako/

🔍📸 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Dako

🔍 https://www1.uol.com.br/bibliot/charlo/dako.htm

📸 Imagens da Internet 

📸 https://horacampinas.com.br/joa-penteado/

🗄️📂 ARQUIVO ESPECIAL: O Lar dos Velhinhos de Campinas

No dia 25 de julho de 2024, o Lar dos Velhinhos de Campinas completou 120 anos de fundação. Mas, a história desta instituição é mais antiga e vamos descobrir agora.

Nos dias 22 de janeiro e 8 de fevereiro de 1899, o jornalista Antônio Sarmento defendeu, em sua coluna no jornal Diário de Campinas, a ideia da fundação de uma casa para os mendigos da cidade. 


No final do século 19 e início do século 20, Campinas recebia muitas pessoas de outras localidades, que buscavam trabalho nas fazendas de café. Era um crescimento desordenado da cidade, e muitas das pessoas que vinham para cá não conseguiam trabalho, o que acarretou no crescimento do número de desabrigados, que vivam nas ruas em condições sub-humanas. 

Já ocorriam mobilizações e debates entre representantes da sociedade civil, a fim de agir sobre tal situação. 

No dia 25 de julho de 1904, o delegado Dr. Paulo Machado Florence defendeu também a ideia da criação de um asilo, em uma reunião realizada em uma das salas da delegacia de polícia, que culminou na fundação de uma casa dedicada à assistência a mendicidade, que foi denominada, conforme a grafia da época, Asylo de Mendigos.

Estiveram naquela reunião, além do Dr. Paulo Florence, velhos e nobres cidadãos campineiros, como: João de Paula Castro, Luiz José Pereira de Queiroz, Joaquim Villac, Euclides Teixeira, João Ravul, Aristides Pompeu, Virgínio Jacobsen e o padre Manoel Ribas D'Ávila. 

No ano seguinte, foi realizada na Câmara Municipal de Campinas uma assembleia geral para a eleição da primeira diretoria definitiva.

Estiveram à frente da instituição nos primórdios de sua existência, o Sr. Orosimbo Maia como presidente; Dr. Alberto Sarmento, como vice-presidente; Joaquim Villac era o primeiro secretario; Tito Martins Ferreira, o segundo secretário; o tesoureiro era Antônio Egídio Nogueira; Joaquim Augusto de Faria Cardoso era o procurador; e Vitalino Ferraz, o mordomo.

Uma das primeiras profidencias dos administradores foi adquirir a Chácara República do Coronel Bento Bicudo, no alto Bonfim. A instituição foi instalada no casarão senhorial da fazenda. Este abrigo era procurado por muitas pessoas com problemas físicos e mentais, o que motivou a mudança do nome do local.

No dia 10 de dezembro de 1905, foi realizada a inauguração oficial, já com um novo nome: Asylo de Inválidos.


No início, o asilo acolheu 15 indigentes. Em pouco tempo, o número chegou a 200 desabrigados, número que cresceu com o tempo. Eram pessoas marcadas pela idade e pela pobreza.

Em 1930, foi realizado no Club Campineiro um baile beneficente em prol do Asilo de Inválidos, que contou com a presença de gentis senhoritas e distintivo rapazes da sociedade.

Um administrador ganhou notoriedade no asilo, Luiz Antônio Assumpção Leite, que foi convidado ao cargo por Orosimbo Maia. Era um homem de extraordinário presença e de extrema bondade. Ele teve a iniciativa de transformar o terreno do asilo em um grande pomar e horta, cujos produtos reforçavam a alimentação dos asilados.

O benemérito e sua família residiam em dependências da Obra. Ele era musicista, como  seu pai, e sendo assim, alegrava a instituição com boas músicas. 

No dia 29 de novembro de 1957, a Câmara Municipal de Campinas, através da lei 1840, homenageou o caridoso administrador Luiz Antônio Assumpção Leite, falecido em 1944, imortalizando seu nome em uma rua, que circunda o local da instituição.

Ainda em 1957, o presidente do Asilo de Inválidos era o Sr. Sylvino de Godoi. A sede do asilo, o casarão velho, possuía diversos pavilhões destinados a dormitórios de homens e mulheres. Havia também galpões da descansou separados. 




No centro da propriedade havia uma residência antiga, ainda do tempo da fazenda, onde se encontrava de forma improvisada uma capela, a administração e clausura das irmãs. 

Estas irmãs, pertencentes a Congregação das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado, eram em número de nove, e submissas a Madre Odete na prática cotidiana de seus afazeres. Elas cuidavam de mais de 200 idosos, com atenção na alimentação, na higiene das camas e roupas, na limpeza dos salões. 

Havia enfermaria nas dependências do asilo, e no abrigo dos idosos, uma aparelho de televisão doado pelo Sr. Miguel Vicente Cury. 


Havia também o Pensionato Nossa Senhora das Graças em anexo, contendo 5 apartamentos e 12 dormitórios, que abriga pessoas de ambos os sexos, mas que podiam pagar as mensalidades. 


O Asilo dos Inválidos abrigava além dos idosos, jovens paralíticos, que recebiam a mesma dedicada atenção.


Naquele ano, houve um convite da diretoria do asilo, que contou com rotarianos e jornalistas. Estes convidados conheceram a instituição, suas atividades e beneficiados. Depois, foi oferecido um coquetel aos visitantes, e abordou-se temas como a finalidade das atividades. Este convite fazia parte de uma campanha para a reforma das instalação do asilo. 


Em 1972, a partir da percepção de que a maioria das pessoas atendidas era constituída de idosos, alterou-se o nome para Lar dos Velhinhos de Campinas. A nova denominação passou a vigorar em maio daquele ano. Sua missão era o atendimento aos idosos em situação de vulnerabilidade social.


Nessa mesma década iniciaram-se reformas no local, tais como a demolição do antigo casarão, a construção de novos residenciais e a pavimentação e a iluminação de antigas ruas de terra que circundavam o terreno.

Atualmente, o Lar dos Velhinhos de Campinas proporciona habitação, cuidados com a saúde e atividades que visam uma melhor qualidade de vida a cerca de cem idosos em condições de vulnerabilidade econômica, social e/ou biológica.



O antigo Asilo de Inválidos, atual Lar dos Velhinhos de Campinas fica na Rua Irmã Maria de Santa Paula Terrier, 300, Vila Proost de Souza, em Campinas.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍 📸 Blog Pró-Memória de Campinas 

🔍 https://diariocampineiro.com.br/lar-dos-velhinhos.../

🔍 Envelhecimento em uma instituição de longa permanência para idosos: experiências do Lar dos Velhinhos de Campinas

✍️ Autora: Vanessa Fernandez

🔍 Jornal Correio Paulistano, edição do dia 8 de Julho de 1930

📸 Centro de Memória da Unicamp 

📸 https://www.facebook.com/lardosvelhinhospage?mibextid=ZbWKwL