domingo, 14 de julho de 2024

🎁 LOJAS DO PASSADO: Camisaria Amin


A Camisaria Amin foi fundada pelo Sr. Salim Amin, na década de 1930. 



🇱🇧 Salim Amin nasceu em Bhamdoun no dia 06 de Janeiro de 1885, no Líbano. Naquele país, ele trabalhou com seu pai em uma construtora da família.



🇧🇷 Em 1902, Salim Amin veio para o Brasil. Trabalhou por pouco tempo em um canavial, na cidade de Catanduva, antes de se mudar para Campinas.


Em Campinas, Salim trabalhou como mascate, um vendedor de rua autônomo, dando início à sua trajetória como grande comerciante. Ele tinha 17 anos e percorria as fazendas vendendo tecidos, roupas e armarinhos. 


No dia 22 de janeiro de 1910, ele casou-se na Arquidiocese de Campinas, com Marianna Gomes, que nasceu no dia 2 de setembro de 1893, em Santa Bárbara D'Oeste. O casal teve três filhos: Emílio Amin (1913-1973), Alberto Amin (1915-2002) e Azis Amin (1920-1992).



Aos poucos, com muito esforço e dedicação, ele conseguiu juntar dinheiro para arrendar a Fazenda São Antônio, na cidade de Louveira.



 

Na década de 1910, Louveira era um bairro chamado Rocinha, distrito de Jundiaí. Salim Amin cultivava café em larga escala na Fazenda São Antônio, que era vizinha à fazenda de Júlio de Mesquita, proprietário do jornal O Estado de São Paulo. Sua fazenda chamava-se Conceição do Barreiro.



A Fazenda São Antônio começou a exportar café antes da crise de 1929. Durante a crise, Salim optou por guardar o café produzido em sua fazenda, em vez de queimá-lo. Até hoje a fazenda é conhecida em Louveira como "A Fazenda do Salim".


Em 1932, Salim Amin vendeu a Fazenda Santo Antônio. Um fato curioso aconteceu. Em decorrência do processo de venda, foi descoberto que o nome verdadeiro de sua esposa era Leonilda e não Marianna. Um advogado de nome Juarez acertou o nome da esposa de Salim e concluiu a venda da fazenda para um médico. 


Após vender a fazenda, Salim comprou a Fábrica Paulista de Roupas Brancas, situada na esquina da Avenida Campos Salles com a Rua Barão de Jaguara, na Praça Visconde de Indaiatuba, conhecida popularmente como Largo do Rosário.



No prédio onde se estabeleceu a Fábrica Paulista de Roupas Brancas, existiu anteriormente a sucursal do jornal Estado de São Paulo, que pertencia ao amigo Júlio de Mesquita. 


Com a aquisição daquela fábrica, o Sr. Salim Amin mudou o nome da propriedade para Camisaria Amin.



Na Camisaria Amin vendia-se de tudo um pouco: armarinhos, sabonetes, perfumes, chapéus da Cury, além é claro de roupas masculinas. Os sabonetes eram os chamarizes, vendidos a preço de custo para atrair os compradores.


O Sr. Salim Amin era uma pessoa elegante e educada, sempre cumprimentava as pessoas com um sorriso. Com muita coragem, honestidade e determinação, Salim trabalhava de sol a sol, e tinha uma inteligência ímpar. 



A família morava no segundo andar da loja, e Amin costumava ajudar os libaneses que chegavam à Campinas, desde a época em que era proprietário da Fazenda Santo Antônio, na qual ele hospedava os imigrantes e dava condições para que começassem suas vidas no novo país.


Ele também foi um hábil homem de negócios, tanto que ajudou no investimentos de muitos empresários, como Miguel Vicente Cury, para o qual Salim contribuiu nos investimentos da Fábrica de Chapéus Cury, durante a Segunda Guerra Mundial. 




Salim foi investidor cotista em grande escala do Banco Cidade de Campinas, que tinha Frederico Borghi no negócio. 



O Sr. Salim Amin foi mascate, fazendeiro, comerciante e banqueiro. Construiu uma linda história de vida. Ele faleceu no dia 17 de outubro de 1941.


Após a morte de Salim, a Camisaria Amin foi administrada por seus três filhos: Alberto, Emílio e Azis Amin. Eles desempenharam as atividades de comerciantes e industriais. 



Alberto e Emílio estudaram em São Paulo, em um colégio sírio. Azis realizou seus primeiros estudos na escola Francisco Glicério. Depois, estudou no Colégio São Luiz. Alberto Amin também estudou no Colégio São Luiz e foi orador da turma. 



No dia 1 de fevereiro de 1976, Marianna Gomes, cujo nome verdadeiro era Leonilda, faleceu aos 82 anos, em Campinas, e foi sepultada no Cemitério de Saudade.


A Camisaria Amin existiu até o final da década de 1950, quando foi comprada pelo sírio Elias Abdala Set El Banate, pai de Abdo Set El Banate.



Na década de 1950, os irmãos Amin foram proprietários da loja de tecidos A Indiana, na Rua José Paulino, 1060, que funcionou até 1967.


Os irmãos Amin também foram proprietários da Fábrica de Meias Amin, na década de 1950, situada na Rua Bueno de Miranda, 429, na Vila Industrial. 


Com o fim destes negócios, cada um dos irmãos seguiu com seus projetos e aptidões.


Emílio continuou a atividade comercial e fundou a Emílio Confecções, em 1970, na Rua José Paulino, com o filho dele Emílio Amin Júnior. O negócio existiu até 1984.


Alberto passou a trabalhar em São Paulo com uma fábrica de blusas chamada Francis. Ele também foi proprietário da Indústria Têxtil Campinas, a Meias Reizinho, na Rua Arnaldo de Carvalho, 636, no bairro Bonfim.



Azis Amin também foi proprietário da Tecidos Colorado, na Rua José de Alencar, a qual esteve em atividade entre 1967 e 1985.




🌷 IN MEMORIAN 


O Dr. José Antônio de Faria Amin nasceu no dia 16 de abril de 1966, em Campinas. Era filho de Azis Amin e da Sra. Áurea Amin, neto de Salim Amin, comerciante, fazendeiro e banqueiro.



Estudou no Colégio Sagrado Coração de Jesus. Formou-se em Arquitetura pela PUC e em Direito, pela Universidade São Francisco, em Bragança Paulista. 


No curso de Direito, teve brilhante professores como Júlio Mariano e Milton Segurato, o qual lhe dedicou sua tese sobre os erros cometidos no julgamento de Jesus Cristo. 


O Dr. José Antônio até o fim de sua vida foi leal e comprometido com sua formação. Quando já estava doente, passando por quimioterapia e internado em um hospital em São Paulo, mesmo remotamente fez questão de participar de uma audiência pela 4° vara criminal de Campinas, e justificou sua decisão:


"Eu fiz um juramento quando me formei, e vou honrá-lo até o último dia de minha vida. Não sei se viverei muito tempo, mas enquanto estiver na Terra, vou honrar meu juramento!"



O Dr. José Antônio da Faria Amin seguiu todo legado deixado pelo avô dele, Salim Amin, pelo pai dele, Azis Amin, e honrou a história da família desde seu nascimento até seu último dia de vida.


Ele faleceu no dia 29 de setembro de 2020, em São Paulo.


A construção onde foi fundada a Camisaria Amin existe até hoje e é um patrimônio histórico da cidade de Campinas.



✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️


#campinas250anos 


Fonte:


🔍📸 INFORMAÇÕES SOBRE A HISTÓRIA DA CAMISARIA AMIN E SOBRE A FAMILIA AMIN


🌹Ana Maria de Faria Amin, filha de Azis Amin

🌹Antônio Carlos Amin, filho de Alberto Amin

🌹José Carlos Amin, filho de Emílio Amin 


🔍 INFORMAÇÕES SOBRE O DR. JOSÉ ANTÔNIO DE FARIA AMIN


🌹Ana Maria de Faria Amin, filha de Azis Amin

🌹José Victor Amin , filho de Dr José Antônio Amin, neto de Áurea Amin, Azis Amin. Bisneto do Salim Amin.


🔍 INFORMAÇÕES COMPLEMENTARES https://campinasnostalgica.wordpress.com/2015/11/


🔍 https://ancestors.familysearch.org/pt/L1SS-DCH/marianna-gomes-1893-1976


🔍📸 https://vespeiro.com/tag/familia-mesquita/


📸 Contadores de 1934 do Colégio São Luiz

Concedida por Lucas Camargo 


📸 http://www.museumusical.com/2016/04/campinas-de-ontem-barao-de-jaguara.html?m=1

domingo, 10 de março de 2024

🎁💝 LOJAS DO PASSADO: Casa Campos


A história de Casa Campos começou no início do século 20, com Benedito Campos que trabalhava como empacotador nas Casas Pernambucanas, em Olímpia, interior de São Paulo. Em meados de 1935, ele chegou ao cargo de gerente da loja. 


Em 1940, Benedito Campos fundou a empresa Benedito Campos e Companhia Ltda, proprietária da loja A Brasileira. Durante 11 anos, de 1940 e 1951, as Lojas A Brasileira cresceram com forte presença em Tanabi e Rio Preto, sempre trazendo primeiramente ao mercado as novidades da época.



Em 1951, a Loja A Brasileira chegou em Campinas, tendo seu primeiro endereço na Rua José Paulino. Em seguida, a loja foi transferida para o número 595 da Rua 13 de Maio, e depois para o número 505.


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Em 1961, Guilherme Campos, filho de Benedito Campos, inaugurou a primeira Casa Campos na Avenida Dr. Campos Sales. Uma loja pequena e modesta, de 500 metros de chão e que se uniu a outro imóvel de Benedito Campos no início da década de 70.



Guilherme Campos formou-se em Direito pela PUC-Campinas e foi incentivado pela família a se tornar Juiz de Direito, mas a vocação para o comércio foi mais forte.  


A presença de duas unidades da Casa Campos de Campinas, uma na Treze de Maio e outra na Avenida Dr. Campos Sales construíram sua forte presença na região central da cidade.


Na época, a Rua 13 de Maio tinha lojas tradicionais como a Casa Lorde, Calçados Eduardo, Casa Ezequiel, Casa Picolotto, Ceccato, Bittar, e tinha ao lado da Casa Campos, a loja Binoca. Tinha também a Casa Tomé, em frente a Casa Campos, assim como a Ultralar. Também havia a Casa Paratodos, as Lojas Americanas, com a lanchonete no meio da loja.


No início de 1967 Guilherme Campos assumiu interinamente a presidência da Associação Comercial de Campinas, foi o começo de um período marcado por importantes realizações da Associação. 



Guilherme era um empresário dinâmico, que desde o início estimulava a participação da ACIC como promotora do comércio local, através de campanhas ligadas a datas como o Dia das Mães e o Natal. Sempre se envolveu pessoalmente, por exemplo, na iluminação festiva da cidade para o final de ano. 


Guilherme Campos presidiu a Associação Comercial de 1966 até 1969, 1970 até 1971, 1974 até 1992, por 22 anos. 


No final da década de 70, com o crescimento muito representativo, a Casa Campos era a maior loja de varejo de Campinas. 


A loja notabilizou-se pela venda de produtos para cama, mesa e banho. Depois foi abrindo outras frentes, trabalhou com brinquedo, presentes, perfumaria e cosméticos, móveis, decoração. Mas o carro chefe, a referência, é cama, mesa e banho.


Em 1976, Guilherme Campos candidatou-se para prefeito de Campinas, mas não se elegeu.


Na década de 80 a loja atingiu seu apogeu. Chegou a ter mais de 300 funcionários e havia lanchonete na loja.


Em agosto de 1991, a Casa Campos inaugurou sua primeira loja no Shopping Iguatemi.


Em 1992, Guilherme Campos encerrou sua presença na presidência da ACIC. Os última os dele à frente da entidade coincidiram com o período de redemocratização do país. À frente da instituição e da Guarda Noturna, Campos prosseguia em suas campanhas de promoção do comércio.


Além de presidente da ACIC, Guilherme Campos foi presidente do Aeroclube, dirigente da Ponte Preta, diretor do Hospital Cândido Ferreira, que é um sanatório em Campinas, e foi finalmente provedor da Santa Casa de Misericórdia. 


No dia 4 de julho de 1992, a tristeza geral em Campinas com a morte de Guilherme Campos, em pleno vigor e dinamismo à frente da Associação e da Guarda Noturna, além dos negócios na Casa Campos e outras atividades. 



Ele foi o presidente de maior longevidade no cargo. Décadas de dedicação ao comércio, à defesa do setor, a Campinas de modo geral. 


Em 2006, a loja Casa Campos fechou sua matriz na Rua Treze de Maio, depois de 45 anos de funcionamento. Isso aconteceu por causa da configuração do mercado.



Atualmente, a Casa Campos é dirigida por Guilherme Campos júnior. É uma loja moderna, que incorporou outros departamentos ao já clássicos cama, mesa e banho. 


A loja também comercializa eletrodomésticos, decoração e utilidades, sempre seguindo aquilo que ficou tradicional na loja, uma política de preços baixos e alta qualidade.



A loja Casa Campos fica na Av. Iguatemi, 777, Jardim Carlos Gomes, em Campinas.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️


Fonte:


🔍📸 https://www.casacampos.com.br/institucional/historia/19


🔍📸 https://www.acicampinas.com.br/noticias:guilherme-campos-e-francis-flosi-sao-homenageados-com-titulo-de-cidadao-campineiro


📸 https://www.facebook.com/casacampos.com.br?mibextid=2JQ9oc


🔍 https://museudapessoa.org/historia-de-vida/cama-mesa-banho-e-pol-tica-/


📸 https://www.facebook.com/share/p/Q2zW7rzM2XCTmKss/?mibextid=2JQ9oc


Arquivo pessoal - Guilherme Campos Júnior

🍿🎞️ EM CARTAZ ESPECIAL: Cine Windsor


O Cine Windsor foi inaugurado solenemente no dia 05 de fevereiro de 1964. Foi exibido na estreia do cinema o filme "As férias do papai" de 1962, com James Stewart e Maureen O'Hara.



A inauguração para o público ocorreu no dia 06 de fevereiro do mesmo ano, e o filme exibido foi "Feira de Ilusões" de 1962, com Pat Boone, Bobby Darin e Ann-Margret.


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A Empresa Campineira de Cinemas Ltda, dirigida pelo Sr. Edgar Santos, era a proprietária do Cine Windsor, que, em janeiro de 1965, passou a ser propriedade do Circuito Andrade, do Sr. José Luís de Andrade.




Em 1978, o Grupo Hawai passou a administrar o cinema.


Segundo consta, a propriedade inicial pertencia a Irmandade de Misericórdia de Campinas. Foi um terreno doado por Carolina Prado Penteado . 


No Cine Windsor acontecia os grandes lançamentos cinematográficos da cidade. Era um concorrido ponto de encontro de Campinas. Era uma época em que as crianças iam à Matinê e depois podiam brincar no Largo do Rosário.

O cinema era imponente e luxuoso. Tinha um saguão que reproduzia o mármore e tapetes vermelhos com desenhos de flor de lis amarelas seu interior. Chegou a ter 1800 poltronas, o que lhe permitiu realizar grandes eventos cinematográficos da época.


Na década de 70, o cinema era menos elitizado e acessível ao público em geral. Muitas pessoas pegavam os ônibus da CCTC e iam ao cinema assistirem os grandes filmes da época.


Ao longo de seu funcionamento um dos filmes que mais a impressionaram, no Cine Windsor, foi 2001, Uma Odisseia no Espaço. Também tiveram destaque outras produções como: E o vento levou, Nasce uma Estrela, Mágico de Oz, Os Embalos de Sábado à Noite, Superman, dentre outros.



No início da década de 1990, grandes sucessos como “Esqueceram de mim I” e “Robocop” atraíram o público. No lançamento do filme, o personagem Robocop esteve presente no local.


Em um passeio promovido pela E.M.P.G "Dr. João Alves dos Santos", eu estive no Cine Windsor, minha primeira vez em um cinema, para assistir ao filme Esqueceram de Mim 1, com Macaulay Culkin.


Um dos últimos cinemas existentes no centro de Campinas, em seu período decadente, o Cine Windsor passou a exibir filmes pornográficos, antes de encerrar de vez as atividades.



Após seu fechamento, a propriedade foi espaços para instalação de igreja evangélica.


Em 2006, o prédio foi lacrado pela Prefeitura e atualmente se encontra desativado.



O Cine Windsor ficava na Rua General Osório, na esquina com a Rua Regente Feijó.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️ 


Fonte:


🔍 http://www.cinemasdesp2.com.br/2015/05/windsor-campinas-sp.html?m=1


🔍 https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Hist%C3%B3ria_dos_cinemas_de_Campinas


📸 Carlos Bassan


📸 https://youtu.be/9tgMPIr-TOY?si=lGvnPirsLSA1kUtr


📸 https://campinassim.blogspot.com/2016/11/anos-dourados-parte-3-restaurante.html?m=1


📸 https://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2010/06/memoria-fotografica-antigo-predio-do.html?m=1


📸 https://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2008/06/ontem-e-hoje-rua-general-osrio.html?m=1


📸 Página Campinas de Outrora

🐂 🏭 CURTUME FIRMINO COSTA

O Curtume Firmino Costa foi criado em 1915 pelo empresário Firmino Costa, que investiu cem conto de réis, na época. Inicialmente, o curtume não tinha este nome e chamava-se Curtume Brasil. 




O Curtume Brasil localizava-se em um terreno na parte mais afastada da cidade, na margem sul do Córrego Piçarrão, na Vila Industrial. Atualmente, seu endereço é na Avenida Dr. Carlos de Campos. Sua localização era bem próxima a de outro curtume, o Curtume Cantúsio. 



No início, os curtume eram responsáveis por todas as etapas da produção, desde a descarnagem da pele do boi, a secagem, o estiramento das peles, o amolecimento nos tanques de tanino e nos tambores, o tingimento e o corte das peças.


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Em 1919, o Curtume Brasil produzia 814 peles miúdas e 1065 couros; em 1920, entregava ao mercado 3.000 peles miúdas e 2.500 couros; 1924, eram 24.000 couros, um recorde para a época. 


Em 1922, possuía 40 operários que trabalhavam em uma barracão de 5.300 metros quadrados. A fábrica produzia solas, vaquetas, bezerrinhos, porcos e pelegos. Neste ano, o curtume teve repercussão positiva no mercado durante a exposição municipal.




Em 1924, o curtume passou por crise em sua situação financeira. Mas, superou a época difícil. Em 1929, também sobreviveu às consequências da quebra da bolsa de Nova Iorque, e posteriormente, as revoluções de 1930 e 1932.


Na década de 1940, o curtume passou por obras e ganhou uma ponte de ligação entre os prédios. Ainda na segunda metade da década de 1940, houve a alteração da razão social do Curtume Brasil para Curtume Firmino Costa, em homenagem ao seu fundador. 



No dia 06 de janeiro de 1954, o faleceu o fundador do curtume, Firmino Costa. O empresário deixou como legado o estímulo ao trabalho e o espírito progressista. Uma personalidade que avançou limites na indústria para significar um culto honroso em Campinas. Como homenagem, seu nome foi eternizado em uma rua de Campinas.


Em 1955, o Curtume Firmino Costa produzia 32.363 couros. Já em 1962, eram produzidos 121.000 couros.



Em 1964 , o presidente do Curtume Firmino Costa era o filho do fundador, Mário Rubens Costa, que também presidente da Associação Latino-americano da Indústria de Curtumes. 


O curtume empregava nesta época 185 operários em uma área de 18 mil metros quadrados. A empresa mantinha seguro de vida em grupo em totalidade para seus funcionários, salas de aulas com instalações completas, construídas para o ensino gratuito aos filhos funcionários, cozinha e restaurante e um clube de futebol. 



O Curtume Firmino Costa foi desativado em 1996, após sofrer com o declinou do setor nos anos anteriores, o que acarretou o fechamento de inúmeros curtumes pelo país.


A área do Curtume Firmino Costa foi adquirida em 2008 pela Camargo Corrêa Desenvolvimento Imobiliário, que inclui dentre suas controladas a HM Engenharia e Construções S.A. 


Havia um projeto dsta construtora em tramitação na Prefeitura, para a implantação de casas, prédios e possivelmente, um shopping no local.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️


🗣️ De Luiz Ataliba Amaral :


"... quando adolescente Alexandre Campanhola, conheci e tinha amizade com seu filho Mario Rubens, o casal, q também tinha uma filha, Maria Regina residiam em uma bela residência à Rua Sebastião de Souza nº 337, em frente a Praça Luiz de Camões, e, na parte de trás, em um terreno q abrange até a Rua Dr. Mascarenhas, existia uma piscina, inédita para a época, demolida, hoje é um estacionamento.


No quarteirão das ruas: Sebastião de Souza, Saldanha Marinho, Dr. Mascarenhas e 11 de Agosto, onde existiam e ainda existem, alguns sobradinhos descaracterizados, é ou foram da família, apenas três imóveis, não lhe pertenciam.


Em 1953, houve um grande acontecimento no Bairro do Botafogo e em Campinas, a residência do casal Rosa e Fermino Costa estava em festa, toda enfeitada com flores, tendas e Valetes para estacionar os veículos de políticos personalidades presentes a recepção do casamento de sua filha !!!"


Fonte:


🔍 https://www.arquiteturacomvillanueva.com/os-cortumes-cantusio-e-firmino-costa-na-vila-industrial/


🔍https://www.calameo.com/read/00409261129318f199ebc


🔍 A TEMPORALIDADE DOS OBJETOS TÉCNICOS: UMA ANÁLISE SOBRE O BAIRRO VILA INDUSTRIAL EM CAMPINAS E SUA

RELAÇÃO COM AS FERROVIAS NO ESTADO DE SÃO PAULO :

Thamires Cristine CORRÊA

Francisco de Assis GONÇALVES JUNIOR


🔍 Revista O Curtume, edição 83 de abril de 1964


📸 https://www.facebook.com/share/rJUtS5aMZ7L12Nc4/?mibextid=oFDknk


📸 https://www.facebook.com/ael.unicamp?mibextid=ZbWKwL


📸 Publicação de Jane Durlin no grupo Eu amo Campinas, no dia 3 de setembro de 2017

sábado, 13 de janeiro de 2024

💝 LOJAS DO PASSADO 🎁: A Meia Elegante


🧦A loja A Meia Elegante foi fundada em 1934 por Celso Nucci. 





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Foi uma das primeiras lojas brasileiras a vender peças finas, e a ter uma clientela formada basicamente por mulheres refinadas.


Nos tempos dourados de Campinas, as senhoras chegavam de motorista particular, apreciavam nas prateleiras as encantadoras mercadorias exclusivas. 


Além de meias, a loja vendia golas, jabôs, laços, bolsas, echarpes, chifons...


Em um período triste da História de Campinas, na calçada da loja, em setembro de 1951, foram colocadas alguns feridos do trágico desabamento do Cine Rink.


Com a morte do empresário Celso Nucci, a família vendeu o negócio. 


Na década de 80 Sérgio Luís Spina, que até então fazia os serviços de contabilidade da casa, adquiriu a loja A Meia Elegante.


Luís Spina manteve no balcão as mesmas funcionárias de antes. O atendimento personalizado, afinal de contas, fez a fama do lugar.


Uma prova do sucesso da Loja A Meia Elegante é que ela existe até hoje na Rua Conceição e tem uma unidade na Rua Bandeirantes, no Cambuí.


A grande estratégia da empresa para sobreviver foi manter nos nichos e cabideiros artigos adorados por consumidores tradicionais, que nunca se rendem a modismos passageiros. 


Por ali se encontram, ainda hoje, mercadorias como anáguas, espartilhos e aquelas impagáveis meias grossas de helanca e elástico na coxa, usadas por senhoras de idade, que simplesmente rejeitam a ideia de usar calças compridas.


Mesmo de saia em dia frio, as senhoras usam a meia grossa que a protege da temperatura baixa. Ainda se ouve por ali no balcão termos como “saiote” e “combinação”. 


Há mulheres que levam para as sensacionais calçolas: trajes íntimos que são confortáveis e ainda tem espaço no vestiário feminino.


Para os homens, há uma prateleira tomada pelas caixinhas de lenços masculinos, pois muitos homens ainda usam lenço de pano. 


Para muita gente, lenço é um acessório elegante, como a gravata e o sapato brilhando. As caixas de madeira com lenços arrumadinhos são presentes refinados, e fazem o maior sucesso em datas especiais.


A Meia Elegante preserva a fachada tombada como patrimônio arquitetônico. Também preserva sua tradição em elegância e comprometimento com seus clientes. O resultado disso é a sua longevidade.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️


Fonte:


🔍 https://correio-rac-com-br.cdn.ampproject.org/v/s/correio.rac.com.br/bau-de-historias-meia-elegante-14-07-15-1.815671?amp=1&amp_gsa=1&amp_js_v=a9&usqp=mq331AQIUAKwASCAAgM%3D#amp_tf=De%20%251%24s&aoh=16937481442966&referrer=https%3A%2F%2Fwww.google.com&ampshare=https%3A%2F%2Fcorreio.rac.com.br%2Fbau-de-historias-meia-elegante-14-07-15-1.815671

🗄️📂 ARQUIVO ESPECIAL: 🌳 Cambuí, o bairro do limoeiro


Na década de 70, o desenhista Maurício de Souza começava a produção de uma famosa turminha, quando, por uma infelicidade familiar, ficou viúvo e com 5 filhos para cuidar. 




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Para ajudar na educação das crianças, ele mudou-se para Campinas e contou com a ajuda de parentes para criar seus filhos.


Maurício de Souza foi morar em uma casa na Rua Engenheiro Carlos Stevenson, 550, bairro Nova Campinas, e foi lá que o desenhista encontrou sua grande inspiração.



Era um cenário simples, com algumas casas, ruas sem movimento onde as crianças podiam brincar, muitas árvores e terrenos baldios (que mais pareciam "campinhos de futebol") e apenas alguns prédios surgiam ao longe. 


Era o cenário perfeito para viver uma pequena turminha denominada "Turma da Mônica" e para que criasse o famoso bairro do Limoeiro, onde se desenvolve as histórias de suas personagens nos quadrinhos.


Suas filhas, Maria Ângela, Mônica e Magali estudavam no Colégio Notre Dame.


O desenhista morou em Campinas por dois anos e transferiu um pouco para as "tirinhas da turma" traços do Cambuí (e algumas vezes do Taquaral). 



Nessa época a família Sousa era unida e a cidade começava a crescer. Foram anos que ficaram marcados na vida de Maurício, mas a viagem diária para São Paulo, pois ele trabalhava como jornalista na Folha, o fez deixar a "Cidade das Andorinhas".


As tirinhas eram impressas na gráfica do Correio Popular, jornal famoso de Campinas. "O jornalzinho da Mônica saía de Campinas para se espalhar por todo o país", afirma Maurício.


📝 Há controvérsias quanto ao local da inspiração, pois a casa ficava no bairro Nova Campinas, que é vizinho do bairro Cambuí. 


Logo, tanto um quanto o outro pode ter sido inspiração para o desenhista. Foi preferido seguir o relato de Maurício de Souza.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️


Fonte:


🔍https://www.blogsemdesperdicio.com.br/2013/04/campinas-inspiracao-para-o-bairro-do.html?m=1


🔍 Paulo Berg - Grupo Memória Paulista - Fotos antigas de São Paulo e suas cidades


🔍https://fb.watch/mQHFZQA7ax/?mibextid=Nif5oz

🐄🚜 FAZENDAS DA HISTÓRIA 🌳🐖: Fazenda Pedra Branca


Localizada na região da estrada velha de Indaiatuba, a Fazenda Pedra Branca foi propriedade de Francisco Pompeo do Amaral, e depois de sua viúva, Gertrudes Egídio Pompeo do Amaral, a quem pertencia em 1900, com produção de 10 mil arrobas de café.




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Em 1902, foi arrematada pela firma Prado, Chaves & Comp.


Em 1914, seu proprietário era Carlos de Morais Bueno, com 200 alqueires de terras e 200 mil pés de café.



Em 1940, pertenceu a Cândido Ferreira de Camargo, que tinha 517 hectares de terras. 


Em 1956, houve o desmembramento das terras, e colonos japoneses e italianos adquiriram parte da fazenda. A produção em regime de monocultura de antes passou a ser mais diversificada, com o cultivo, pelos imigrantes, de diversos gêneros de frutas, como laranja, pêssego, banana, carambola, acerola, figo roxo, goiaba, etc.


Na década de 60, na região da Fazenda Pedra Branca (Itatinga em Tupi-Guarani) foi fundado um bairro, cuja finalidade era isolar as profissionais do sexo da área central de Campinas.



Em 1983 pertencia ao engenheiro Carlos Alberto de Barros Coelho, que teve o zelo de restaurar suas construções tradicionais, mobiliando-as com preciosidades do passado. Seu mobiliário do salão de jantar esteve na Fazenda Cachoeira. Pertenceu ao casal Pompeo do Amaral, assim como a biblioteca especializada, que pertenceu o filho deste casal, o cientista Abelardo Pompeo do Amaral.


Na região da antiga Fazenda Pedra Branca formou-se o bairro rural Pedra Branca, localizado na SP-73, estrada velha de Indaiatuba. 



Hoje a região abriga comunidades de descendentes de italianos, presentes desde o final do século 19, e japoneses, que chegaram ao lugar na década de 50. 



A produção de frutas na região e a presença do turismo rural são importantes atividades econômicas da região.


✍️ Alexandre Campanhola

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️


Fonte:


🔍 http://pro-memoria-de-campinas-sp.blogspot.com/2010/06/curiosidades-fazenda-pedra-branca.html?m=1


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🔍 https://m.facebook.com/groups/2638788002889108/permalink/3053631821404722/?mibextid=Nif5oz


🔍 https://campinas.com.br/turismo/2010/07/delicias-e-caminhos-do-turismo-rural/

domingo, 7 de janeiro de 2024

🏫 ESCOLA DONA CASTORINA CAVALHEIRO

A Escola da Dona Castorina Cavalheiro nasceu devido à importante atuação da professora Castorina Cavalheiro, a partir dos anos de 1900, nos primórdios da educação em Campinas.



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Dedicando-se à alfabetização no Jardim Guanabara, seu trabalho logo se tornou referência.


No dia 22 de janeiro de 1925, através de um decreto, foi criado o Grupo Escolar de Guanabara, situado na Rua Cristóvão Colombo, número 352, residência da professora Castorina Leme Cavalheiro.



Com o aumento do número de alunos, Borghi e Filhos doaram o terreno para a construção do novo prédio, onde a escola está localizada ainda hoje.


Como homenagem à professora Castorina Cavalheiro, por seu histórico de dedicação à profissão, após a sua morte a escola passou a se chamar Grupo Escolar Dona Castorina Cavalheiro, através do decreto número 11.246, do dia 17 de julho de 1940.


Em 27 de janeiro de 1976, a instituição foi designada Escola Estadual de 1° grau Dona Castorina Cavalheiro.



Em 1996, novamente é alterado o nome da escola para Escola Estadual Castorina Cavalheiro, que passa a atender alunos de 1° a 4° série do Ensino Fundamental.



Ao longo de sua existência passaram pela escola pessoas que hoje habitam as memórias mais saudosistas dos ex-alunos, como o senhor Lazinho, a dona Mercedes, a dona Geni, a dona Helbe, o diretor Jorge...



A Escola Estadual Dona Castorina Cavalheiro fica na Rua Prefeito Passos, número 95, na Vila Itapura.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor 🇧🇷❤️



Fonte:


🔍📸 https://promemoriacampinas.wordpress.com/2009/09/03/efemeride-03-de-setembro/


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📸 https://pt.foursquare.com/v/escola-dona-castorina-cavalheiro/4e6620b01850e238d71925ef/photos


📸 https://atom.cmu.unicamp.br/index.php/da-00199-tif