sábado, 31 de agosto de 2013

RUA DOUTOR ANTÔNIO ÁLVARES LOBO, EM CAMPINAS



Continuando o trabalho que foi realizado no ano passado em meu outro blog "Um poeta", farei uma breve biografia sobre os personagens que dão nome às ruas e avenidas do centro de Campinas e, em cada postagem, uma personalidade será homenageada. Agora, destacarei as ruas dos bairros próximos do centro como Cambuí, Botafogo, Vila Itapura e Guanabara, pois certamente você já passou por alguma rua destes bairros indo para o centro, e se questionou ao ver o nome da rua ou avenida: "Quem foi esta pessoa?"





QUEM FOI O DOUTOR ANTÔNIO ÁLVARES LOBO?
 




Antônio Álvares Lobo nasceu em Itu, em 15 de julho de 1860. Era filho de Elias Lobo, o qual perdeu quando ainda era criança. Ajudou na manutenção da família trabalhando como ajudante de pedreiro, enquanto sua mãe trabalhava como costureira e vendedora de doces.
Estudou no Colégio “Culto à Ciência” e fez seus cursos preparatórios para ingressar na faculdade no Seminário Episcopal de São Paulo, custeando seus estudos com as aulas de música que ali ministrava.
Dedicou-se ao estudo da música; seu pai foi compositor, maestro e professor.
Foi autor da primeira ópera com motivo brasileiro, “A Noite de São João”, composta sobre libreto de José de Alencar, e encenada no Teatro São Pedro de Alcântara, no Rio de Janeiro, sob a regência de seu amigo Carlos Gomes.
 



 
Estudou na Faculdade de Direito de São Paulo de 1880 a 1884, tornando-se Bacharel. Estabeleceu o escritório profissional em Campinas com Francisco Glicério. 
Participou tanto da causa republicana, sendo presidente do Centro Republicano da cidade, quanto da causa abolicionista, devido à qual recebeu ultimato para deixar Campinas, sob pena de expulsão, fracassado em virtude da discussão do caso na Assembleia Provincial de São Paulo.

 
 
 
 
Exerceu numerosas funções de intendência, inclusive com o cargo de presidente. Dentre elas, atuou na intendência de higiene, prestando grandes serviços por ocasião da segunda e da terceira epidemia de febre amarela, que assolaram Campinas.
Foi vereador na Câmara Municipal de Campinas por algumas legislaturas (1892 a 1894, 1902 a 1904 e 1911).
Foi fiscal do Governo Federal junto ao Ginásio  de Campinas, de 1901 a 1911.
Chegou a governar Campinas quando foi presidente da Câmara.
Foi deputado estadual por oito legislaturas consecutivas: 1904 a 1906, 1907 a 1909, 1910 a 1912, 1913 a 1915, 1916 a 1918 1919 a 1921, 1922 a 1924 e 1925 a 1927.

Como Deputado à Câmara de São Paulo, tomou parte da comissão de reviu a Constituição Estadual.
Retirou-se da política, após exercer o cargo de Presidente da Câmara entre 1915 a 1927.
Tomou parte da fundação, manutenção e direção de numerosos estabelecimentos de caridade de Campinas. 
Foi Presidente do Instituto Profissional Bento Quirino, provedor da Santa Casa da Misericórdia, da Maternidade de Campinas, da Sub-Seção de Campinas da Ordem dos Advogados do Brasil.
Também foi orador eloquente, jornalista fecundo e proprietário do jornal “A Cidade de Campinas”.
Publicou uma coleção de discurso e conferências.
Lutou pela emancipação e autonomia do município de Americana, distrito de paz de Campinas como Vila Americana.
Ocupa a cadeira de n˚ 40 na Academia Campinense de Letras.



Antônio Álvares Lobo faleceu aos 74 anos  em Campinas, em 17 de abril de 1934, no dia em que comemorava bodas de ouro de seu casamento com Dna. Guilhermina de Freitas Álvares Lobo.
 
 








 
A Rua Doutor Antônio Álvares Lobo tem seu início na Rua Jorge Miranda e prolonga-se pelo bairro Botafogo até a Avenida Barão de Itapura. Nesta rua estão presentes muitos condomínios residenciais e a praça Napoleão Laureano.

 




Fonte:
www.tavolaroadvogados.com/doutrina/cs914.doc

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