A FUNDAÇÃO DA COMPANHIA MOGIANA

IMAGEM: Clemente Falcão de Sousa Filho
A
Companhia Paulista se estendeu por diversas áreas do interior, em trechos como Campinas-Jundiaí, chegando a
Descalvado e pretendendo prolongar-se até Rio Claro. Porém, seus administradores
não aceitaram a imposição de fazendeiros influentes que desejavam que sua
extensão passasse por Morro Pelado. Por critérios políticos, a companhia ficou
impedida de estender suas linhas até Ribeirão Preto, limitando sua prolongação
até Descalvado.



IMAGENS: à esquerda, Antônio de Queiróz Telles (Conde do Parnaíba), à direita, Martinho da Silva Prado.
Com
a concessão garantida, os ricos barões resolvem investir na companhia, visando
os lucros que o empreendimento pode oferecer. No dia 30 de março, o tenente
coronel José Guedes de Sousa reúne em sua residência pessoas de elevado
conceito social com a finalidade de atrair investidores para o empreendimento
da Mogiana. Desta comissão fazem parte: o coronel Joaquim Egydio de Sousa
Aranha, o capitão Joaquim Quirino dos Santos, João Ataliba Nogueira, Delfino Cintra Júnior, Joaquim Ferreira
de Camargo Andrade e Francisco Soares de Abreu. Além destes já citados, também
aplicam seu dinheiro na companhia Antônio Pinheiro de Ulhoa Cintra (Barão de Jaguara), João Quirino dos
Santos, Antônio Manoel Proença, Antônio
Carlos de Moraes Salles, Manuel Carlos Aranha (Barão de Anhumas), entre
outros.

IMAGENS: à esquerda, Joaquim Egydio de Sousa Aranha, à direita, Manuel Carlos Aranha (Barão de Anhumas)

IMAGEM: Engenheiro Joaquim Miguel Ribeiro Lisboa
No
dia 19 de julho de 1873, é firmado o contrato com o Governo provincial, e no
dia 28 de agosto, é iniciada a construção da estrada de ferro. A companhia
começa a encomendar trilhos e acessórios da Europa, e adquire locomotivas, vagões
e carros de passageiros dos EUA. Utilizando-se dos serviços da Companhia
Paulista, a Mogiana monta suas primeiras locomotivas. Também monta uma oficina
apenas para simples reparos.
Scharp Company para realizar a montagem dos carros de passageiros e vagões e um
segundo operário com a incumbência de montar outras locomotivas que a empresa
adquire. Outro estrangeiro também é contratado para exercer um cargo de chefia.
Edward Svinerd é contratado para comandar as oficinas
A construção do primeiro trecho que liga
Campinas à Jaguariúna é concluída em 03 de maio de 1875, numa distância de 34
quilômetros. A locomotiva Jaguari leva 5 carros de passageiros às 11h e 45min
neste dia. Três meses depois, a estrada se estende até a cidade de Mogi-Mirim e
totaliza 41 quilômetros. Dom Pedro II é esperado em Campinas para a inauguração
deste trecho.
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