Francisco
de Campos Barreto nasceu em 28 de março de 1877, no Arraial de Souzas,
município de Campinas. Era filho de Joaquim de Campos Barreto e da Dna.
Gertrudes Ludovina de Moraes.
Manifestando
desde cedo vocação para a vida sacerdotal, em setembro de 1890 foi matriculado
no seminário episcopal de São Paulo.
Em
22 de dezembro de 1900, foi ordenado na Catedral de São Paulo por Antônio
Cândido Alvarenga e começou seu trabalho como vigário da pequena e recente
paróquia de Vila Americana. Seguiu como pároco no Arraial de Souzas e, em 1904,
foi transferido para a Matriz de Santa Cruz, em Campinas.
Em
1908 foi nomeado Monsenhor Camareiro Secreto do Santo Padre, pelo Santo Padre
Pio X, quando era na época um dos maiores animadores da criação da Diocese de
Campinas. Instalado nesta Diocese, foi nomeado por Dom Nery como Cônego
Arcipreste (chefe dos padres de um clero) do cabido diocesano, ocupando o cargo
de procurador de Mitra, além das outras Comissões na administração do bispado,
entre elas a de examinador pós-sinodal, substituto do presidente do Tribunal
Eclesiástico e examinador de novos sacerdotes.
Em
12 de maio de 1911, foi eleito Bispo de Pelotas, no Rio Grande do Sul, pelo
Santo Padre Pio X. Sua ordenação episcopal foi na Catedral de Campinas, em 27
de agosto de 1911, por Dom João Batista Correia Néri, bispo de Campinas, Dom Antônio
Augusto de Assis, bispo de Pouso Alegre e Dom Sebastião Leme da Silveira
Cintra, bispo de Orthosia e coadjutor do Rio de Janeiro. Em 21 de outubro de
1911, Dom Barreto assumiu a Diocese de Pelotas.
Por
ato do Santo Padre Bento XV, em 30 de julho de 1920, foi transferido para a
Diocese de Campinas, da qual tomou posse no mesmo ano, em 14 de novembro.Continuou
a contribuir imensamente com a igreja. Durante sua vigência foi construído o
Palácio Episcopal e o Seminário Diocesano, além da fundação do Instituto das
Missionárias de Jesus Cristo, em 1928, que é uma congregação brasileira que tem
como objetivo “ir em busca dos mais necessitados”, contribuindo com a educação
de distintas comunidades brasileiras.
Em 1926,
foi honorificado com os títulos de Assistente Sólio Pontifício, Prelado
Doméstico e Conde Romano.
Em 1928,
protestou publicamente contra o procedimento do vice-presidente da República,
Fernando de Melo Viana, que civilmente casou-se
em Campinas com uma senhora já casada na igreja.
Já
no ano de 1936, viu comemorado extraordinariamente o seu Jubileu Episcopal.
A
fundação do Instituto das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado foi junto com
a Madre Maria Villac. Nesta Instituição decorreram famosas aparições de Nossa
Senhora das Lágrimas à irmã Amália Aguirre
de Jesus Flagelado, e foi quem aprovou eclesiasticamente as mensagens e
orações revelados à religiosa.
Dom
Barreto morreu em 22 de agosto de 1941, em Campinas. Em 1944, as irmãs de Jesus
Cristo Crucificado, ao chegarem a Teresina, Piauí, prestaram homenagem ao
bispo, fundando o Patronato Dom Barreto, que alguns anos depois, tornou-se o Instituto
Dom Barreto.
A
estátua de Dom Barreto fica na Praça Dom Barreto, na Avenida da Saudade, Bairro
Ponte Preta, Campinas.
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