domingo, 21 de maio de 2017

CURIOSIDADES DE CAMPINAS: Jardim Itatinga



O bairro Jardim Itatinga, situado na região sudoeste de Campinas, é considerado uma das maiores áreas de prostituição da América Latina e o único bairro planejado para a prostituição no país. Localizado em uma área periférica envolvida pelas rodovias Santos Dummont e Bandeirantes, e próximo do Aeroporto Internacional de Viracopos, a região abrigava antes uma antiga fazenda de café chamada Pedra Branca, Itatinga em tupi-guarani.



 
O bairro foi criado em 1966, em plena ditadura militar, com a finalidade de isolar as profissionais do sexo dos moradores das outras áreas de Campinas, sobretudo da região central. A decisão de confinar a prostitução em uma área afastada do município, foi baseada nos conceitos morais e numa divisão entre os papéis de mulheres que não poderiam se misturar, principalmente com o grande crescimento urbano da década 1960, devido à industrialização.


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A partir de 1966, com o apoio da opinião pública, começou a chamada “Operação Limpeza”, quando as prostitutas que trabalhavam de forma independente nas ruas da cidade foram perseguidas e foram feitos acordos para que as casas de prostituição mudassem para o novo terreno.

O surgimento da bairro Jardim Itatinga ampliou a divisão territorial que existe em Campinas nos aspectos socioeconômicos, uma vez que a região norte é onde estão os terrenos mais valorizados, os condomínios e shoppings, e na região sul concentram-se a maioria das ocupações informais, favelas e loteamentos populares.
 
 
 

Na região do bairro Jardim Itatinga vivem mais de nove mil pessoas, e mais de duas mil profissionais do sexo trabalham no bairro, em cerca de 200 casas de prostituição de pequeno, médio e grande porte. Muitas delas abordam os clientes na rua, enquanto outras ficam espalhadas em boates. Nem todas as pessoas que moram no bairro vivem da prostituição, por isso é comum encontrar casas com a sinalização “casa de família”, para informar não haver ligação com o mercado sexual. Há ainda na região do Itatinga postos de saúde, escolas de educação infantil e ONGs que realizam serviço social com a população.

Um problema social que se expressa na existência deste bairro é a questão da discriminação, pois o preconceito é uma realidade presente na vida das pessoas que vivem do mercado sexual, e ele também existe na visão social voltada para o Itatinga. Por uma questão de tabu e moralidade, a sociedade fecha os olhos aos fatores que estimulam este tipo de atividade, agrava o problema da marginaização e da divisão social.



 
Segundo a pesquisadora Diana Helene, com a criação do Jardim Itatinga, o planejamento urbano conseguiu realizar o seu objetivo de sepração, isolamento e confinamento, produzindo um território marginal e estigmatizado.

 

 

 
Fontes:

 



 

 
 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 13 de maio de 2017

UM OUTRO OLHAR PARA RUA 13 DE MAIO: ZILSON MINZON


Um outro olhar para Rua 13 de maio. Foi assim que Zilson Minzon, um amigo do blog, definiu seus registros fotográficos nesta rua de grande movimentação comercial do centro campineiro. Em vez de registrar o intenso trânsito de pessoas, as inúmeras lojas, o cotidiano agitado, ele preferiu olhar para as belíssimas sacadas das construções presentes nesta rua, e descobriu muita beleza e história.
A data de hoje é 13 de maio de 2017, dia em que foi assinada a Lei Áurea, que libertou os escravos no Brasil, e que, em homenagem, nomeia esta importante rua do centro campineiro.
Parabéns, Zilson, pelo ótimo trabalho!



Autoria fotográfica: Zilson Minzon






Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon






Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon






Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon





Autoria fotográfica: Zilson Minzon




ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 6 de maio de 2017

RUA IRMÃ SERAFINA: Quem foi a Irmã Serafina?



Maria dos Serafins Favre nasceu em Sabóia, na França, no dia 09 de outubro de 1844. Chegou ao Brasil em 1876, para atuar no Hospital da Santa Casa da Misericórdia.

 
 
 
 

Em março de 1879, a Irmandade de Misericórdia fundou o Asilo dos Orfãos, anexo à Santa Casa. Cinco anos depois, quando o estabelecimento já possuía 200 matrículas de crianças, sua direção ficou na responsabilidade da Irmã Serafina, e pelas irmãs Maria Micaela e Luiza Helena, todas da Ordem Religiosa de São José (da Congregação de Chambéry, na França). As irmãs também ministravam aulas de ensino do grau primário.

 

 

A Irmã Serafina teve uma atuação para sempre digna de todos os reconhecimentos, por conta de sua dedicação e assistência aos doentes atingidos pelo surto de febre amarela, no final do século XIX. Essa doença dizimou um terço da população campineira. Os doentes eram socorridos no pavilhão de isolamento da Santa Casa e em um hospital ambulante, criado por iniciativa das irmãs diante da urgência e do alastramento da doença.





A irmã Serafina faleceu em abril de 1889, aos 44 anos, depois de ter sido contaminada pela doença. Seu atestado de morte foi assinado pelo médico Ângelo Simões. A inscrição gravada em sua lápide traduz a fatalidade que lhe ocorreu, por causa do empenho no exercício de seu ofício: “Vítima de sua dedicação”.


 

A Rua Irmã Serafina tem seu início na Rua Uruguaiana e se prolonga até a Rua General Osório. Já foi denominada Rua do Brejo ou Rua da Bica Grande, pela existência de uma bica de água na esquina com a atual Rua General Osório.




Era conhecida como Rua 7 de Setembro até 1889, quando recebeu a designação atual após a aprovação da proposta ofertada pelos vereadores Dr. Ricardo Gumbleton Daunt, Otto Langaard  e José França Camargo. Como razão para propor esta denominação, foi justificado o desejo de render um tributo às “virtudes dos chamados mártires da caridade e abnegação que, no desenrolar da horrível peste, dizimou a população desta cidade, caíram vítimas de sua devoção e salvação de seus conterrâneos”.

 
 

Em 1934, a Rua Irmã Serafina foi desdobrada em duas partes por determinação do Prefeito Municipal, o engenheiro Perseu Leite de Barros. Assim, o trecho compreendido a partir da Rua General Osório até a Avenida Orosimbo Maia passou a denominar-se Anchieta. O trecho entre a Rua Uruguaiana até a General Osório permaneceu com a denominação de Irmã Serafina. Já na administração de Rui Novais a rua transformou-se em avenida com a separação das palmeiras centrais do jardim Carlos Gomes mantendo esta configuração até os dias atuais.




 


Alguns pontos conhecidos e importantes da cidade de Campinas situam-se na Rua Irmã Serafina. A Praça Carlos Gomes é um dos marcos históricos dessa rua. O maestro Antônio Carlos Gomes chegou a morar lá, quando era criança. Em 1883, a praça começou a ser enfeitada com palmeiras imperiais, sob orientação de Ramos de Azevedo. O coreto só foi construído em 1941.





Também está presente na Rua Irmã Serafina o Clube Semanal de Cultura Artística, fundado em 1857. Bento Quirino dos Santos foi um de seus fundadores e sua primeira sede foi na Rua Regente Feijó com a Barreto Leme. A soprano campineira Maria Monteiro e o maestro Carlos Gomes se apresentaram neste clube, dentre outros grandes nomes.

 
 

Na Rua Irmã Serafina está presente o Edifício Itatiaia, único projeto de Oscar Niemeyer em Campinas, cuja construção foi iniciada em 1953. Está rua também foi endereço do Campinas Palace Hotel.









O Centro Espírita Alan Kardec é outra construção conhecida desta rua.

 











Fontes:

 




 
ALEXANDRE CAMPANHOLA
 

segunda-feira, 1 de maio de 2017

RETRATOS DE CAMPINAS - Abril de 2017




RUA MARECHAL DEODORO





RUA PROFESSOR LUIZ ROSA





AVENIDA OROSIMBO MAIA





RUA BARÃO GERALDO DE RESENDE







ALEXANDRE CAMPANHOLA