domingo, 29 de junho de 2014

RETRATOS DE CAMPINAS: Junho de 2014






AVENIDA THOMAZ ALVES






RUA BARÃO GERALDO DE RESENDE





RUA BARÃO DO PARNAÍBA




RUA ONZE DE AGOSTO
 
 
 

 ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 22 de junho de 2014

FORA DOS TRILHOS - Crônica de Campinas








Nos trilhos da Mogiana vagava quem na vida saiu dos trilhos. Ainda alucinado pelo pozinho branco que mãos espertas no Terminal Central distribuíam, ele só queria seguir em frente, sob o peso do sol campineiro. Cada passo seu era um passo atrás e a juventude era mais decadente que as construções da velha Mogiana, onde os vagões adormeceram. Em suas ilusões, o apito das locomotivas parecia chamar-lhe a atenção que estava no caminho errado, e que poderia ser atropelado pelo destino. O apito da consciência. Mais à noite, fora dos trilhos, o desejo de aspirar outra vez suas ilusões o poria a mendigar na Glicério.



Crônicas de Campinas

Alexandre Campanhola


 

domingo, 15 de junho de 2014

AVENIDA CORONEL SILVA TELLES, EM CAMPINAS


 
QUEM FOI O CORONEL SILVA TELLES?




Antônio Carlos da Silva Telles nasceu em 21 de setembro de 1854. Depois de dedicar-se à lavoura, ingressou na política e foi um dos participantes da famosa Convenção de Itu.

A Convenção de Itu foi a primeira convenção republicana do Brasil. Realizada em 1873, nela foi aprovada a criação de uma comissão de republicanos para gerenciar os negócios do partido.

O coronel Silva Telles foi um abolicionista convicto e membro do importante grupo republicano que existiu em Campinas, que incluía figuras como Francisco Glicério, Campos Salles e Bernardino de Campos.

Passando a residir em Santos, o coronel Silva Telles tornou-se comissário de café e chefe político. Quando esteve na presidência da Associação Comercial de Santos, coube-lhe receber Rui Barbosa, ministro da fazenda, em 11 de fevereiro de 1890, que viera inspecionar os serviços de carga e descarga e de armazenamento de mercadorias.

Em 1889, quando desempenhava o mandato de vereador em Santos, na ocasião da proclamação da república, foi-lhe confiada a administração do município santista por uma junta governativa, da qual ele também fez parte.

Presidiu o Conselho Administrativo da Caixa Econômica do Estado e viu-se eleito senador estadual pelo Partido Republicano Paulista.

Foi um dos fundadores da Usina Ester, uma das mais antigas usinas de açúcar do Estado de São Paulo, situada na cidade de Cosmópolis.

Foi proprietário da Fazenda Chapadão, em Campinas.

O Coronel Silva Teles faleceu em São Paulo, no dia 24 de janeiro de 1925.

 


A Avenida Coronel Silva Telles começa na Avenida Júlio de Mesquita e termina na Avenida José de Sousa Campos, possuindo mais de um quilômetro de extensão. Nela situa-se desde 1965 o Colégio Madre Cecília que na época de sua fundação chamava-se Lar Escola Nossa Senhora do Calvário e tinha o objetivo de atender crianças do sexo feminino com idade entre quatro e quinze anos em situação de vulnerabilidade social. As meninas eram mantidas em regime de internato e recebiam assistência em relação a roupas, saúde, educação e formação cristã.





 
 
 
 
 



A Avenida Coronel Silva Teles já teve a denominação de Avenida Germânia, por causa dos irmãos Bierrenbach que tinham origem germânica.

 
 
 
 

Fontes:




 

domingo, 8 de junho de 2014

CURIOSIDADES DE CAMPINAS: A escola Corrêa de Mello




Joaquim Corrêa de Mello foi um botânico e farmacêutico de grande renome que teve como grande feito auxiliar com seus conhecimentos em botânica e química, Hércules Florence, na descoberta da fotografia, isto em meados do século XIX.





 
 
 

Após sua morte, ocorrida em 1877, fazendeiros e intelectuais de Campinas reuniram-se e pensaram em fazer uma homenagem ao respeitado farmacêutico. Decidiram pela construção de uma escola levando o seu nome.

 
 
 
 

Em 18 de abril de 1881 no antigo Largo Jurumbeval, hoje no local onde se situa a praça Corrêa de Mello, próximo ao Mercado Municipal “Mercadão, foi fundada a Escola Corrêa de Mello. Seus estatutos foram aprovados pelo governo provincial em 11 de fevereiro de 1881.No primeiro artigo desses estatutos estava escrito claramente que ela era criada para promover a instrução popular. Para isso, a Sociedade Corrêa de Mello colocou como objetivo fornecer cursos públicos gratuitos de nível primário para meninos e meninas pobres.






Os estatutos da sociedade mantenedora regulavam todo o funcionamento da escola, desde a contratação de professores, o início e o término das aulas, assim como a organização dos programas e a realização das provas. Para os exames finais, realizados publicamente, uma comissão era montada, com convites a membros do poder público e a professores de outras escolas. O resultado era deliberado por votação secreta e os alunos recebiam premiações de acordo com o seu desempenho.


Por volta de 1962, a escola foi demolida.

 

 


Fonte:


domingo, 1 de junho de 2014

A ESTÁTUA DE DOM BARRETO





Francisco de Campos Barreto nasceu em 28 de março de 1877, no Arraial de Souzas, município de Campinas. Era filho de Joaquim de Campos Barreto e da Dna. Gertrudes Ludovina de Moraes.

Manifestando desde cedo vocação para a vida sacerdotal, em setembro de 1890 foi matriculado no seminário episcopal de São Paulo.

Em 22 de dezembro de 1900, foi ordenado na Catedral de São Paulo por Antônio Cândido Alvarenga e começou seu trabalho como vigário da pequena e recente paróquia de Vila Americana. Seguiu como pároco no Arraial de Souzas e, em 1904, foi transferido para a Matriz de Santa Cruz, em Campinas.

Em 1908 foi nomeado Monsenhor Camareiro Secreto do Santo Padre, pelo Santo Padre Pio X, quando era na época um dos maiores animadores da criação da Diocese de Campinas. Instalado nesta Diocese, foi nomeado por Dom Nery como Cônego Arcipreste (chefe dos padres de um clero) do cabido diocesano, ocupando o cargo de procurador de Mitra, além das outras Comissões na administração do bispado, entre elas a de examinador pós-sinodal, substituto do presidente do Tribunal Eclesiástico e examinador de novos sacerdotes.
 
 
 
 
 
 
 
Em 12 de maio de 1911, foi eleito Bispo de Pelotas, no Rio Grande do Sul, pelo Santo Padre Pio X. Sua ordenação episcopal foi na Catedral de Campinas, em 27 de agosto de 1911, por Dom João Batista Correia Néri, bispo de Campinas, Dom Antônio Augusto de Assis, bispo de Pouso Alegre e Dom Sebastião Leme da Silveira Cintra, bispo de Orthosia e coadjutor do Rio de Janeiro. Em 21 de outubro de 1911, Dom Barreto assumiu a Diocese de Pelotas.

Por ato do Santo Padre Bento XV, em 30 de julho de 1920, foi transferido para a Diocese de Campinas, da qual tomou posse no mesmo ano, em 14 de novembro.Continuou a contribuir imensamente com a igreja. Durante sua vigência foi construído o Palácio Episcopal e o Seminário Diocesano, além da fundação do Instituto das Missionárias de Jesus Cristo, em 1928, que é uma congregação brasileira que tem como objetivo “ir em busca dos mais necessitados”, contribuindo com a educação de distintas comunidades brasileiras.

Em 1926, foi honorificado com os títulos de Assistente Sólio Pontifício, Prelado Doméstico e Conde Romano.

Em 1928, protestou publicamente contra o procedimento do vice-presidente da República, Fernando de Melo Viana, que civilmente casou-se  em Campinas com uma senhora já casada na igreja.
 
Já no ano de 1936, viu comemorado extraordinariamente o seu Jubileu Episcopal.






A fundação do Instituto das Irmãs Missionárias de Jesus Crucificado foi junto com a Madre Maria Villac. Nesta Instituição decorreram famosas aparições de Nossa Senhora das Lágrimas à irmã Amália Aguirre  de Jesus Flagelado, e foi quem aprovou eclesiasticamente as mensagens e orações revelados à religiosa.

Dom Barreto morreu em 22 de agosto de 1941, em Campinas. Em 1944, as irmãs de Jesus Cristo Crucificado, ao chegarem a Teresina, Piauí, prestaram homenagem ao bispo, fundando o Patronato Dom Barreto, que alguns anos depois, tornou-se o Instituto Dom Barreto.

 


 
 

A estátua de Dom Barreto fica na Praça Dom Barreto, na Avenida da Saudade, Bairro Ponte Preta, Campinas.

 

 

Fonte: