sábado, 11 de abril de 2020

CURIOSIDADES DE CAMPINAS: A fábrica da Pastifício Selmi


A história da fábrica Pastifício Selmi começou em 1887, quando o imigrante italiano Adolpho Selmi desembarcou no porto de Santos-SP, e fundou uma pequena fábrica de macarrão em Campinas, a fim de difundir a tradição gastronômica de seu país. Essa primeira fábrica chamava-se Fábrica de Massas Adolpho Selmi. No início a produção era pequena, comercializada pelas ruas da cidade e os clientes eram os conterrâneos de Adolpho.

 
 
 
No final do século XIX, Adolpho Selmi associou-se com Hugo Gallo, e deu sequência ao seu empreedimento. O sobrenome do sócio, Gallo, tornar-se-ia uma marca reconhecida nacionalmente.




Na fábrica de Selmi e Gallo, o preparo das massas era feito na prensa manual. Posteriormente, elas passaram a ser produzidas por marombas e também por tração animal. Anos depois, a produção começou a ser feita por meio de uma grande caldeira que alimentava um locomóvel, uma máquina a vapor usada para movimentar cargas pesadas.

 
 

Em 1911, chegou a Campinas as instalações elétricas, facilitando o desenvolvimento das indústrias da região. A Selmi pôde com essa novidade importar da Itália as massadeiras elétricas, tornando seu processo mais produtivo.

 
 
 
Dez anos mais tarde, Adolpho Selmi, em 1921, adotou definitivamente Campinas como seu novo lar, e encerrou seus negócios na Itália. Ele reassumiu definitivamente a direção de sua fábrica, ao lado de seus filhos mais velhos e do seu primogênito, comendador Aladino, que conduziu o pastifício nos períodos de ausência do pai.



 
Nessa época, o macarrão Galo já era muito prestigiado e o preferido dos imigrantes italianos que chegavam continuamente no Brasil.

 
 
 
Aladino Selmi profissionalizou-se em contabilidade em uma época em que as condições favoreciam o crescimento do empreendimento da família.

Em 1931, a fábrica mudou-se para a Rua Francisco Teodoro, na Vila Indústria. Três anos depois, o primeiro macarrão de sêmola foi lançado por Selmi.
 
Os anos passaram, Aladino já estava a frente da empresa  e contou, mais tarde, com a colaboração de seus filhos Renato, Luciana  e Regina para administrar o negócio.

Em 1939, novas máquinas foram importadas da Itália para aprimorar a produção que se expandia, e a Selmi alcançava e se consolidava no mercado regional. Aladino Selmi fortalecia-se economicamente, e ao adquirir a parte do pai e dos irmãos no negócio, tornou-se proprietário da empresa em sociedade com seu filho Renato Selmi, que aos 18 anos já conhecia todo o processo de fabricação, devido ao antigo cargo de auxiliar de produção.

 
 
 
Pastifício Selmi S/A. Esta foi a nova razão social que a empresa fundada por Adolpho Selmi adquiriu em 1956. Com seu filho Aladino no comando, houve naquela década investimentos em uma nova planta, projetada para abrigar a produção, a administração e um moinho.

 
 

Já em 1962, Aladino Selmi fundou o Banco Cidade de Campinas e, através da venda de ações, comprou um moinho para beneficiar os grãos de trigo. Neste ano, como resultado dos investimentos, da maior agilidade e qualidade da produção dos anos anteriores, a empresa inaugurou sua nova sede na Avenida Mirandópolis,Vila Pompéia, e com a aquisição do moinho, produzia toda a farinha necessária para a obtenção das massas.

 
 

Ainda na década de 60, o Pastifício Selmi S/A inaugurou uma nova unidade fabril em Londrina- PR, visando ao mercado da região sul. A unidade era especializada na fabricação de massas como espaguete, ninho, pena e outros cortes.

Na década de 70, Renato Selmi escolheu o nome de sua filha para nomear a farinha de trigo lançada pela Selmi. Surgiu assim a marca Renata.

 
 
 
Um pouco antes, a empresa foi considerada pelo então Ministro da Indústria e Comércio Ulysses Guimarães como uma empresa de primeira linha no país.

Já na Itália, na cidade de Pistoia, na Toscana, o Pastifício Selmi recebeu medalha de ouro e diploma de honra ao mérito em uma exposição internacional.

Na década de 80, a empresa continuou sua expansão e já atuava em mercados como de São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, além do sul e do interior de São Paulo. Ainda nesta década, o Pastifício Selmi foi premiado internacionalmente pela excelência de seus produtos. O prêmio recebido foi o XXII Prêmio Internacional de Alimentos e Bebidas, em Dusseldorf, na Alemanha.




Nos anos 90, O Pastifício Selmi tornou-se pioneiro na fabricação de macarrão de grano duro no país. O Grupo Selmi fazia ainda grandes investimentos nas unidades de Campinas e Londrina, para enfrentar um mercado cada vez mais competitivo, e no final da década, a empresa após torna-se a primeira lugar em vendas de massas no Brasil, inaugurou o complexo fabril de Sumaré, que nove anos depois abrigou a nova fábrica de biscoitos. Nesta unidade teve início a fabricação do bolo pronto Renata e do bolinho em porção individual.

 
 

No ano 2000, o Grupo Selmi passou a funcionar integralmente em Sumaré e segue até hoje com sua história de sucesso e dedicação aos seus objetivos.
 
 
 
 
Atualmente, no endereço onde situava a fábrica da Pastifício Selmi em Campinas, encontra-se uma unidade do Paguemenos, na Vila Pompéia.

 
 

Fonte:




ALEXANDRE CAMPANHOLA

sexta-feira, 10 de abril de 2020

CAMPINAS SENTE SAUDADE: Discoteca Fábrica de Areia



No dia 18 de junho de 1984, na Vila industrial em Campinas, foi inaugurada a primeira grande casa noturna da cidade voltada para o estilo rock´n ´roll. Com a presença de mais de 10 mil pessoas, a Fábrica de Areia surgiu para tornar-se o reduto histórico do rock.
 
 

 
A danceteria era uma mega estrutura composta por uma pista de dança ampla, onde eram apresentados sucessos do rock nacional, hard rock, heavy metal, new wave e até funk/disco.

Também era composta de arquibancadas tubulares ao lado da pista, de um cabeleleiro que fazia cortes new wave numa plataforma suspensa em uma estrutura tubular a quatro metros de altura, cartomantes que liam as mãos, projeções de filme em telão, espaço separados por sacos de areia onde era o restaurante, fliperamas, palco para shows onde tocaram as melhores bandas e cantores do rock nacional no começo da carreira, e ainda espaço para com uma lanchonete ao ar livre em volta da gigantesca chaminé da antiga fábrica.

 
 

A Fábrica de Areia logo tornou-se uma gande novidade na Campinas dos anos 80 e passou a ser frequentada pela juventude daquela época, que lá viu passar inúmeros artistas
 
 
 

Artistas e bandas como Marina Lima e Ultaje à Rigor estiveram no palco da Fábrica de Areia, que também prestigiava bandas de Campinas e região em início de carreira.

 




A Fábrica de Areia ficava em uma parte da área onde existiu a histórica Indústria de Seda Nacional.
 
 
 
 
Anos mais tarde, após sua extinção. O grupo RAC passou a realizar suas atividades na saudosa casa noturna dos anos 80.
 

Fonte:

https://campinas.agendacidade.com/prime-hall/reveillon-da-fabrica-de-areia/
 
http://musicaprumundo.blogspot.com/2016/05/mpm-rock-scene-campinas_11.html


Grupo do Facebook: Campinas Antiga: https://web.facebook.com/groups/CAMPINAS.ANTIGA/

 
 

 ALEXANDRE CAMPANHOLA