sábado, 30 de julho de 2016

RUA DUQUE DE CAXIAS: Quem foi o Duque de Caxias?


Luís Alves de Lima e Silva nasceu em 25 de agosto de 1803, no município de Porto da Estrela, que hoje tem o nome de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Era filho do Tenente Francisco de Lima e Silva e Cândida de Oliveira Belo.

Aos cinco anos de idade, no dia 22 de novembro de 1808, Luís Alves de Lima e Silva foi admitido como praça no Regimento de Infantaria de Linha , seguindo uma tradição familiar de várias gerações. Aos quinze anos, matriculou-se na Real Academia Militar, de onde saiu como tenente para ingressar em uma unidade de elite do Exército do Rei.



 
Luís Alves de Lima e Silva tornou-se notável no período imperial por combater algumas revoltas que ocorreram no território brasileiro, após a proclamação da independência, em 10 de novembro de 1822. Foi reconhecido como um chefe militar de admirável bravura, dotes estrategistas e virtudes de pacificador.

A primeira campanha que ele participou foi na pacificação dos revoltosos na Bahia, no movimento contra a independência sob o comando do general Madeira de Melo.

Com a vitória contra aquele movimento que foi denominado Batalhão, foi promovido capitão e recebeu a Imperial Ordem do Cruzeiro das mãos de Dom Pedro I. Também recebeu, no sul do país, as insígnias de major e as comendas da Ordem de São Bento de Avis e Hábito da Rosa, quando naquela sorte foi chamado para manter a unidade nacional na Campanha  da Cisplatina.

Após a abdicação do imperador Dom Pedro I, em 1831, permaneceu ao seu lado e teve participação importante no Batalhão Sagrado, para manter a ordem no Rio de Janeiro.  Organizou a Guarda Nacional que depois se transformou em Guarda Municipal Permanente.



Em 1833, casou-se com Ana Luiza de Loreto Carneiro Vianna, na época com dezesseis anos de idade. Com ela teve duas filhas, Luiza de Loreto e Ana de Loreto, e um filho, Luís Alves Jr.

Foi por sua participação importante para combater os revoltosos do Movimento da Balaiada, no Maranhão, que o tenente-coronel Luís Alves de Lima recebeu o título de nobreza de o Barão de Caxias, pois foi a cidade maranhense de Caxias palco de batalhas decisivas para a vitórias das forças imperiais. Este título foi outorgado no ano de 1841, e neste mesmo ano Caxias foi eleito deputado à Assembleia Legislativa pela Província do Maranhão.





Em 1842, Caxias comandou a repressão às revoluções liberais ocorridas em São Paulo e Minas Gerais, e foi nomeado Comandante-Chefe do Exército em operações, Comandante das Armas da Corte, cargo que já havia sido ocupado por seu pai, e Presidente da Província do Rio Grande do Sul. Esta nomeação foi uma medida tomada pelo Imperador Dom Pedro II que temia pelo fortalecimento da Revolta Farroupilha, no sul do império. No dia primeiro de março de 1845, foi assinada a paz de Ponche Verde, que deu fim à Guerra dos Farrapos. Em abril daquele ano,Caxias foi promovido Marechal de campo.

Ainda no Rio Grande do Sul, tornou-se senador do império, em 1847, e foi nomeado Comandante e Chefe das forças no sul, em 1852, por causa das tensões na fronteira do estado. Desempenhou com êxito uma campanha contra os ditadores Rosas, da Argentina, e Oribe, do Uruguai. Neste mesmo ano, tornou-se Marquês de Caxias.


Voltou a ocupar posições políticas após um tempo em que cuidou da saúde, sobretudo de uma moléstia hepática que o acometeu. Tornou-se Ministro da Guerra, Chefe do Gabinete Conservador e já com os liberais no poder, Conselheiro de Guerra.





Em 1866, enfrentou, talvez, seu maior desafio. Foi convidado para assumir a função de treinar e reorganizar as tropas que atuavam na Guerra do Paraguai. Caxias já havia exercido a função de conselheiro no começo da guerra, e tinha que reverter uma situação de crise vivida pela Força Nacional envolvida no combate. Ele instituiu o avanço de flancos gerais, o contorno de trincheiras e o uso de balões cativos para espionagem.


Sucedeu-se uma série de batalhas vitoriosas e depois da célebre Batalha de Itororó seguiu-se a campanha final, a Dezembrada. Foi sua última vitória. Quando retornou ao Rio de Janeiro, Caxias recebeu o título de Duque, aos 66 anos de idade, tornando-se o único brasileiro a merecer esta honraria.

Ainda continuou a atuar ativamente na política do império, como Conselheiro do Estado, Presidente do Conselho e Ministro de Guerra. Retirou-se do cenário político por motivos de saúde.

O Duque de Caxias teve dentre os inúmeros reconhecimentos e homenagens no território nacional ao longo do tempo, o título de Patrono do Exército Brasileiro, em 1962.

Luís Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, morreu onde viveu os últimos anos de sua vida, na Fazenda Santa Mônica, em 7 de maio de 1880.

 
 

A Rua Duque de Caxias foi chamada anteriormente de Rua do Tanque. Ela tem início na Avenida Prefeito José Nicolau Ludgero Maseli e estende-se até a Rua Coronel Quirino, no Cambuí. Ao longo de seu trajeto, encontra-se alguns lugares conhecidos e históricos de Campinas, como a Largo do Pará e a Obra Social São João Bosco. Seu nome homenageia o grande patrono do Exército brasileiro.  



 




Fontes:



 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 10 de julho de 2016

PARA SEMPRE CARLOS GOMES


É incontestável a importância do maestro Carlos Gomes para Campinas. Foi ele quem projetou o nome desta ilustre cidade brasileira para o mundo, através de seu talento e suas admiradas obras, como O Guarani. A cidade campineira tem muito orgulho de ser a terra natal deste grande homem, que tem seu nome reconhecido e respeitado em todo o país, e em diversas partes do mundo. Por isso, basta andar pelas ruas do centro campineiro para encontrar algum lugar que foi batizado com seu nome ou foi inscrita alguma informação que remete ao grande homem campineiro. Nesta publicação, foram escolhidos alguns lugares que homenageiam Carlos Gomes.



Praça "Ópera A Noite no Castelo", situada nas proximidades no Mercado Municipal. Homenageia a primeira ópera de Carlos Gomes





Neste local nasceu Carlos Gomes, em uma casa que não existe mais.
Situa-se na Rua Regente Feijó, 1261. Atualmente existe um hotel nesta localidade.






Museu Carlos Gomes no Centro de Ciências, Letras e Artes de Campinas - CCLA
Rua Bernardino Campos, 989





Largo do Pará - Está praça recebe esta denominação porque Carlos Gomes viveu e faleceu no estado do Pará, na cidade de Belém.





Monumento túmulo à Carlos Gomes - situa-se na Praça Antônio Pompeo





Praça Carlos Gomes - envolvida pelas ruas Irmã Serafina, Conceição, Boaventura do Amaral e General Osório





Escola Estadual Carlos Gomes - Avenida Anchieta, 80




Estes são apenas alguns lugares cujos nomes ou referências homenageiam o grande maestro Campineiro. Se você quiser comentar e citar outro lugar que conheça, fico muito agradecido pela participação.



ALEXANDRE CAMPANHOLA



* Algumas imagens foram retiradas da Internet

ESTAÇÃO BOA VISTA VELHA - Um pouco de história




A estação Boa Vista Velha foi inaugurada em 1875, na região antes denominada Fazenda Boa Vista, em Campinas.  A empresa responsável por sua construção foi a Companhia Paulista de Estradas de Ferro.

 
 
 
 
 
Naquela época, o transporte ferroviário era o principal meio de escoamento do principal produto de comercialização das cidades do interior paulista, o café. Surgiram assim, importantes empresas responsáveis pela implantação e manutenção das vias ferroviárias, como a própria Companhia Paulista de Estradas de Ferro e a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.

 



Na década de 70 do século XX, na região da Fazenda Boa Vista, onde se situa a Estação Boa Vista Velha, foi inaugurada a empresa da General Electric, que inicialmente se especializou na fabricação de locomotivas. Com a chegada da multinacional, tornou-se mais intensa a movimentação de veículos e pessoas nessa região, onde predominou por muito tempo a atividade agrícola.

 
 
 
 

Em 1972, sob a administração da FEPASA, a Estação Boa vista passou a ser ponto de partida para a variante Boa Vista - Guedes, que passava pela refinaria de Paulínia. Alguns anos depois, das linhas da Boa Vista passou a sair uma linha que uniria essa estação a Mairinque, na antiga Sorocabana.

 



Com o passar dos anos, a atividade ferroviária entrou em declínio no país, e isto fez com que diminuíssem bruscamente as movimentações que aconteciam na Estação Boa Vista Velha.

 

 

Em 1996, mesmo em mau estado de conservação, a estação mantinha funcionários que cuidavam das manobras dos trens da FEPASA, que faziam suas manobras para ir para Mairinque, Rio Claro e Paulínia.


 



Em 2000, a estação já estava abandonada e depredada. As suas operações passaram todas para a estação de Boa Vista-Nova, na variante Boa Vista-Guedes.

 









Em 2011, a estação estava pintada de marrom na lateral e totalmente depredada por dentro, tendo desaparecidos os pisos de madeira. O Andar debaixo, acessível pelo outro lado da estação, estava aparente.

 

 

Em 2016, a velha estação continua em seu estado de abandono. Suas paredes encontram-se pichadas e danificadas. As telhas estão quase destruídas por completo, expondo o interior da construção às ações do tempo. Em seu interior, as paredes também estão pichadas e afetadas por depredações. O piso foi totalmente destruído e há muito entulho da própria construção. 







Há casas derredor que foram construídas na época das atividades da estação, porém a região encontra-se em estado de inatividade, pois circulam poucos trens atualmente. Com a ocupação de algumas terras e o surgimento de novos bairros, como Chico Amaral e Shalon, junto ao surgimento de algumas empresas, hoje se percebe uma frequente movimentação de pessoas e veículos, salvo aquelas que passaram a existir em virtude da presença da multinacional General Electric naquela região.

 



 

 

Fontes:

 
 
 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

 

sábado, 2 de julho de 2016

RETRATOS DE CAMPINAS: Junho de 2016

 
RUA LUZITANA
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ALEXANDRE CAMPANHOLA