Luís
Alves de Lima e Silva nasceu em 25 de agosto de 1803, no município de Porto da
Estrela, que hoje tem o nome de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. Era filho
do Tenente Francisco de Lima e Silva e Cândida de Oliveira Belo.
Aos
cinco anos de idade, no dia 22 de novembro de 1808, Luís Alves de Lima e Silva
foi admitido como praça no Regimento de Infantaria de Linha , seguindo uma
tradição familiar de várias gerações. Aos quinze anos, matriculou-se na Real
Academia Militar, de onde saiu como tenente para ingressar em uma unidade de
elite do Exército do Rei.
Luís
Alves de Lima e Silva tornou-se notável no período imperial por combater
algumas revoltas que ocorreram no território brasileiro, após a proclamação da
independência, em 10 de novembro de 1822. Foi reconhecido como um chefe militar
de admirável bravura, dotes estrategistas e virtudes de pacificador.
A
primeira campanha que ele participou foi na pacificação dos revoltosos na
Bahia, no movimento contra a independência sob o comando do general Madeira de
Melo.
Com
a vitória contra aquele movimento que foi denominado Batalhão, foi promovido
capitão e recebeu a Imperial Ordem do Cruzeiro das mãos de Dom Pedro I. Também
recebeu, no sul do país, as insígnias de major e as comendas da Ordem de São
Bento de Avis e Hábito da Rosa, quando naquela sorte foi chamado para manter a
unidade nacional na Campanha da
Cisplatina.
Após
a abdicação do imperador Dom Pedro I, em 1831, permaneceu ao seu lado e teve
participação importante no Batalhão Sagrado, para manter a ordem no Rio de
Janeiro. Organizou a Guarda Nacional que
depois se transformou em Guarda Municipal Permanente.
Em
1833, casou-se com Ana Luiza de Loreto Carneiro Vianna, na época com dezesseis anos
de idade. Com ela teve duas filhas, Luiza de Loreto e Ana de Loreto, e um
filho, Luís Alves Jr.
Foi
por sua participação importante para combater os revoltosos do Movimento da
Balaiada, no Maranhão, que o tenente-coronel Luís Alves de Lima recebeu o título
de nobreza de o Barão de Caxias, pois foi a cidade maranhense de Caxias palco
de batalhas decisivas para a vitórias das forças imperiais. Este título foi
outorgado no ano de 1841, e neste mesmo ano Caxias foi eleito deputado à
Assembleia Legislativa pela Província do Maranhão.
Em
1842, Caxias comandou a repressão às revoluções liberais ocorridas em São Paulo
e Minas Gerais, e foi nomeado Comandante-Chefe do Exército em operações,
Comandante das Armas da Corte, cargo que já havia sido ocupado por seu pai, e
Presidente da Província do Rio Grande do Sul. Esta nomeação foi uma medida
tomada pelo Imperador Dom Pedro II que temia pelo fortalecimento da Revolta
Farroupilha, no sul do império. No dia primeiro de março de 1845, foi assinada a
paz de Ponche Verde, que deu fim à Guerra dos Farrapos. Em abril daquele ano,Caxias
foi promovido Marechal de campo.
Ainda
no Rio Grande do Sul, tornou-se senador do império, em 1847, e foi
nomeado Comandante e Chefe das forças no sul, em 1852, por causa das tensões na
fronteira do estado. Desempenhou com êxito uma campanha contra os ditadores Rosas,
da Argentina, e Oribe, do Uruguai. Neste mesmo ano, tornou-se Marquês de
Caxias.
Voltou
a ocupar posições políticas após um tempo em que cuidou da saúde, sobretudo de
uma moléstia hepática que o acometeu. Tornou-se Ministro da Guerra, Chefe do
Gabinete Conservador e já com os liberais no poder, Conselheiro de Guerra.
Em
1866, enfrentou, talvez, seu maior desafio. Foi convidado para assumir a função
de treinar e reorganizar as tropas que atuavam na Guerra do Paraguai. Caxias já havia exercido a função de
conselheiro no começo da guerra, e tinha que reverter uma situação de crise
vivida pela Força Nacional envolvida no combate. Ele instituiu o avanço de flancos
gerais, o contorno de trincheiras e o uso de balões cativos para espionagem.
Sucedeu-se
uma série de batalhas vitoriosas e depois da célebre Batalha de Itororó
seguiu-se a campanha final, a Dezembrada. Foi sua última vitória. Quando
retornou ao Rio de Janeiro, Caxias recebeu o título de Duque, aos 66 anos de
idade, tornando-se o único brasileiro a merecer esta honraria.
Ainda
continuou a atuar ativamente na política do império, como Conselheiro do Estado,
Presidente do Conselho e Ministro de Guerra. Retirou-se do cenário político por
motivos de saúde.
O
Duque de Caxias teve dentre os inúmeros reconhecimentos e homenagens no
território nacional ao longo do tempo, o título de Patrono do Exército
Brasileiro, em 1962.
Luís
Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias, morreu onde viveu os últimos anos de
sua vida, na Fazenda Santa Mônica, em 7 de maio de 1880.
A
Rua Duque de Caxias foi chamada anteriormente de Rua do Tanque. Ela tem início
na Avenida Prefeito José Nicolau Ludgero Maseli e estende-se até a Rua Coronel
Quirino, no Cambuí. Ao longo de seu trajeto, encontra-se alguns lugares
conhecidos e históricos de Campinas, como a Largo do Pará e a Obra Social São
João Bosco. Seu nome homenageia o grande patrono do Exército brasileiro.
Fontes: