terça-feira, 23 de outubro de 2012

LIMPANDO CAMPINAS



 Estes trabalhadores que zelam pela limpeza dos espaços públicos urbanos merecem todo o respeito do mundo e admiração. Condicionados a uma atividade de baixa renumeração, muitas vezes, olhados de forma arrogante pelas pessoas, ignorados nas vias de grande movimento, são eles que limpam a sujeira provocada por nosso descaso; por nossa falta de conscientização para não falar de higiene e bom senso.
  Eles podem não saber ler e escrever, desconhecer as complexas teorias das quais nos vangloriamos, podem estar sujeitos as mais humildes condições, mas são essenciais para que vivamos dignamente; não sejamos confundidos com as ratazanas que reinam nos lixões.
  Campinas precisa destes profissionais mais do que nunca; precisa de gente que se inspire neles para promover uma limpeza moral nos setores administrativos; precisa de quem varra a corrupção de nossa terra, expulse as ratazanas que aqui se estabeleceram.
  Campinas precisa da vassoura da honestidade.




Crônicas de Campinas

Alexandre Campanhola




sábado, 20 de outubro de 2012

O BUSTO DE GUILHERME DE ALMEIDA, EM CAMPINAS


Alguns bustos e estátuas de importantes figuras de Campinas e do Brasil, que estão presentes nesta cidade paulista, serão apresentados ao longo dos meses, assim como uma breve e resumida biografia dos homenageados.




Guilherme de Andrade de Almeida nasceu em Campinas-SP, em 24 de julho de 1890, e faleceu em São Paulo-SP, em 11 de julho de 1969. Em Campinas, foi aluno do tradicional colégio “Culto à Ciência”.

Foi advogado, jornalista, poeta, ensaísta e tradutor, distinguindo-se também como heraldista. É autor dos brasões de armas das seguintes cidades: São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP). Compôs também um hino a Brasília quando a cidade foi inaugurada.

Foi um dos promotores da Semana de Arte Moderna, em 1922, sendo o fundador da revista Klaxon, a principal revista modernista

Em concurso organizado pelo Correio da Manhã foi eleito, em 16 de Setembro de 1959, “Príncipe dos Poetas Brasileiros”.


Eleito para a Cadeira n˚. 15 da Academia Brasileira de Letras, na sucessão de Amadeu Amaral, também era membro da Academia Paulista de Letras; do Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo; do Seminário de Estudos Galegos, de Santiago de Compostela, e do Instituto de Coimbra.


Foi o autor do lendário “Hino da Televisão Brasileira” o qual Hebe Camargo estava escalada para cantar, mas não compareceu no dia por motivos amorosos. Lolita Rodrigues, atriz, cantou em seu lugar.


 Vejam um trecho:


Hino da Televisão” (1950)
Vingou como tudo vinga
No teu chão Piratininga,
A cruz que Anchieta plantou.
Pois dir-se-á que ela hoje acena
Por uma altíssima antena
A cruz que Anchieta plantou.
E te dá num amuleto
O vermelho, branco e preto
Das pernas do seu cocar.
E te mostra num espelho
O preto, branco e vermelho
Das contas do teu colar.
(...)





Principais obras: Nós, poesia (1917); A dança das horas, poesia (1919); Messidor, poesia (1919); Livro de horas de Soror Dolorosa, poesia (1920); Era uma vez..., poesia (1922); A flauta que eu perdi, poesia (1924); Meu, poesia (1925); Raça, poesia (1925); Encantamento, poesia (1925); Do sentimento nacionalista na poesia brasileira, ensaio (1926); Ritmo, elemento de expressão, ensaio (1926); Simplicidade, poesia (1929); Você, poesia (1931); Poemas escolhidos (1931); Acaso, poesia (1938); Poesia vária (1947); Toda a poesia (1953).


















O busto do poeta Guilherme de Almeida está situado na praça Guilherme de Almeida, em frente ao tradicional Palácio da Justiça, em Campinas.

O poeta é patrono da cadeira número 6 da Academia Campineira de Letras e Artes, como vemos na página da mesma:

http://acla.art.br/conteudo/?page_id=20
 

domingo, 14 de outubro de 2012

PERSONAGENS QUE DÃO NOME ÀS RUAS E AVENIDAS DO CENTRO DE CAMPINAS



Você sabe quem foi Campos Sales, José Paulino, Benjamin Constant, Franscisco Glicério?

Estas e outras importantes figuras da história brasileira dão nome às ruas e avenidas do centro de Campinas.

Este video destaca de forma resumida quem foram algumas destas figuras, para que tenhamos sempre em nossa memória a importância deles para a formação da cidade de Campinas-SP e do Brasil.






 
 
 

sábado, 13 de outubro de 2012

CONVIVÊNCIA






  No fim de semana respira-se cultura e luxo naquelas sombras que circundam o Centro de Convivência em Campinas. Quem resolve dar uma voltinha na praça Imprensa Fluminense depara-se com uma série de barraquinhas levantadas logo no início da manhã, para exibir suas novidades diversas. São artigos de decoração, são obras de arte das mais variadas formas, são relíquias guardadas por muito tempo pelos nobres habitantes do bairro do Cambuí. Também há barracas de lanches, alguns que não encontramos pelas ruas do centrão movimentado, mas que lá exalam um aroma tranquilizante e delicioso.
   Fim de semana é o dia ideal para apreciar as belas moças que passeiam nesta feira, comer um delicioso lanche, e sentir-se um pouco distante da vida humilde e pobre, em meio àquela gente fina e educada que, apesar de não nos olhar nos olhos, nem perceber nossa contemplativa presença, permite que tenhamos a dignidade de saber o que é arte, o que é cultura. A arte presente numa tela de algum nobre artista, ou na poesia de um empresário aposentado, ou nas rendas de alguma madame.
  Talvez por isso, este evento que ocorre no território dos ricos de Campinas seja no Centro de "Convivência". Porque lá ricos e pobres se misturam sem atritos de classes, mas com a única finalidade de aproveitar o lazer do fim de semana.

 


 
Crônicas de Campinas
Alexandre Campanhola