domingo, 31 de maio de 2015

RETRATOS DE CAMPINAS: Maio de 2015







PRAÇA RAMOS DE AZEVEDO





RUA LUZITÂNA




RUA SACRAMENTO





COLÉGIO CULTO À CIÊNCIA






ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 24 de maio de 2015

CURIOSIDADES DE CAMPINAS: A fábrica da Lidgerwood




A fábrica da Lidgerwood Manufacturing Company Limited era de origem norte-americana e surgiu em Nova Iorque, no ano de 1801. Chegou ao Brasil no ano de 1862, na cidade do Rio de Janeiro. William Van Vleck Lidgerwood foi o encarregado de negócios no território brasileiro.  Em 1868, ela abriu seu primeiro depósito de instrumentos agrícolas em Campinas. As grandes lavouras de café do oeste paulista estavam em pleno desenvolvimento e eram certas as companhias férreas passarem pela cidade, nos próximos anos. William Lidgerwood recebeu privilégios por dez anos do Imperador Dom Pedro II para fabricar, importar e vender ao império as máquinas de descaroçar e limpar o café. Anteriormente, ele já trazia à Campinas por importação todo tipo de máquina agrícola, principalmente as máquinas de café do sistema Lidgerwood.



 






 
 
O desenvolvimento dos transportes e o crescimento da atividade cafeeira estimularam os administradores da fábrica a comprar o prédio da Avenida Andrade Neves, no qual seria instalada uma fundição de ferro e bronze, um depósito e uma oficina para os produtos que comercializava. A construção da fábrica como se preserva até os dias atuais ocorreu no ano de 1884.

A arquitetura da fábrica seguiu o estilo neo-gótico vitoriano, com tijolos aparentes, usando ferro fundido nas esquadrias das janelas, nas bandeiras das portas, janelas do corpo principal e nas grades do porão.










 

Já na década de 70 do século XIX, a fábrica da Lidgerwood  era uma das maiores de Campinas. Durante a visita do Imperador Dom Pedro II à cidade, em virtude da inauguração da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro, mais de 180 operários da fábrica fizeram parte da comitiva que recepcionou o imperador. Naquele ano de 1875, Dom Pedro II visitou a fábrica, sendo recebido pelo chefe João Sheringhton, e pelos operários e aprendizes.



 

 




Na primeira Exposição Regional da cidade de Campinas de máquinas agrícolas, em 1885, o pavilhão Lidgerwood, instalado no Largo do Rosário, foi um dos mais visitados. Foram apresentadas máquinas de beneficiar café, o descaroçador “Lidgerwood”, a máquina paulistana (descaroçador que ganhou medalha de prata na Exposição provincial), o ventilador “singelo moderno”, o catador duplo, o catador prodígio, a máquina para picar fumo, para arrolhar garrafas, beneficiar arroz, dentre outras.

 








 

Em 1889, uma terrível epidemia de febre amarela castigou Campinas e muitas indústrias deixaram a cidade. Devido a falta de mão de obra, a fábrica da Lidgerwood transferiu-se para a capital paulista no ano seguinte, mas manteve aqui uma filial, que funcionou no mesmo endereço até 1922. Durante a epidemia, a casa Lidgerwood providenciou ao povo campineiro água de fora da cidade, fornecendo à sua custa os canos para captação e transporte de água de um pequeno córrego dos lados da atual Estação de Samambaia, da Companhia Paulista.  Em 1891, surge a Sociedade Beneficente Lidgerwood criada no intuito de prestar serviços à população campineira durante os surtos epidêmicos   .

 






William Van Vleck Lidgerwood foi agraciado pelo Governo Imperial com a comenda da Ordem da Rosa, e dado seu nome pela Câmara à rua lateral ao prédio de sua companhia em 7 de outubro de 1889.

 
A mudança do regime político em 1890 que liberou a atividade empresarial, a extinção da concessão especial do Governo Imperial, o aumento da concorrência de pequenas fundições e da forte Companhia Mac-Hardy, a transferência do potencial da fundição para a cidade de São Paulo, foram fatores que contribuíram para o fechamento da Companhia Lidgerwood em Campinas.

 


 

William Lidgerwood morreu em Londres no ano de 1910. Ele deixou a seguinte frase para Campinas:

 


 

 “A minha casa em Campinas, enquanto eu for vivo, dê lucro ou prejuízo, não se fechará. Foi ali que comecei a minha vida de trabalho.

 





 










A fábrica da Lidgerwood encerrou suas atuações em Campinas no ano de 1922 e vendeu o antigo barracão. Passou por dois outros donos, sendo o primeiro a firma Pedro Anderson & Cia. e o segundo comprador a Companhia Paulista de Estradas de Ferro. Com o tempo, o prédio acabou servindo de depósito, caindo em esquecimento e desuso. Apenas voltou a abrir suas portas em 1992, quando foi inaugurado o Museu da cidade.

 
 

Fontes:

 


 

 

domingo, 17 de maio de 2015

AVENIDA BARÃO DE ITAPURA

 
 
QUEM FOI O BARÃO DE ITAPURA?
 
 
  
Joaquim Policarpo Aranha nasceu em 1809 em Ponta Grossa, pertencente a província de São Paulo, e transferiu-se para a vila de São Carlos, antigo nome de Campinas, em sua juventude. Casou-se aos 34 anos com sua prima em segundo grau Libânia de Sousa Aranha, filha do coronel Francisco Egídio de Sousa Aranha e de Maria Luzia de Sousa Aranha, Viscondessa de Campinas. Eles tiveram seis filhos.
 
 
 
 
 
 
Foi proprietário da fazenda Chapadão, nos arredores de Campinas, tornando-se um dos grandes plantadores de café. Também foi proprietário de outras fazendas como a Fazenda Sete Quedas e Bom Retiro.
 
 
 
Foi o Barão de Itapura que construiu o magnífico solar "Palácio Itapura", situado na Rua Marechal Deodoro, antiga Rua do Imperador, de estilo clássico, imponente, exemplar arquitetura do café, que em 1941 passou a abrigar a Faculdade de Ciências, Filosofia e Letras, um dos braços das Faculdades Campineiras e embrião da PUC.
 
 
 
Era conhecido pelo seu nobre espírito de filantropia, pela dignidade e profundo amor pela cidade de Campinas. Ele e sua esposa, apesar dos seis filhos, acolhiam órfãos e viúvas desamparadas na própria casa.
Nos anos de 1845 a 1848 foi vereador pelo partido liberal.
Foi membro da guarda nacional com a patente de capitão da entidade. Com relevantes serviços prestados a sociedade campineira, foi condecorado como Comendador da Imperial Ordem da Rosa e foi-lhe concedido o título de Barão de Itapura em 1883, no dia 19 de janeiro, por Dom Pedro II.
Faleceu em Campinas, no dia 06 de Janeiro de 1902 com 93 anos.
 
 
 
 
 
A avenida Barão de Itapura tem seu início no Terminal Multimodal Ramos de Azevedo e término na Avenida Heitor Penteado. Em seu trajeto, a avenida cruza cinco tradicionais bairros campineiros: Vila Industrial, Botafogo, Guanabara, Jardim Nossa Senhora Auxiliadora e Taquaral.







 Em 28 de fevereiro de 1887, ela recebeu este nome e por muito tempo, foi endereço da antiga rodoviária de Campinas, já demolida. Nela também se encontram hoje o Instituto agronômico de Campinas, o Instituto Educacional Imaculada, a Paróquia Nossa Senhora Auxiliadora, o Balão do Kennedy, além de diversos estabelecimentos e prédios comerciais.






Fontes:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Joaquim_Policarpo_Aranha

http://www.oswaldobuzzo.com.br/Home/ruas-de-campinas-sp/avenida-barao-de-itapura






domingo, 10 de maio de 2015

MINHA HOMENAGEM AO: Dia das Mães



A estátua à Mãe Preta foi inaugurada em 1984 em um esforço do movimento negro e da comunidade religiosa de erigir um símbolo da importância histórica africana. A bela escultura é de autoria do artista plástico paulistano Júlio Guerra (1912-2001), originalmente feita  em 1955 e está localizada no Largo do Paissandu em São Paulo, onde existe a Igreja da Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Por ser um monumento em homenagem à contribuição africana, às mães e as minorias, foi encomendada  na década de 70 pelas lideranças do movimento negro, a comunidade religiosa e a Prefeitura Municipal de Campinas, para o conjunto São Benedito. Feita em bronze fundido e patinado, retrata uma mulher negra a nutrir uma criança.





MINHA MÃE
 
(Casimiro José Marques de Abreu - Casimiro de Abreu)
 
 
Da pátria formosa distante e saudoso,
Chorando e gemendo meus cantos de dor,
Eu guardo no peito a imagem querida
Do mais verdadeiro, do mais santo amor:
— Minha Mãe! —
 
 
 
 
 
 
 
Nas horas caladas das noites d’estio
Sentado sozinho co’a face na mão,
Eu choro e soluço por quem me chamava
— “Oh filho querido do meu coração!” —
— Minha Mãe!
 
 
 
 
 
 
No berço, pendente dos ramos floridos,
Em que eu pequenino feliz dormitava:
Quem é que esse berço com todo o cuidado
Cantando cantigas alegre embalava?
— Minha Mãe! —
 
 
 
 
 
 
De noite, alta noite, quando eu já dormia
Sonhando esses sonhos dos anjos dos céus,
Quem é que meus lábios dormentes roçava,
Qual anjo da guarda, qual sopro de Deus?
— Minha Mãe! —
 
 
 
 
 
 
Feliz o bom filho que pode contente
Na casa paterna de noite e de dia
Sentir as carícias do anjo de amores,
Da estrela brilhante que a vida nos guia!
— Minha Mãe!—
 
 
 
 
 
 
Por isso eu agora na terra do exílio,
Sentando sozinho co’a face na mão,
Suspiro e soluço por quem me chamava:
— “Oh filho querido do meu coração!” —
— Minha Mãe! —
 
 
 
 
 
  A estátua à Mãe Preta está localizada na Praça Annita Garibaldi, no conjunto do Largo São Benedito, em Campinas.
 
 
 
 
ALEXANDRE CAMPANHOLA
 
 

 


domingo, 3 de maio de 2015

RETRATOS DE CAMPINAS: Abril de 2015

 
 

LARGO DE SÃO BENEDITO




RUA JORGE MIRANDA
 
 
 
 
AVENIDA FRANCISCO GLICÉRIO




AVENIDA FRANCISCO GLICÉRIO






ALEXANDRE CAMPANHOLA