domingo, 30 de março de 2014

GRANDES HOMENS DE CAMPINAS: Doutor Mario Gatti





Mário Gatti nasceu em Nápoles, na Itália, em 11 de fevereiro 1879. Era filho de Lelio Gatti e Attilia Tumolo Gatti. Em 1905, aos 26 anos de idade veio à Campinas para se casar com Francisca de Marco Gatti, filha de um empresário italiano que prosperou nesta cidade do interior paulista. Mario Gatti conheceu Francisca na Europa. Após o casamento, ambos retornaram ao velho mundo, e lá Mario Gatti concluiu seus estudos na área da Medicina.Dois anos depois, a pedido do sogro, fixou residência em Campinas, onde começou a clinicar na Beneficência Portuguesa. Passado um ano, ele foi a Paris aperfeiçoar-se na arte cirúrgica, regressando em 1915.








Em Campinas, seu talento logo foi reconhecido. Tinha como grande amigo o doutor Thomás Alves, que durante o tempo em que esteve impossibilitado de operar devido a um incidente com bisturi, indicava Mario Gatti para atender seus pacientes. O doutor Mario Gatti clinicou até o fim de sua vida no Hospital do Círcolo Italiani Uniti, que mais tarde se converteria na Casa de Saúde de Campinas, sendo um modelo de estabelecimento na época.





Na década de 1950, Mario Gatti destacou-se ao ser um dos primeiros médicos a prestar socorro às pessoas que estavam no Cine Rink, na ocasião do desabamento de seu teto. Ele já tinha mais de 70 anos, e mesmo doente, fez questão de se juntar aos seus colegas de profissão para salvar vidas. Ganhou uma medalha por tal gesto.

A cirurgia ensaiava os seus primeiros passos no Brasil, quando o italiano já realizava com sucesso operações de estômago e próstata. Ficou conhecido como o médico que resolvia tudo, e as pessoas da época diziam quando alguma coisa não tinha solução “Isso nem Mario Gatti resolve”.

 
 
 
 
 
 
Mario Gatti foi um dos fundadores da Maternidade de Campinas.

Em fevereiro de 1976, foi homenageado pela população, que indicou seu nome para o então Hospital Municipal, o hoje Hospital Municipal Dr. Mario Gatti.

Sobre Campinas, Ele dizia: “É o meu berço, o mais importante cenário de minha humilde residência. Foi neste pedaço de paraíso que iniciei minha carreira profissional. A eterna primavera de seu clima ameno, a bondade e a simplicidade dos seus filhos empolgaram a minha juventude”.

 
 
Mário Gatti morreu em Campinas, em 3 de março de 1964. 

 




Fontes:



 

domingo, 23 de março de 2014

RETRATOS DE CAMPINAS - MARÇO DE 2014




RUA CULTO À CIÊNCIA
 









RUA PADRE VIEIRA

 




 
 
 
 
RUA MÁRIO SIQUEIRA
 








RUA SACRAMENTO - SEBO CASARÃO
 
 







RUA CULTO À CIÊNCIA - ESCOLA COTUCA








ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 16 de março de 2014

RUA DOUTOR RICARDO, EM CAMPINAS


QUEM FOI O DOUTOR RICARDO?







Ricardo Gumbleton Daunt nasceu em Cork, na Irlanda, em 30 de agosto de 1818. Há outras citações sobre o local de seu nascimento, mas esta é a sustentada pela família. Era filho de Richard Gumbleton Daunt e Anna Dixon Raines.

 
Sob a direção do doutor Isaac Dixon, seu tio materno, o Doutor Ricardo buscou os caminhos da Medicina em sua formação. Ele estudou nas faculdades de Paris e Viena, mas graduou-se em Edimburgo. Fez também cursos de Humanidades em Londres. Adquiriu fama de erudito devido ao caráter vasto de seus estudos e à habilidade e interesse em expressar-se em diversas línguas. Dominava mais de dez idiomas.

 
 
 
 
 
 
 
Em 1843, o Doutor Ricardo chegou ao Rio de Janeiro, após uma passagem pela África do Sul. Sua tese defendida na época perante a Faculdade de Medicina possibilitou-o clinicar em Macaé.


Em 24 de abril de 1850, radicado na Província de São Paulo, foi expedida a carta de naturalização que o transformou em cidadão brasileiro.

 
Foi membro do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro realizando importante trabalho sobre a origem de usos, costumes, palavras e sobre o passado das famílias paulistas. Era um genealogista obcecado, exercendo com dedicação sua atividade.

Era defensor energético da obra jesuíta e crítico das medidas tomadas pelo Marquês de Pombal na época, manifestando seu descontentamento e frustração com o estado das tradições e do ensino na cidade e Província de São Paulo.


Foi fundador do Partido Católico, durante o segundo reinado, período em que dividia sua paixão entre a clínica, a política e o ofício de historiador amador.





O Doutor Ricardo chegou a Campinas, em 1845, e aqui foi tesoureiro da Irmandade do Espírito Santo, médico, juiz de paz da Paróquia de Santa Cruz, linguista e poliglota e intendente.

Teve ele atuação marcante na cidade como defensor das tradições locais e como médico dos pobres e arrimo dos inválidos.

 
Foi vereador na cidade por várias vezes, bem como deputado à Assembleia Provincial. Exercendo esta função, apresentou inúmeras propostas para melhorias das condições da cidade. Conquistou a fama de luminar da Medicina, sobretudo pelo caráter enfático com que sublinhava seus diagnósticos e opiniões.

 
Casou-se em 18 de setembro de 1845 com Anna Francelina de Camargo, filha de Joaquim José dos Santos Camargo, de ilustre família paulista. Foi pai por nove vezes.
 

 
Ele residiu durante algum tempo na antiga Rua do imperador, hoje denominada Rua Marechal Deodoro, na casa de número 1117.


 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
É patrono da cadeira 26 da Academia Campinense de Letras.



O Doutor Ricardo faleceu no dia 7 de junho de 1893, aos 74 anos, apenas dois meses após a confecção de seu próprio testamento. Segundo o atestado de óbito a causa da morte foi uma síncope, ou seja, um ataque qualquer de natureza desconhecida.

 


 

A Rua Doutor Ricardo situa-se no bairro Botafogo. Ela estende-se das proximidades da Avenida Campos Sales até as proximidades da Avenida Barão de Itapura. Fica próxima aos trilhos da antiga Estrada de Ferro da Companhia Paulista.

A homenagem ao Doutor Ricardo foi dada em novembro de 1823 e coube a Orosimbo Maia, então vereador, a proposta. No passado, ela foi sede da Tração Luz e Força e dos pontos de carroceiros e caminhões de transportes pesado da cidade até a década de 60.

 

 



 

 
 
 
 
Fontes:



 

domingo, 9 de março de 2014

CURIOSIDADES DE CAMPINAS: A briga de Francisco Glicério e Moraes Salles




 
Certa vez, na esquina da Rua Barão de Jaguara com a Rua Campos Sales, aconteceu uma  discussão baseada em ofensas pessoais entre importantes elementos da política da época. Ao se encontrarem nesta esquina, Francisco Glicério e Antônio de Moraes Salles depois de muitas ofensas orais, agrediram-se fisicamente, em virtude de suas discordâncias quanto aos ideais políticos.













Francisco Glicério de Cerqueira Leite era colunista do jornal “A Gazeta de Campinas”. Também era republicano e abolicionista, ou seja, favorável ao fim da monarquia e a instauração da república brasileira, e ao fim do trabalho escravo na nação.

Foi homenageado em Campinas com a mudança do nome da Rua do Rosário para Avenida Francisco Glicério.
















 
Antônio de Moraes Salles era colunista do jornal “Correio de Campinas”. Sua posição política era favorável à monarquia, ou seja, ele defendia a forma de governo que predominava no Brasil.

Foi homenageado em Campinas com a mudança do nome da Rua de São Carlos para Avenida Moraes Salles.



 
 
 
 
 
 
 
 
Ambos foram batizados no mesmo dia, quando meninos, na Matriz de Nossa Senhora do Carmo, com os pais de Moraes Salles batizando o menino Glicério e vice-versa.
 
 

 
 
 

Outra curiosidade é que ambas as avenidas que receberam o nome dessas duas personagens, Francisco Glicério e Moraes Salles, cruzam-se no centro campineiro.
 
 
 
 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

 

domingo, 2 de março de 2014

O MONUMENTO DE BENTO QUIRINO DOS SANTOS



 
 
Bento Quirino dos Santos nasceu em Campinas, no dia 18 de abril de 1837. Era o filho do major Joaquim Quirino dos Santos e de D. Manoela Joaquina de Oliveira Santos. Foi irmão de Francisco Quirino dos Santos, o Doutor Quirino. Desde cedo começou a trabalhar na vida comercial, tendo o seu estabelecimento no prédio em que hoje funciona  a “Escola Politécnica do Comércio Bento Quirino”.
 
 
 
 
 
 
 
Durante a epidemia de febre amarela de 1889, Bento Quirino prestou tantos serviços à cidade, que a população mandou colocar na fachada de seu estabelecimento e residência uma placa comemorativa ( na Rua Sacramento, esquina com Benjamim Constant ).

 

Bento Quirino foi extremado propagandista  e eleito vereador pelo Partido Republicano na época da Monarquia. Fundou a “Santa Casa de Campinas “, onde auxiliou o Padre Viera. Foi diretor da Companhia de Iluminação a Gás.

 



Bento Quirino também foi um dos fundadores do “Colégio Culto à Ciência” e da “Companhia Campineira de Água” e sócio benemérito de todas as “Associações Campineiras”.

 

Bento Quirino morreu em 26 de dezembro de 1914, tendo sua memória vinculada às mais úteis instituições públicas. Grande parcela de sua fortuna foi destinada à fundação do “Instituto Profissional Bento Quirino”, e à manutenção da “Escola Técnica de Comércio Bento Quirino”, orfanatos, hospitais, maternidades e “Creche Bento Quirino”.

 
 


 







O Monumento em homenagem a Bento Quirino dos Santos situa-se na Praça Antônio Pompeo. Ele foi inaugurado em 18 de abril de 1914, no saguão do “Instituto Profissional Bento Quirino”, e depois foi transferido para a Praça Antônio Pompeo, no dia 18 de abril de 1937, quando foi comemorado o centenário do seu nascimento.
 






































FONTE:

http://www.bentoquirino.com.br/institucional/109