sexta-feira, 30 de março de 2018

OS BUSTOS DOS IRMÃOS PENTEADO


Os irmãos penteado foram beneméritos da Santa Casa da Misericórdia de Campinas, que dedicaram a maior parte de seus bens para que o hospital existisse e mantivesse suas atividades a favor da população campineira.




Salustiano Penteado nasceu em Campinas, no dia 14 de dezembro de1860 e faleceu em Campinas, no dia 30 de setembro de 1924. Era filho de Floriano de Camargo Penteado e de Dona Carolina Miquelina de Andrade. Salustiano formou-se em Bacharel em Direito pela Academia de Direito de São Paulo. Foi advogado, fazendeiro, filantropo e benemérito da Santa Casa da Misericórdia de Campinas, à qual legou quase totalidade de seus bens. Salustinao Penteado faleceu solteiro.





Vilmo Rosada foi o escultor que criou seu busto, situado no Jardim do Hospital Irmãos Penteado. Uma herma em bronze sobre pedestal de granito rosa picolado.




Severo Penteado nasceu em Campinas, no dia 21 de outubro de 1845, e faleceu em Campinas, no dia 27 de outubro de 1932. Era filho de Floriano de Camargo Penteado e Dona Carolina Miquelina de Andrade. Era fazendeiro, benemérito da Santa Casa da Misericórdia de Campinas, à qual legou quase toda a sua fortuna. Também morreu solteiro.
Foi Vilmo Rosada também o escultor que criou sua herma em bronze sobre pedestal de granito rosa picolado. O busto situa-se no jardim do Hospital Irmãos Penteado, e foi inaugurado no dia 18 de agosto de 1935.




Austero Penteado nasceu em Campinas, no dia 5 de julho de 1859. Faleceu nesta cidade em 18 de agosto de 1949. Era filho de Floriano de Camargo Penteado e de Dona Carolina Miquelina de Andrade. Fazendeiro de Campinas e em São Carlos, foi também benemérito da Santa Casa da Misericódia de Campinas, e legou a ela a maior parte de seus bens. Casou-se com sua prima, a Dona Carolina Prado Penteado, que também foi grande benemérita da Santa Casa. O casal não teve filhos.
Sua herma de bronze sobre pedestal de granito rosa picolado, foi obra da escultora Maria Henriqueta Pupo Ferraz Pereira. Situa-se no jardim do Hospital Irmãis Penteado, da Santa Casa da Misericordia de Campinas, na Avenida Júlio de Mesquita, 571. A inauguração do busto ocorreu no dia 15 de agosto de 1950.




Além de terem seus nomes imortalizados na Santa Casa da Misericórdia, os Irmãos Penteado foram homenageados nomeando ruas em Campinas. No bairro Botafogo, existe a Rua Salustiano Penteado; também no Botafogo, uma rua foi denominada Austero Penteado. Já a Rua Severo Penteado esta presente no bairro Cambuí.











Fontes


ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 24 de março de 2018

UM OUTRO OLHAR PARA O BOTAFOGO: Alexandre Campanhola



Hoje em dia, é comum a presença no centro campineiro e em seus bairros circunvizinhos das grandes redes de hotéis. Visitantes que chegam à Campinas com as mais variadas finalidades hospedam-se nestes hotéis, que, muitos deles, são prédios enormes e suntuosos. O primeiro edifício de Campinas, o Hotel Opala, representou bem o que mais tarde seria uma realidade na região central da cidade, na Avenida Aquidabã, no bairro Cambuí e outros bairros, o surgimento de empreendimentos grandiosas da rede hoteleira.

No entanto, muitos hotéis de pequeno porte ainda sobrevivem na área central da cidade, sobretudo nas proximidades da antiga e da nova rodoviária. Eles resistem à concorrência esmagadora, ao fim do movimento de outrora e as exigências cada vez mais criteriosas do público, pois sempre haverá um humilde viajante, que vem de longe, e procura um lugar sossegado para passar a noite.

O que me impressiona em relação a estes hotéis é a criatividade de seus nomes. Por passar tantas vezes no bairro Botafogo, acabei me acostumando a observar aquelas placas que ficam na entrada dos hotéis, anunciando seus contatos e produtos. Sobretudo, exibindo os nomes curiosos destes hotéis.

Nesta publicação eu quis fazer uma brincadeira, sobre como seria um anúncio para cada um destes hotéis escolhidos, baseado em seus nomes. Escolha você, através dos anúncios, um hotel para ficar, viajante humilde e aventureiro, desta rede mundial.




"Seja bem-vindo à Campinas, a princesa do oeste paulista. E para se sentir em casa de verdade, não deixe de se hospedar no..."

RUA DR. RICARDO




"Você pode se sentir na bela cidade pernambucana (se bem que Campinas é mais maravilhosa), ou achar ter ouvido um elogio a uma mulher campineira. O importante é que desfrute de toda comodidade do..."

AVENIDA ANDRADE NEVES




"Não importa a sua tribo, você será sempre bem recebido no..."

RUA SILVEIRA LOPES
 
 
 
 
"Além de passar uma noite muito agradável e desfrutar da hospitalidade de nossos serviços, não deixe de apreciar a beleza do famoso Colégio Culto à Ciência, do cotidiano boêmio do Botafogo, da juventude transeunte. Você sempre terá algo para apreciar hospedando-se no..."

RUA SILVEIRA LOPES




"Lembra-se da casa da vovó, da comida caseira, do ambiente familiar, das decorações artesanais? Lembra-se dos momentos de tranquilidade, em um lugar cheio de encanto, das coisas simples como uma planta que se rega de manhã. Tudo isso você encontra no..."

RUA SALDANHA MARINHO




"Não procure muito um lugar para se hospedar, quando o melhor lugar é este. Um lugar amplo e construído para destacar toda a importância que sua presença nos representa. Hospeda-se em um lugar onde você se sinta em casa e onde sua grandeza seja percebida. Só aqui no..."

RUA BARÃO DO PARNAÍBA




"Procura um lugar para ficar, enquanto você fica nesta linda cidade? Pois nosso fundador criou um lugar que parece um pedacinho do céu? O sobrenome dele poderia ser Alves, pois aqui se respira poesia, e há tanta fartura, que seu nome nunca seria Fidel. Hospeda-se no..."

RUA BARÃO DE PARNAÍBA




"E se quiser saber pra onde eu vou, pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou! Viajar é conhecer um outro amanhecer. Seja bem-vindo ao..."

RUA DR. RICARDO




"Um lugar que estava escrito nas estrelas? Você está no lugar certo. Aqui você se sentirá em outro mundo, com a alegria de quem vive no mundo da lua ou desfruta de uma lua de mel. Viajante da calda de um cometa, grande aventureiro, passe horas espaciais no..."

RUA ONZE DE AGOSTO




"Tentamos dar um nome bonito como Belo Monte, mas não sabíamos que em inglês significaria meses do sino. Mas, deu certo, porque dezembro é o mês do sino (toca o sino pequenino...) e é quando o público descobre a magia de nosso hotel. Por isso, não espere o Natal chegar para conhecer Campinas e toda a hospitalidade e encanto do..."

RUA BARÃO DO PARNAÍBA





Importante: O objetivo da publicação não é fazer nenhum trabalho publicitário ou de alguma forma denegrir os empreendimentos citados. A publicação tem o propósito, pelo contrário, de mostrar a importância da existências da atividade hoteleira na cidade, seja qual for o tamanho do negócio, e a importância histórica de muitos deles, que resistiram ao tempo.
Não há nenhuma participação dos proprietários na elaboração dos textos e na publicação, assim como nenhum tipo de favorecimento. De modo que a única recompensa é poder mostrar a cidade de Campinas e o bairro Botafogo, através de um outro olhar.



ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 10 de março de 2018

CAMPINAS SENTE SAUDADE: Circo Teatro Irmãos Almeida


 
O Circo Teatro Irmãos Almeida foi iniciado por José Luis de Almeida, avô de Walter Almeida, e pai de Diógenes de Almeida
 
José Luís de Almeida ganhou este nome no Brasil. Ele era de uma família que fazia teatro de rua na China. Em sua juventude veio ao Brasil, e foi adotado por uma família de portugueses que morava no Rio de Janeiro. Como forma de continuar a tradição de sua família chinesa, ele acompanhou a primeira companhia de circo que conheceu. Tempos depois, casou-se com Maria Carolina e teve cinco filhos no circo, dentre eles, Diógenes de Almeida. José Luís de Almeida e sua esposa Maria Carolina resolveram, então, montar a própria companhia que se chamou “Circo Teatro Urbano e depois Morenos”.

 
 
 
 
 
Anos depois, Diógenes de Almeida casou-se com Idalina e teve três filhos, Alfredo, Walter e Abegair. Os filhos passaram a trabalhar na companhia e essa continuação da vida artística rendeu muito prestígio e sucesso.


Walter, Alfredo e Abegair


Em 1950, eles batizaram a companhia com o novo nome de Circo Teatro Irmãos Almeida, que levava espetáculos, quase, que, diariamente despertando um sentimento familiar em relação a todos os seus artistas.

 
 
 

Walter de Almeida nasceu  em 05 de fevereiro de 1925, na pequena cidade de Marcondezia, no estado de São Paulo. Ele começou a trabalhar no circo aos 5 anos de idade, como trapezista, mas sua primeira aparição em cena foi aos três meses de idade.
 
 
 
 
Aos sete anos formou uma dupla caipira com Hermógenes Xavier, intitulada Maquininha e Zé da Maria Cumprida. Walter era conhecido como Maquininha pela sua maneira rápida de saltar. Deixou de ser trapezista após um grave acidente.

 
 

Obteve enorme destaque como ator e cantor, interpretando sucessos teatrais como “E o céu uniu dois corações”, “A noite do riso”, “O direito de nascer” e “Carnaval no rio”. Seu repertório totalizou 100 peças diversas. Ele conquistou um enorme público, ao lado de seus irmãos Alfredo, o palhaço Fredô, e Abegair, a personagem Nhá Tica.

 


Posteriormente, ele passou a dividir o palco também com sua esposa, Paulínia Pachetti de Almeida. Ela obteve também grande sucesso no circo. Os filhos do casal fizeram parte do circo também.

 
 
 
 
 

O Circo Irmãos Almeida fazia temporada em todo o Brasil, de Goiás ao Paraná, do Rio Grande do Sul a Minas Gerais. Ficou mais tempo no estado de São Paulo. Liderados sempre por Walter, o qual se tornou um ator requisitado para fazer papel de galã, essa companhia circense representava dos grandes clássicos dramalhões até o tragi-cômico com muita classe e perfeição. Todos os atores e atrizes tinham mérito porque representavam bem, mas sobretudo porque eram pessoas humildes, que lutando para sobreviver, encantavam com a pureza de suas almas o público. Era uma época de candura, beleza e muita sensibilidade, quando a platéia assistia a exibição das peças, como se fossem novelas televisivas.




As principais peças teatrais que marcaram a época, quando não havia ainda televisão foram: “Honrarás tua mãe”, “E o céu uniu dois corações”, “Mestiças”, “Rosa do Adro”, “O direito de nascer”, “Lágrimas do Homem”, “Carnaval no Rio”, “A noite do riso”, “Casamento de Fredô”, “Marcelino Pão e Vinho”, “O Cangaceiro”, “Três almas para Deus”, “Os irmãos Corsos”, entre outras.





Diversos artistas de renome se apresentaram no Circo Teatro Irmãos Almeida, como Os Trapalhões, Oscarito, Mazzaropi, Cauby Peixoto, Luís Gonzaga, Tonico e Tinoco, Cascatinha e Inhana, Alvarenga e Ranchinho, Vicente Celestino, Elke Maravilha, a “Caravana do Peru que Fala, de Silvio Santos”, dentre outros.



 
 
 
O Circo Teatro Irmãos Almeida estabeleceu-se  definitivamente em Campinas em 1960. Foi comprado na cidade um terreno para o circo que, aos poucos, pelo sucesso crescente transformou-se também em um circo fixo chamado “Pavilhão Teatral Irmãos Almeida”. Mais tarde, ele foi desfixado, mas permaneceu sempre na região de Campinas.




O Circo Teatro Irmãos Almeida atuou até o ano de 1975, quando perdeu espaço na preferência popular com o advento de novos meios de entreternimento, sobretudo a televisão. A ausência de apoio do Ministério Público ligado à arte e cultura também tornou difícil a sobrevivência deste inesquecível circo-teatro.




O Circo recebeu várias homenagens, dentre elas o samba-enredo da escola de samba Unidos do Indaiá, campeão do carnaval de rua de 1986 em Indaiatuba, e o programa de rádio “A hora do Circo”, apresentado por mais de 10 anos na Rádio Educadora de Campinas.

 


Fontes:



 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

sábado, 3 de março de 2018

AVENIDA DONA LIBÂNIA: Quem foi a Dona Libânia?


 
Dona Libânia de Souza Aranha nasceu em Campinas, no dia 06 de setembro de 1829. Era filha de Francisco Egídio de Souza Aranha e Maria Luzia de Souza Aranha. Fazia parte do hall das famílias importantes de Campinas. Era irmã de Joaquim Egídio de Souza Aranha e esposa de seu primo irmão em segundo grau, Joaquim Polycarpo Aranha, o Barão de Itapura, com o qual se casou no dia 06 de novembro de 1843. Após se casar com o barão, ganhou o título de baronesa.

 
 
 
 
 
Dona Libânia e seu esposa o Barão de Itapura eram conhecidos pela grande generosidade. Eles proporcionaram condições para que muitos jovens pobres pudessem estudar. No palacete que possuíam, hoje sede da PUC Centro, eles abrigavam crianças pobres, orfãs e abandonadas, e viúvas desemparadas.

 
 
 
 
 
 

Dona Libânia é lembrada por suas obras de filantropia. Ela morreu em Campinas, no dia 8 de janeiro de 1921, aos 92 anos.




Em determinado momento quando caminhava pela Rua Dr. Quirino em direção à Avenida Orosimbo Maia, percebi que já não existia mais a via, mas uma pequena avenida bastante arborizada, cujo nome homenageia uma baronesa da época áurea do café, que foi casada com um importante barão de Campinas, o Barão de Itapura e que dedicou sua vida a realizar obras filantrópicas, Dona Libânia.

 
 
 
Fileiras de carros estacionados, construções residenciais e comerciais do lado esquerdo e um muro extenso, coberto de plantas no lado direito, onde fica a subestação da CPFL.

 
 

Uma avenida tranquila, apesar do movimento dos carros que seguiam em direção a Rua Dr. Quirino e à Rua Major Sólon.

 
 

Quando cheguei ao seu térmno, na Avenida Anchieta, senti-me um privilegiado por ter passado por terras doadas pelo Barão de Itapura, para que aquela via existisse.




A Avenida Dona Libânia tem 500 metros e recebeu este nome em 1883, por iniciativa da Comissão de Obras Públicas do Legislativo. A homenagem a Dona Libânia foi devido à colaboração de seu marido à abertura da via, com a doação do terreno.




Ela tem seu início na Rua Dr. Quirino e prolonga-se até a Avenida Anchieta.

 

Fontes:




 
 
ALEXANDRE CAMPANHOLA