domingo, 29 de março de 2015

RETRATOS DE CAMPINAS: Março de 2015




PRAÇA IMPRENSA FLUMINENSE - CENTRO DE CONVIVÊNCIA




PRAÇA IMPRENSA FLUMINENSE  - CENTRO DE CONVIVÊNCIA




RUA MARECHAL DEODORO




RUA ONZE DE AGOSTO





ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 15 de março de 2015

O BUSTO DO DOUTOR THOMAZ ALVES





Thomaz Augusto de Mello Alves nasceu no dia 24 de dezembro de 1856, no Rio de Janeiro. Ele cursou e concluiu a Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro e aos 26 anos de idade veio para Campinas, onde se estabeleceu e se casou com a Sra. Etelvina de Moraes Salles, de respeitável e tradicional família campineira. Em 1886, ele foi admitido como médico do hospital Beneficência Portuguesa.

Sempre foi considerado um médico de extrema bondade, caritativo, um amigo dedicado, o que lhe proporcionou no território campineiro um ambiente de franca estima. Aqui ele conquistou as verdadeiras e espontâneas simpatias.

Seu consultório médico era localizado na Rua do Comércio, atual Dr. Quirino. Nesta rua também existia o escritório da redação da antiga Gazeta de Campinas. Suas visitas à imprensa local eram constantes, onde se reunia com intelectuais como Ferreira de Araújo, Arthur Azevedo, Fontoura Xavier, entre outros. Ele era estimado pelo pessoal daquele jornal.

Trabalhando também naquela redação, Thomaz Alves assinava com o pseudônimo de Hopp Frog, e seus escritos sempre foram lidos com o maior interesse e aplaudidos.

Ilustre médico e distinto literário, ele conviveu com personalidades como Campos Sales, Francisco Glicério, Quirino dos Santos, estabelecendo palestras em que se desabrochavam verdes esperanças e rubro entusiasmo pela propaganda da ideia nova, que pretendia trazer o bem geral ao país.


Ao deixar o jornalismo, ele passou a se dedicar exclusivamente à Medicina e construiu uma história linda nesta atividade. Durante a epidemia de febre amarela de 1889, teve o dedo indicador inutilizado devido a uma infecção contraída quando cuidava de um doente. Sua atuação neste período demonstrou claramente sua alma generosa.

Exerceu o mandato de vereador da Câmara Municipal de Campinas no período de 1889 a 1891.

A Maternidade de Campinas foi fruto de seus ingentes e louvados esforços. Ele também contribui de forma elogiável e com bons serviços à Santa Casa da Misericórdia e à Companhia C. de Águas e esgotos. Foi presidente do Centro de Ciências, Letras e Artes, prestando valiosos concursos e exercendo dedicadamente este cargo.

Em 1918, sua atuação constante no tratamento dos enfermos afetados por uma epidemia de gripe, que ceifou inúmeras vidas, foi admirável. Ele visitou diversos prontos-socorros e correu as ruas em prol dos doentes. Sempre agiu para que as condições precárias observadas fossem combatidas.

Numa ocasião, dizem que Thomaz Alves e Barbosa de Barros acudiram urgentemente uma mulher negra que gemia com a dor do parto, no bairro da Ponte Preta. Em um casebre miserável, sem luz elétrica, contando apenas com a luz de um lampião, ambos os médicos trabalharam a noite toda até o amanhecer. A partir daí, os dois passaram a defender a proposta da construção de uma maternidade pública decente.


Thomaz Alves morreu no dia 23 de abril de 1920. Em 20 de dezembro do mesmo ano, a prefeitura campineira homenageou-o dando seu nome a uma rua na cidade de Campinas.




 
 
O busto de Thomaz Alves está presente na área externa e frontal da Maternidade de Campinas situada na Avenida Orosimbo Maia.




Fonte:

https://campinasnostalgica.wordpress.com/2014/06/15/thomaz-alves/

 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

domingo, 8 de março de 2015

GRANDES MULHERES DE CAMPINAS: Carolina Krug Florence






Caroline Mary Catherine Krug nasceu em Kassel, ao sul Alemanha, em 21 de março de 1828. Era filha de João Henrique Krug e Elizabeth Krug, e irmã de Jorge Krug. Em 1854, casou-se com Hércules Florence. O casal teve sete filhos.

Ela iniciou seus estudos aos seis anos em uma escola dirigida por três irmãs. Até os quatorze anos, frequentou também a Escola Ruppel e fez a primeira comunhão com essa idade.  Realizou seus estudos também na Suíça, sendo aluna de um professor que foi discípulo de Pestalozzi. Filha de pais de classe média, valorizava os estudos e tinha por Ideal ser professora.

 

 
 
 
 
 
Carolina Florence e sua família emigraram para o Brasil em 1852. Antes da emigração, ela realizou seus estudos e exerceu o magistério em uma escola de moças em seu país. No Brasil, trouxe consigo, além dos estudos, a experiência de magistério em escola de moças e o ideal de criar uma escola similar no país.

Inicialmente, ela recebeu o apoio do irmão, o farmacêutico Jorge Krug, que já havia criado em Campinas a Escola Alemã e ajudado na fundação do Colégio Culto à Ciência, destinada aos filhos de imigrantes, e que já estava em funcionamento. Utilizando algumas dependências da escola do irmão, Carolina Florence deu início às funções do Colégio Florence em 3 de novembro 1863.

 
 

Em 1865, o Colégio Florence foi inaugurado no prédio desenhado por Hércules Florence, em local que hoje seria a Rua José Paulino, na época Rua das Flores, entre as Ruas Bernardino de Campos e Benjamim Constant.

 

O Colégio Florence foi um projeto educacional baseado em teorias de Pestalozzi. Idealizado para ser uma escola para moças da cidade ou das fazendas da região, oferecia uma educação refinada, uma saber para a vida com perspectivas culturais e profissionais. O ideal que trazia de sua formação europeia, Carolina organizou e transmitiu às moças que procuravam seu colégio em busca de novos conhecimentos.

 O colégio foi visitado pelo imperador Dom Pedro II em sua visita à Campinas em 1875 e 1886. Ele foi recebido com grandes eventos culturais e com a participação da população.

 

 
 



Durante a epidemia de febre amarela de 1889, em Campinas, Carolina Florence fechou as portas de seu colégio, e mandou as alunas de volta às famílias, evitando que crescesse o risco da doença que dizimou cerca de dois terços da população em um ano.

O Colégio Florence foi transferido para Jundiaí em virtude da demora na normalização de Campinas em relação à epidemia. Em suas novas instalações, o colégio funcionou nos moldes do idealizado até 1928, quando foi transformado em Escola Normal Livre. Carolina somente parou de trabalhar no colégio quando sentiu o peso da idade.






Em 1904, a educadora e viúva de Hércules Florence esteve em Campinas pela última vez, acompanhada dos filhos, prestigiando a sessão solene realizada pelo Centro de Ciências, Letras e Artes, em homenagem ao centenário do nascimento de Hércules Florence.

Em 1907, ela retornou a Europa para tratar de sua saúde. Em 1913, aos 85 anos de idade, Carolina Krug Florence faleceu em Florença, na Itália, onde estava residindo com sua filha, Augusta, casada com Georgetti, músico e ex-professor do Colégio Florence. Foi sepultada no cemitério protestante Agli Alloni daquela bela cidade, na famosa Toscana Italiana.

A municipalidade de Campinas homenageou-a dando seu nome a uma rua da cidade.

 

Fontes:



 

domingo, 1 de março de 2015