Caroline Mary Catherine Krug nasceu em Kassel, ao sul
Alemanha, em 21 de março de 1828. Era filha de João Henrique Krug e Elizabeth
Krug, e irmã de Jorge Krug. Em 1854, casou-se com Hércules Florence. O casal
teve sete filhos.
Ela iniciou seus estudos aos seis anos em uma escola dirigida por
três irmãs. Até os quatorze anos, frequentou também a Escola Ruppel e fez a
primeira comunhão com essa idade.
Realizou seus estudos também na Suíça, sendo aluna de um professor que
foi discípulo de Pestalozzi. Filha de pais de classe média, valorizava os
estudos e tinha por Ideal ser professora.
Carolina Florence e sua família emigraram para o Brasil
em 1852. Antes da emigração, ela realizou seus estudos e exerceu o magistério
em uma escola de moças em seu país. No Brasil, trouxe consigo, além dos
estudos, a experiência de magistério em escola de moças e o ideal de criar uma
escola similar no país.
Inicialmente, ela recebeu o apoio do irmão, o
farmacêutico Jorge Krug, que já havia criado em Campinas a Escola Alemã e
ajudado na fundação do Colégio Culto à Ciência, destinada aos filhos de
imigrantes, e que já estava em funcionamento. Utilizando algumas dependências
da escola do irmão, Carolina Florence deu início às funções do Colégio Florence
em 3 de novembro 1863.
Em 1865, o Colégio Florence foi inaugurado no prédio
desenhado por Hércules Florence, em local que hoje seria a Rua José Paulino, na
época Rua das Flores, entre as Ruas Bernardino de Campos e Benjamim Constant.
O Colégio Florence foi um projeto educacional baseado em
teorias de Pestalozzi. Idealizado para ser uma escola para moças da cidade ou
das fazendas da região, oferecia uma educação refinada, uma saber para a vida
com perspectivas culturais e profissionais. O ideal que trazia de sua formação
europeia, Carolina organizou e transmitiu às moças que procuravam seu colégio
em busca de novos conhecimentos.
Durante a epidemia de febre amarela de 1889, em Campinas, Carolina Florence fechou as portas de seu colégio, e mandou as alunas de volta às famílias, evitando que crescesse o risco da doença que dizimou cerca de dois terços da população em um ano.
O Colégio Florence foi transferido para Jundiaí em
virtude da demora na normalização de Campinas em relação à epidemia. Em suas
novas instalações, o colégio funcionou nos moldes do idealizado até 1928,
quando foi transformado em Escola Normal Livre. Carolina somente parou de
trabalhar no colégio quando sentiu o peso da idade.
Em 1904, a educadora e viúva de Hércules Florence esteve em Campinas pela última vez, acompanhada dos filhos, prestigiando a sessão solene realizada pelo Centro de Ciências, Letras e Artes, em homenagem ao centenário do nascimento de Hércules Florence.
Em 1907, ela retornou a Europa para tratar de sua saúde.
Em 1913, aos 85 anos de idade, Carolina Krug Florence faleceu em Florença, na
Itália, onde estava residindo com sua filha, Augusta, casada com Georgetti,
músico e ex-professor do Colégio Florence. Foi sepultada no cemitério
protestante Agli Alloni daquela bela cidade, na famosa Toscana Italiana.
A municipalidade de Campinas homenageou-a dando seu nome
a uma rua da cidade.
Fontes:
Parabéns pelo blog, é mesmo uma iniciativa de valor relembrar homenageando assim figuras que fizeram a diferenca para nos campineiros. Atualmente temos carencia de pessoas eticas e de peso para nossa sociedade.
ResponderExcluirObrigado Maria por prestigiar o blog e, principalmente, os valores históricos de nossa cidade.
ResponderExcluirVinda de São Paulo, moro desde 2014 na RMC e seu blog tem me ajudado a conhecer um pouco da história dessa cidade que me acolheu tão bem. Obrigada!
ResponderExcluirObrigado. Riqueza de detalhes.
ResponderExcluirQue vida útil!
ResponderExcluirO problema do Brasil é a não valorização de sua história. Que pena que deixaram isso acontecer!
ResponderExcluirObrigada por está linda informação.
ResponderExcluirParabéns pelo blog e pelas matérias que contam a história de Campinas através de pessoas que tiveram atuação relevante na cidade, enriquecendo sua população com sua cultura! Só pata registrar morei na Rua Carolina Florença!
ResponderExcluirParabéns pelo blog e pelas matérias sobre pessoas que com sua cultura e integridade enriqueceram nossa história!
ResponderExcluir