domingo, 10 de fevereiro de 2013

A VERDADEIRA FELICIDADE



Depois que começou um curso na escola SENAI do Jardim São Bernardo, passava todos os dias pelo Terminal Central, e na galeria onde diversos comércios funcionavam, nunca deixava de desacelerar o passo para admirar sua musa, que com suas duas irmãs trabalhava em uma barraca de verduras.
Toda tarde repetia aquilo que lhe era um compromisso: apreciar apaixonadamente aquela desconhecida, tão bela quanto às irmãs, porém a preferida, e que, na sua convicção, não era mulher para tanta luta, mas sim, digna de conhecer a verdadeira felicidade.Apaixonado, passou a se ocupar cada vez mais em seus estudos e trabalhos, a apressar seus passos, a buscar de qualquer forma sua ascensão, e a possibilidade de se apresentar como gostaria àquela humilde vendedora.Um dia, enfim, pôde aproximar-se dignamente daquela barraca, bem vestido e seguro de si. Pôs-se diante daquelas lindas irmãs preparado para começar sua conquista, após tanto se ocupar. Achando estranha a ausência de sua musa perguntou sobre ela. E ficou sabendo que havia se casado com um entregador de verduras que trabalhava na barraca ao lado, e que apesar de pobre, ela era muito feliz.



Crônicas de Campinas

Alexandre Campanhola

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