domingo, 25 de outubro de 2015

NAQUELE JARDIM








Lembro-me bem daquela mocidade, cujo perfume impregnou-me de tal forma que ainda sinto-me o mais cheiroso dos homens, quando paro defronte Ă quele saudoso jardim. Foi lĂĄ, no inesquecĂ­vel colĂ©gio “Culto Ă  CiĂȘncia”, que escrevi meus primeiros versos de amor, animado pela inspiração que somente os lugares mais sagrados podem trazer Ă  nossa alma. Foi lĂĄ que vivi intensas paixĂ”es, foi lĂĄ que deixei minha alma sonhadora, a qual quando paro defronte ao saudoso jardim fico feliz em encontrar. Como era maravilhoso ser o poeta! NĂŁo o craque do time de futebol, o melhor skatista, o mais lindo dos meninos, o mais popular... eu tinha minha particularidade e quem me admirava por escrever nas folhas de caderno aquilo que ocorria na realidade de minhas emoçÔes. Ainda me vejo a caminhar pelos pĂĄtios antigos, a adentrar as salas, a sentar-me em um banco qualquer para observar de longe naquele jardim a minha flor predileta, aquela que minha alma sonhadora ainda procura no “Culto Ă  CiĂȘncia”, para provar que os verdadeiros amores sĂŁo eternos.






CRÔNICAS DE CAMPINAS - Alexandre Campanhola

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