sábado, 21 de novembro de 2015

EXTRA, EXTRA! SURGE A IMPRENSA CAMPINEIRA - Parte 1



 
O AURORA CAMPINEIRA




Na madrugada do dia 3 de abril de 1858, ouve-se o som do ferro velho que mais tarde seria chamado de “Gemer dos Prelos”. Este som representa o início de uma nova aurora no território campineiro, que marca a história da imprensa da cidade de Campinas. No dia 4 de abril de 1858 começa a ser editado o primeiro jornal campineiro. Os irmãos João Teodoro e Francisco Teodoro de Siqueira e Silva, que compraram a oficina de tipografia de propriedade de Hércules Florence, adquirida pelo pioneiro da fotografia em 1832, são os responsáveis pelo surgimento do Aurora Campineira, com sede na Rua Pórtico, atual Rua Ferreira Penteado na esquina com a Rua Irmã Serafina.  

 

 


A ideia inicial do jornal é direcionada para a produção de informes publicitários do comércio local. Com o crescimento, também da população da cidade, passa também a ser produzido o jornal informativo. Neste período vivem em Campinas entre sete a nove mil moradores.

O Aurora Campineira é um tablóide de quatro páginas, medindo 30 centímetros por 20 centímetros de largura, composição de duas colunas cheias e tipo em corpo 8. Em seu período de existência, ele conta com 120 assinantes e circula semanalmente, aos domingos.

 




O primeiro jornal de Campinas caracteriza-se por uma postura crítica e no combate as causas sociais. Nele são publicados assuntos referentes à autoridade municipal, às figuras de grande influência e poder no território campineiro, e à própria justiça. Esta é criticada por sua lentidão, nas publicações do Aurora. Devido a essas críticas, o jornal é tachado de “Papelucho infame” e “Pasquim” pelo promotor público desse período.

João Teodoro costuma criticar os políticos desonestos em artigos do jornal e sofre, por isso, muitas perseguições, além de responder a inúmeros processos.

 
O Aurora Campineira para de circular em 1860, quando é convertido em órgão oficial do Partido Conservador, no dia 10 de janeiro de 1860. A partir deste instante passa a se chamar O Conservador, também pertencente aos irmãos Teodoro.


 



O jornal O Conservador é dirigido por Francisco Antônio de Araújo. Sua duração é curta, de apenas seis meses, e seu conteúdo obviamente defende os interesses do Partido Conservador. Após o encerramento das atividades do jornal, Campinas fica nove anos sem um jornal próprio da cidade.

 

 


Fontes:

 






http://www.emdec.com.br/hotsites/nossa_cidade/ferreira_penteado.html

 


ALEXANDRE CAMPANHOLA

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