domingo, 15 de março de 2015

O BUSTO DO DOUTOR THOMAZ ALVES





Thomaz Augusto de Mello Alves nasceu no dia 24 de dezembro de 1856, no Rio de Janeiro. Ele cursou e concluiu a Faculdade de Medicina no Rio de Janeiro e aos 26 anos de idade veio para Campinas, onde se estabeleceu e se casou com a Sra. Etelvina de Moraes Salles, de respeitável e tradicional família campineira. Em 1886, ele foi admitido como médico do hospital Beneficência Portuguesa.

Sempre foi considerado um médico de extrema bondade, caritativo, um amigo dedicado, o que lhe proporcionou no território campineiro um ambiente de franca estima. Aqui ele conquistou as verdadeiras e espontâneas simpatias.

Seu consultório médico era localizado na Rua do Comércio, atual Dr. Quirino. Nesta rua também existia o escritório da redação da antiga Gazeta de Campinas. Suas visitas à imprensa local eram constantes, onde se reunia com intelectuais como Ferreira de Araújo, Arthur Azevedo, Fontoura Xavier, entre outros. Ele era estimado pelo pessoal daquele jornal.

Trabalhando também naquela redação, Thomaz Alves assinava com o pseudônimo de Hopp Frog, e seus escritos sempre foram lidos com o maior interesse e aplaudidos.

Ilustre médico e distinto literário, ele conviveu com personalidades como Campos Sales, Francisco Glicério, Quirino dos Santos, estabelecendo palestras em que se desabrochavam verdes esperanças e rubro entusiasmo pela propaganda da ideia nova, que pretendia trazer o bem geral ao país.


Ao deixar o jornalismo, ele passou a se dedicar exclusivamente à Medicina e construiu uma história linda nesta atividade. Durante a epidemia de febre amarela de 1889, teve o dedo indicador inutilizado devido a uma infecção contraída quando cuidava de um doente. Sua atuação neste período demonstrou claramente sua alma generosa.

Exerceu o mandato de vereador da Câmara Municipal de Campinas no período de 1889 a 1891.

A Maternidade de Campinas foi fruto de seus ingentes e louvados esforços. Ele também contribui de forma elogiável e com bons serviços à Santa Casa da Misericórdia e à Companhia C. de Águas e esgotos. Foi presidente do Centro de Ciências, Letras e Artes, prestando valiosos concursos e exercendo dedicadamente este cargo.

Em 1918, sua atuação constante no tratamento dos enfermos afetados por uma epidemia de gripe, que ceifou inúmeras vidas, foi admirável. Ele visitou diversos prontos-socorros e correu as ruas em prol dos doentes. Sempre agiu para que as condições precárias observadas fossem combatidas.

Numa ocasião, dizem que Thomaz Alves e Barbosa de Barros acudiram urgentemente uma mulher negra que gemia com a dor do parto, no bairro da Ponte Preta. Em um casebre miserável, sem luz elétrica, contando apenas com a luz de um lampião, ambos os médicos trabalharam a noite toda até o amanhecer. A partir daí, os dois passaram a defender a proposta da construção de uma maternidade pública decente.


Thomaz Alves morreu no dia 23 de abril de 1920. Em 20 de dezembro do mesmo ano, a prefeitura campineira homenageou-o dando seu nome a uma rua na cidade de Campinas.




 
 
O busto de Thomaz Alves está presente na área externa e frontal da Maternidade de Campinas situada na Avenida Orosimbo Maia.




Fonte:

https://campinasnostalgica.wordpress.com/2014/06/15/thomaz-alves/

 
ALEXANDRE CAMPANHOLA

Um comentário:

  1. Passei aqui para conhecer mais sobre o seu blog, Alexandre !!! Gostei muito de conhecer mais sobre a vida dos Grandes homens que fizeram história na nossa cidade - Campinas!!! Parabéns!!!

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