Álvaro
Ribeiro nasceu em Campinas, no dia 17 de fevereiro de 1876. Era filho de
Antônio Joaquim Ribeiro e Maria Augusta, casado com Hermínia de Godoy Ribeiro, pai de duas filhas e um filho. Foi jornalista, educador e político em
Campinas.
Por
sete legislaturas consecutivas foi vereador de Campinas e líder da oposição ao
governo do presidente Arthur Bernardes. Durante a revolta de 1924, Álvaro
Ribeiro aceitou assumir a prefeitura de Campinas, por sugestão do coronel
Mesquita, autoridade militar de Jundiaí. Na época, correu-se a notícia que o
prefeito de Campinas Miguel Penteado havia deixado a cidade em virtude da
revolta, que tinha grande fôlego no território campineiro.
Álvaro
Ribeiro tomou diversas medidas para ajudar a população carente de Campinas,
sobretudo na área da saúde. Com a volta
do prefeito Miguel Penteado e a contenção da revolta, a Justiça Federal
processou Álvaro Ribeiro que foi deposto do cargo assumido. Para não ser preso,
o jornalista partiu para exílio em Portugal.
Álvaro
Ribeiro escreveu o livro “Falsa Democracia”, denunciando o clientelismo
político no Brasil, nos três anos que passou exilado em Portugal.
Em
julho de 1927, Álvaro Ribeiro voltou ao Brasil reeleito vereador de Campinas
por aclamação popular, ainda quando estava no exílio, numa situação inédita no
país. Reassumiu o comando do Colégio Ateneu Paulista e acelerou as obras do “Hospital
para Crianças Pobres”, que por muito tempo levou seu nome.
Álvaro
Ribeiro fundou o jornal “Diário do Povo”, em 1912, e o jornal “Correio
Popular”, em 1927.
Dirigiu
os colégios Cesário Motta e o Ateneu Paulista.
Também auxiliou na fundação dos jornais “Cidade de Campinas” e
“Commércio de Campinas”.
O
jornal “Correio Popular” foi lançado à publicidade por Álvaro Ribeiro em 4 de
setembro de 1927.
Fez
do jornal “Diário do Povo” o jornal de maior circulação dos editados no
interior do Estado de São Paulo. Usou sua influência na imprensa para verberar
os excessos de autoridades e abusos administrativos, para defender as causas
que lhe pareciam justas, estimular as iniciativas úteis e a caridade, proteger
os fracos, socorrer os infelizes e enfermos, etc. Em maio de 1924, deixou o
jornal por profunda incompatibilidade com o sócio.
Foi notável
a contribuição de Álvaro Ribeiro à imprensa campineira, assim como à política,
à educação e à saúde da cidade. Ele foi considerado “O defensor do povo
campineiro”.
Foi
homenageado com um hospital que tinha o seu nome, na Rua São Carlos, Vila
industrial. Também teve com homenagem um busto que esteve presente durante
muito tempo no Largo do Pará. Outra homenagem é uma rua no bairro Ponte Preta
que tem o seu nome.
Álvaro
Ribeiro morreu no dia 13 de agosto de 1929, em Campinas.
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