domingo, 7 de junho de 2015

A MELHOR COXINHA - Crônica







Apenas comentei sobre a satisfação que senti certa manhã de sábado, quando comi uma coxinha em uma barraca presente na Avenida Orosimbo Maia, defronte à Rua Delfino Cintra, e uma amiga de trabalho que está grávida, curiosa para saber que sabor tanto me agradou, também foi lá satisfazer seu desejo, no mesmo local, e depois me contou. Disse que para ela o salgado era igual aos outros, nada de surpreendente, não tinha o sabor tão melhor que os outros a ponto de fazê-la também dedicar seus elogios. Pode ser que se tratava de uma coxinha similar a qualquer uma aquela que minha amiga foi experimentar, mas para mim era a melhor coxinha do mundo, a mais saborosa. Naquele dia, quando sai da Avenida Francisco Glicério, desci a Rua Delfino Cintra e ao atravessar a Avenida Orosimbo Maia parei naquela barraca e pedi uma coxinha. Sentado no banco de fregueses, saboreei o salgado admirando o lindo céu azul de Campinas, a luz doirada do sol poisando sobre os edifícios. Observava o movimento dos carros na Avenida e a longe a querida Maternidade onde nasci, onde um dia minha luz brilhou pela primeira vez no território campineiro. Comendo aquela coxinha, não me cansava de admirar nossos ilustres moradores campineiros seguindo suas direções naquela manhã, seguindo seus destinos na cidade tão carinhosa com seus filhos naturais e adotivos. E era um sabor maravilhoso em minha boca, em meus sentidos, quando saciava minha necessidade de parar por um instante nesta vida acelerada para observar as belezas do Botafogo, do centro campineiro, da paisagem encantadora esculpida pela modernidade ou exibida pelos históricos vestígios de uma glória eterna. Confesso que nunca comi uma coxinha tão saborosa naquela manhã de sábado e continuo a recomendar, desde que a satisfação de comê-la seja acompanhada pela satisfação de viver em Campinas.




ALEXANDRE CAMPANHOLA
 

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