Desabamento deixa 40 mortos e mais de 400 feridos
Domingo, 16 de setembro
de 1951. Uma tragédia ocorre no Cine Rink, localizado na esquina da Rua Barão
de Jaguara com a Rua Conceição. Às quinze horas e dezoito minutos, quando ocorre a matinê dupla em que são
exibidos os filmes “Os Salteadores” e “Amar foi minha ruina”, uma das vigas que
sustenta o meio do telhado da sala de cinema se desprende e cai sobre o estuque,
um forro feito com cimento e tela. O peso é tanto que o estuque não é capaz de
suportá-lo, o que desencadeia a queda de uma avalanche de madeiras, pregos e telhas sobre
centenas de pessoas, atingindo, sobretudo, quem está se sentado nas fileiras do
meio. Como uma lâmina afiada, as madeiras que caem causam inúmeros ferimentos
nas pessoas atingidas, desfigurando rostos, arrancando peles, cortando tudo o
que está em seu caminho. As vítimas são colocadas na calçada, em frente ao
cinema. Algumas são levadas à Farmácia São Luís, perto do local. Muitos
taxistas se solidarizam e levam os feridos até os hospitais próximos, enquanto as
ambulâncias chegam. É pedido auxílio os médicos presentes no estádio Moisés
Lucarelli, onde jogam Ponte Preta e XV de Piracicaba. O resultado da tragédia:
25 pessoas morrem, dentre as quais, muitas crianças. São eles: Adir Eglesias
Duran, Agenor Arantes, Aguinaldo Xavier de Souza Filho, Alaor Pereira Campos,
Ana Alves dos Reis, Antonio Benedito Rocha, Antonio Arruda Ribas, Augusto Cesar
Massaini, Benedito Wilson Franco, Carlos Rudge Ramos, Carlos Ferraz Lacerda,
Carlos Baltazar Filho, Consuelo Moreno, Cid Morais Júnior, Flora Castione
Oliva, Hiroshi Nishimura, Izaura Alves, Myrce Campos Graça, Olga Tereza Finelli
Monteiro, Roberto da Silva Ferreira, Salete Lopes de Moraes, Tereza Martins
Moreno, Terezinha Maria Nogueira e Waldemar Cazassa. Um nome não consta nesta
lista. Posteriormente morrem mais 15 pessoas. Também são contados mais de 400
feridos. Inaugurado em 1878, o Rink começou na verdade suas atividades de 1878, quando era um local de
lazer com um rinque de patinação, passatempo preferido da elite da época.
Depois, o prédio serviu para apresentações de circo, bailes e teatro, até se
transformar em uma sala de cinema com capacidade para 1200 pessoas.
Fontes:
http://www.campinasdeantigamente.com.br/2014/08/cine-rink.html
http://www.alexnucci.com.br/blog/?p=985
ALEXANDRE CAMPANHOLA
Meu pai e minha mãe estavam no cinema Rink quando desabou. Não se feriram.
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