domingo, 22 de janeiro de 2017

REPORTANDO: Tragédia no Cine Rink



Desabamento deixa 40 mortos e mais de 400 feridos



Domingo, 16 de setembro de 1951. Uma tragédia ocorre no Cine Rink, localizado na esquina da Rua Barão de Jaguara com a Rua Conceição. Às quinze horas e dezoito minutos, quando ocorre a matinê dupla em que são exibidos os filmes “Os Salteadores” e “Amar foi minha ruina”, uma das vigas que sustenta o meio do telhado da sala de cinema se desprende e cai sobre o estuque, um forro feito com cimento e tela. O peso é tanto que o estuque não é capaz de suportá-lo, o que desencadeia a queda de uma avalanche de madeiras, pregos e telhas sobre centenas de pessoas, atingindo, sobretudo, quem está se sentado nas fileiras do meio. Como uma lâmina afiada, as madeiras que caem causam inúmeros ferimentos nas pessoas atingidas, desfigurando rostos, arrancando peles, cortando tudo o que está em seu caminho. As vítimas são colocadas na calçada, em frente ao cinema. Algumas são levadas à Farmácia São Luís, perto do local. Muitos taxistas se solidarizam e levam os feridos até os hospitais próximos, enquanto as ambulâncias chegam. É pedido auxílio os médicos presentes no estádio Moisés Lucarelli, onde jogam Ponte Preta e XV de Piracicaba. O resultado da tragédia: 25 pessoas morrem, dentre as quais, muitas crianças. São eles: Adir Eglesias Duran, Agenor Arantes, Aguinaldo Xavier de Souza Filho, Alaor Pereira Campos, Ana Alves dos Reis, Antonio Benedito Rocha, Antonio Arruda Ribas, Augusto Cesar Massaini, Benedito Wilson Franco, Carlos Rudge Ramos, Carlos Ferraz Lacerda, Carlos Baltazar Filho, Consuelo Moreno, Cid Morais Júnior, Flora Castione Oliva, Hiroshi Nishimura, Izaura Alves, Myrce Campos Graça, Olga Tereza Finelli Monteiro, Roberto da Silva Ferreira, Salete Lopes de Moraes, Tereza Martins Moreno, Terezinha Maria Nogueira e Waldemar Cazassa. Um nome não consta nesta lista. Posteriormente morrem mais 15 pessoas. Também são contados mais de 400 feridos. Inaugurado em 1878, o Rink começou na verdade suas atividades de 1878, quando era um local de lazer com um rinque de patinação, passatempo preferido da elite da época. Depois, o prédio serviu para apresentações de circo, bailes e teatro, até se transformar em uma sala de cinema com capacidade para 1200 pessoas.






Fontes:

http://www.campinasdeantigamente.com.br/2014/08/cine-rink.html

http://www.alexnucci.com.br/blog/?p=985



ALEXANDRE CAMPANHOLA

Um comentário:

  1. Meu pai e minha mãe estavam no cinema Rink quando desabou. Não se feriram.

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