CRONOLOGIA DA MOGIANA APÓS 1880
Em
25 de abril de 1880, uma lei provincial concede à Companhia Mogiana o
privilégio para a construção de uma estrada de ferro ligando Casa Branca a São
Simão e a Vila do entre Rios, que um dia será conhecida como Ribeirão Preto. O
impacto da chegada da Mogiana em Ribeirão Preto é imediato. São gerados muitos
empregos, especializações do capital humano, crescimento dos setores de varejo
e comércio.
A
epidemia de febre amarela de 1889, em Campinas, obriga os dirigentes da
Companhia Mogiana a transferirem provisoriamente seus escritórios para a cidade
de Mogi-Mirim, uma solicitação feita pelos próprios empregados.
No
dia 01 de março de 1893, a Companhia Mogiana constrói uma estação no bairro
Guanabara com a finalidade de desafogar a estação de partida original, que
também é utilizada pela Companhia Paulista. O pátio da estação possui 13 linhas
e apresenta um intenso movimento.
Em
1896, o Doutor Francisco de Sales
Oliveira Júnior aceita a solicitação de vários amigos, e passa a presidir a
diretoria da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro.
IMAGEM: Doutor Francisco de Sales Oliveira
No dia 02 de dezembro de 1897 é inaugurado o monumento Companhia Mogiana de Estradas de Ferro feito por Rafael de Rosa e fundido na Fundição Faber, no bairro do Bonfim. Rafael é quem prepara as formas e executa o trabalho de fundição.
No
ano de 1908, ocorre a construção da primeira locomotiva pela Companhia Mogiana.
Dois anos mais tarde, José Paulino
Nogueira assume a presidência da companhia. Neste ano, a Mogiana consegue
um empréstimo no exterior para modernização de seus serviços, substituindo
material rodante e fixo. José Paulino exercerá o cargo até o dia 10 de novembro
de 1915, ano de sua morte.
Em
1921, é inaugurado o último trecho das linhas da Mogiana; seus trilhos chegam à
cidade de Passos, em Minas Gerais.
Já
no ano de 1936, a Mogiana inicia o transporte de rodoviários (caminhões e vãs)
através da “Companhia Mogiana de Transportes”, mais tarde transformada em
“Rodoviário da Companhia Mogiana”

Em
1952, as locomotivas a vapor deixam de operar e entra em tráfego as primeiras
locomotivas diesel-elétricas GE-Cooper Bessemer.
Neste
ano após atravessar uma crise financeira que interrompeu a sucessão de seus
anos áureos, a posse da Companhia Mogiana passa ao Governo do estado de São
Paulo, através do decreto n˚1958, que repassava dois terços da companhia. São
pagos aos acionistas cedentes apólices da dívida pública estadual, chamadas
“Apólices Mogiana”. A companhia perde sua identidade com sucessivas unificações
e encerra sua atuação, quando ocorre o declínio da atividade ferroviária no
Brasil.
Até
novembro de 1971, quando a Companhia Mogiana de Estradas de Ferro é incorporada
a FEPASA – Ferrovia Paulista S.A, os olhares que a buscam no passado, enxergam
uma história de esplendor e bem-sucedida expansão.
Desde sua fundação, possibilitada pelo
interesse econômico dos grandes cafeicultores, até a construção de seus últimos
trilhos, sua existência trouxe modernidade e crescimento financeiro aos
territórios que ela percorreu, sobretudo Campinas, que teve a honra de receber
o imperador brasileiro por sua causa, de desenvolver importantes indústrias
vinculadas à atividade ferroviária, de projetar grandes nomes, como Ramos de Azevedo, que participou de sua
criação. Campinas tornou-se uma das cidades mais importantes do Brasil. Ainda
hoje, neste futuro que vivemos, ainda vemos espalhadas pela cidade campineira
os vestígios desta grande companhia; restos históricos de uma gloriosa
iniciativa de homens sonhadores, que alcançaram seus objetivos.

FONTES:
http://portal.rac.com.br/blog/39078/43/rogerio-verzignasse/jose-paulino-comecou-a-trabalhar-cedo










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