segunda-feira, 18 de março de 2013

O BUSTO DE JÚLIO DE MESQUITA, EM CAMPINAS





Júlio César Ferreira de Mesquita, nasceu em Campinas, em 18 de Agosto de 1862, filho de pais portugueses. Há um mistério sobre seu batizado, pois embora consta que teria ocorrido em Campinas, existem versões que alegam que Júlio de Mesquita teria sido batizado em Santa Bárbara um ano antes. Este batismo, segundo pesquisadores, teria sido forjado para que ele pudesse entrar na Faculdade de Direito antes da idade requerida, mas existe uma outra hipótese: os Mesquitas seriam de origem israelita, ou cristãos novos, e o batismo em outra cidade seria uma forma de não encontar resistência social na cidade onde viviam.

Júlio de Mesquita foi aos três anos de idade com os pais a Portugal para fazer os primeiros estudos. Ao regressar, estudou em Campinas , nos colégios "Caldeira Morton" e "Culto à Ciência". Estreou nas letras com o conto " Um lindo Natal", publicado no " Almanaque popular" de Campinas, em 1877.
 
 
Foi apoiado por sua família nos estudos e formou-se pela escola do Largo de São Francisco de Direito, em 1883.
Foi casado com Lucila de Cerquiera César, filha do senador José Alves de Cerqueira César e Maria do Carmo Salles, irmã de Campos Salles e tetraneta de Barreto Leme, fundador de Campinas. O casal teve doze filhos.

Deixou a carreira de advogado, onde trabalhou no escritório do Dr. Francisco Quirino dos Santos, pela intensa paixão que tinha pelo jornalismo e pela política. Tornou-se vereador de Campinas, secretário do primeiro governo provisório republicano de São Paulo, deputado à Constituinte paulista, senador estadual e deputado federal, fazendo parte da Comissão de Justiça da Câmara. Em 1909, foi elevado ao posto de Líder da Maioria.

No jornalismo, Júlio de Mesquita gerenciou o jornal A Provincia, fundado por adeptos do Partido Republicano. Nas mãos de Mesquita o jornal ganhou importância nacional. Em 1891, Júlio de Mesquita assumiu a direção de " O Estado de São Paulo", dando início a dinastia que hoje controla o jornal e também a empresa. Quando rompeu relações com Campos Salles, em 1927, o jornal perdeu acionistas, e Júlio investiu na compra de suas ações, e pôde posteriormente orgulhar-se por ter um jornal livre, sem qualquer vínculo partidário. Nas páginas de seu jornal, apresentou suas ideias referente à política, sua postura a favor do voto livre e da democracia. Foi amigo e seguidor das ideias de Ruy Barbosa e editor da série de reportagens de Euclides da Cunha. Em 1924, durante a revolução, foi preso e a circulação do jornal suspensa.

Conquistou o título de " Príncipe dos Jornalistas Brasileiros".





No dia 15 de Março de 1927, em São Paulo, Júlio de Mesquita morreu aos 65 anos de idade devido a problemas pulmonares. Ele está enterrado no Cemitério da Consolação em São Paulo.













O busto de Júlio de Mesquita está presente na Praça Imprensa Fluminense, no Centro de Convivência, no bairro do Cambuí.





















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