quinta-feira, 21 de abril de 2016

RUA JOSÉ DE ALENCAR: Quem foi José de Alencar?




 
José Martiniano de Alencar nasceu em Mecejana, no Ceará, no dia 01 de maio de 1829. Era filho ilegítimo do padre e senador José Martiniano Pereira de Alencar e de dona Josefina de Alencar, prima de seu pai. Foi casado com Georgiana Augusta Cochrane, com a qual teve o filho Augusto Cochrane  de Alencar.

Cursou a Faculdade de Direito de São Paulo, iniciando os estudos em 1846 e formando-se em 1850. Durante os anos de estudos fundou a revista Ensaios Literários, onde publicou o artigo “Questões de estilo”. Após a formação voltou ao Rio de Janeiro, onde vivera durante o mandato do pai no senado, para trabalhar em um escritório de advocacia, profissão que jamais abandonou.

 
 
Iniciou suas atividades literárias no Correio Mercantil e no Diário do Rio de Janeiro. Em 1854, teve sua estreia como folhetinista no Correio Mercantil e, em 1856, publicou seu primeiro romance “Cinco Minutos”, seguido de “A Viuvinha”, em 1857. Estes romances foram publicados em jornais e só depois em livros.

José de Alencar travou uma célebre polêmica com o imperador Dom Pedro II, da qual resultaram as Cartas Políticas a Erasmo, em que critica a corrupção e a decadência do império. Nessa polêmica, o escritor expôs o que considerava como o assunto mais importante de uma verdadeira literatura brasileira: o indianismo, que seria tema de alguns de seus mais conhecidos romances.

Em 1859, tornou-se chefe da Secretaria do Ministério da Justiça, sendo depois consultor do mesmo. Em 1860, ingressou na política, como deputado estadual no Ceará, sempre militando pelo Partido Conservador. Em 1868 tornou-se Ministro da Justiça, ocupando o cargo até janeiro de 1870.

 
 

Produziu importantes romances da Literatura Brasileira como Lucíola (1862), Senhora (1875), O tronco do ipê (1871), O Sertanejo (1875), As minas de prata (1865), Iracema (1865), Ubirajara (1874).

 Escreveu também para o teatro. As asas de um anjo foi uma peça produzida em 1860, em uma época em que José de Alencar já era bastante conhecido. A peça foi censurada três dias após sua estreia, acusada de ser imoral, porque tratava da história de uma prostituta.




 
 
Sofreu de tuberculose durante 30 anos. Em 1876 fez uma viagem à Europa buscando tratamento para sua saúde precária. De volta ao Brasil, morreu no Rio de Janeiro em 12 de dezembro de 1877, sem terminar o romance Exhomem, em que pretendia analisar o celibato clerical.






José de Alencar escreveu em 1857 o romance O Guarani, uma obra de assunto indianista que inspirou o grande maestro campineiro Carlos Gomes a compor sua famosa ópera O Guarani, que teve esplêndida repercussão internacional.

 
 
 
A Rua José de Alencar era conhecida no passado como Rua do Theatro. Ela tem seu início nas proximidades da Avenida Prefeito José Nicolau Ludgero Maseli  e estende-se até a Rua Doutor Costa Aguiar. É uma rua com muitos traços do passado, constituída de paralelepípedos em seu solo e casas de estrutura antiga.

 
 
 
 
 
Fontes:


Língua e Literatura – Faraco &Moura,  editora ática, 1998


ALEXANDRE CAMPANHOLA

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