A
Avenida Aquidaban é uma das principais avenidas do centro de Campinas. Ela tem
seu início no limite da Rua José de Alencar e estende-se até a região do Bosque
dos Jequitibás. É uma avenida com dois sentidos, extensa, caracterizada pela
presença de inúmeros edifícios e estabelecimentos comerciais, pela grande
movimentação de veículos e por envolver outra via de grande movimentação, a Via
Expressa Waldemar Paschoal.
Mas,
nem sempre a Avenida Aquidaban teve esta
grandiosidade e importância. Sua história começou a ser traçada após o final da
Guerra do Paraguai, no século XIX, um conflito que durou seis anos, quando a
tríplice aliança formada por Brasil, Argentina e Uruguai travaram uma guerra
sangrenta contra as forças paraguaias do ditador Francisco Solano Lopes. O
Paraguai era uma potência econômica e política naquela época. A guerra teve
como motivo uma tentativa de contenção e enfrentamento dos paraguaios, que
naquele momento desejavam fazer predominar sua supremacia e emancipação
econômica. A guerra terminou em 1870, com a morte de Solano Lopes.
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A
última batalha entre os guerrilheiros no final da guerra, em 1870, ocorreu no
Rio Aquidabã, localizado entre a cidade de Concepción, no Paraguai e o Estado
do Mato Grosso. A palavra Aquidabã é de origem tupi-guarani e significa “entre
rios, terras férteis e aguadas”.
Havia
em Campinas uma pequena via próxima ao Lago do Tanquinho, no centro, que não
tinha denominação. Prestando uma homenagem ao fim da Guerra do Paraguai, os
vereadores campineiros determinaram que aquele pequena via se chamaria Rua
Aquidaban, e teria o nome do rua onde ocorreu o último conflito da Guerra do Paraguai .
No
princípio, a Rua Aquidaban era uma via estreita sem calçamento e pouco extensa.
Com a chegada da ferrovia em Campinas e com a influência da Estação
Ferroviária, a via cresceu no sentido do Bosque dos Jequitibás, sobretudo a
partir de 1893, após a Epidemia de Febre Amarela.
Até
1970, a Rua Aquidaban era considerada uma via sem importância. Seus limites
estavam entre o muro da Companhia Paulista de Estradas de Ferro e o Bosque.
Porém, neste período houve um Plano de Remodelação da cidade, que previa
transformar a Rua Aquidaban em uma grande avenida. Além do duplo sentido de
circulação, em seu interior seria criada uma via expressa, denominada Via
Expressa Waldemar Paschoal, destinada à circulação e fluxos dos veículos. Este
Plano de Remodelação passou por uma alteração, em virtude de um movimento
ecológico que temia impactos negativos sobre a mata do bosque. Por causa do alargamento da via, houve muitas desapropriações de imóveis para os quais foram pagos preços irrisórios. Surgiram muitas reclamações, posteriormente, porque a via era pouco utilizada por razão do baixo tráfego de veículos naquela época, mas isso mudaria nas décadas seguintes.
Em
1975, terminaram as obras da nova avenida e a partir desta data, a Via Expressa
Waldemar Paschoal passou a ter grande importância no cenário urbano da cidade.
Inúmeros
estabelecimentos comerciais e hotéis reconhecidos mundialmente instalaram-se em
toda a extensão da Avenida Aquidaban. A avenida também se tornou importante por
ligar a região central da cidade ao bairro Cambuí, e a região próxima ao Bosque
dos Jequitibás e o Complexo Viário Joá Penteado. Em 2011, foi inaugurada uma ciclofaixa
de lazer denominada Ciclofaixa Campinas – Cidadania em Movimento nesta avenida
campineira tão conhecida.
Meus
cumprimentos ao trabalho de disponibilidade de informação à WEB feita por meu amigo Wagner Paulo dos Santos.
E ao amigo Moisés H G Cunha pela contribuição com informações importantes.
Fontes:
Nessa rua, na esquina com a Francisco Glicério, que era também mais estreita, havia um casarão que serviu de residência aos bispos de Campinas.Era uma casa muito linda,bem antiga.ficou por muitos anos desabitada e por fim demolida para o alargamento dessas ruas.Havia também junto ao gradeado do Jardim do Pará, um ponto de taxi com automóveis de luxo denominados taxi-nash, e ocupava a lateral da rua aquidabã entre a F.Glicério e B. de Jaguara.
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