segunda-feira, 16 de dezembro de 2024

POETA CAMPINEIRO PUBLICA SEU PRIMEIRO LIVRO DE POESIA!

🌟 Descubra um Universo de Emoções em Cada Verso! 🌟

Você já sentiu que as palavras certas podem transformar um dia comum em algo extraordinário? Meu primeiro livro de poesia acaba de ser lançado, e nele você encontrará a alma e o coração que moldaram cada linha, cada estrofe, cada rima.


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👑 O CONCURSO DE MISS CAMPINAS DOS ANOS DE 1970: RACHEL GORI

RACHEL GORI, a Miss Campinas de 1972 👏👏👏



O Concurso de Miss Campinas de 1972 foi promovido pela Associação dos Presidentes de Entidades Sociais e Esportivas de Campinas, presidida pelo Tenente-Coronel Rodolfo Pettená.

O evento foi patrocinado pelo Magazine Ducal e ocorreu no Golden Room do Círculo Militar. A organização do concurso contou com a dedicação do Coronel Rodolfo Pettená, de Cataldo Bove, Rinaldo Ciasca, da Miss Campinas de 1971 Lurdes Olmos, de Elisaba Aneli, do Sr. e da Sra. Anésio Carvalho, dentre outras pessoas.

A renda do evento foi a favor das entidades assistenciais: Lar Escola Jesus de Nazaré e os Movimento Assistencial Maria Rosa ( Sopa do Grameiro). 

O Concurso foi recorde de público e candidatas.

O início foi às 22 horas do dia 26 de maio, uma sexta-feira, e o encerramento ocorreu nas primeiras horas do sábado. 

Antes do início do Concurso, a loja Ducal apresentou sua coleção de inverno, em um desfile moderno que contou com os Imperiais do Samba do Rio de Janeiro, As Mulatas Diabólicas de Sargentelli, Os Versáteis e o cantor Ted Lee.

Após o show da Ducal, aos microfones, Cunha Mendes e Ted Lee trouxeram à passarela, vinda da capital, a Miss São Paulo Cosmopolita de 1971, Maria Isabel Siqueira Fará, que foi bastante aplaudida.

Em seguida, houve a apresentação das quinze aspirantes ao título, em traje de gala, destacando-se: Wanda Lúcia Gudellis, da Associação Campineira de Imprensa; Maria Cristina Pinheiro Lima e Zilda Alves, da Ponte Preta; Maria Isabel Oliveira, do Clube de Regatas; Léa Silvia Rodrigues, do Banco Bamerindus. E Rachel Gori



Algumas candidatas ficaram pelo caminho após o desfile individual, ainda em traje de noite. E o desfile em maiôs, todos pretos, foi decisivo para que os jurados escolhessem dentre as finalistas aquela que seria eleita a Miss Campinas de 1972.

O corpo de jurados era composto por: Dr. Orestes Quércia, Prefeito de Campinas e Presidente do Juri; Aldo Cardarelli, escultor; Hélio Fabri, Diretor da Sucursal de O Cruzeiro; Dr. Jorge Chaddi, Gerente Regional da Ducal.

A Sra. Azael Lobo Filho, Sra. Denize de Paola Godoy, esposa do Diretor-Presidente do Correio Popular; Carlos Guedes de Oliveira, da Rádio Educadora; Júlio Mariano, Cronista e Historiador; Vice-Almirante Octávio Ferraz Brochado de Almeida, Presidente do Conselho Deliberativo do Círculo Militar. 

O Dr. Edward Merlin Keppke, Cirurgião-Plástico, e sua esposa; Professora Hilda Martini de Barros, Coordenadora de Belas Artes da PUC; Dr. Agostinho T. Tavolaro, Delegado Regional da CIESP; Dr. Natal Galle, Presidente da Câmara Municipal; Tenete-Coronel Fausto Avelino Barreto Hening, Presidente da CEAB; 

A Dr. Maria de Lurdes Cardoso dos Santos, Diretora da Revista Nosso Cantinho; Tasso Gadzanis, da Franstur. E o Deputado Federal Francisco Amaral.

Após os desfiles coletivo e individual, as candidatas voltaram para os camarins, onde aguardaram a computação dos pontos. 

As finalistas eram as jovens: Angela Maria Martins e Aparecida Miquilin, da Academia de Artes Odete Mota Raia; Izildinha do Carmo Teixeira, do Guarani Futebol Clube; Janderli Márcia Galvão, do Clube de Regatas; Léa Silvia Rodrigues, do Banco Bamerindus; Lúcia Elena Nogueira Rocha, da Academia de Artes Odete Mota Raia; Maria Cristina Pinheiro Lima, da Ponte Preta; Maria de Lurdes Regis Paula, da Foto Estúdio Fuji; Maria Isabel de Oliveira, do Clube de Regatas; Maria Izilda Zabem, da Casa de Fábricas; Rachel Gori, do Diretório Acadêmico XVI de Abril; Wanda Lúcia Gudellis, da Associação Campineira de Imprensa. E Zilda Alves, da Ponte Preta.


As torcidas incentivavam as candidatas em todos os momentos.

Antes do anúncio do resultado final, Lurdes Bernal Fernandes Olmos surgiu na passarela para dizer seu adeus. Vestida em branco, com uma flor roxa na altura da cintura, Lurdes disse estar tão feliz quanto na noite de sua eleição. E aconselhou àquela que fosse aclamada Miss Campinas, ser antes de tudo, mulher!

Em seguida, os apresentadores Cunha Mendes e Ted começaram a chamar as candidatas pelos números, e a entregar um cartão prateado alusivo à participação. Até que sobraram três candidatas que não receberam a homenagem: Maria Cristina Pinheiro Lima, Rachel Gori e Wanda Lúcia Gudellis.



No dia 26 de maio de 1972, a representante do Diretório Acadêmico XVI de Abril, da Faculdade de Direito da PUC, Rachel Gori, foi eleita Miss Campinas. 


As medidas de Rachel Gori eram: 1,66m de altura; 0,89 de busto; 0,66 de cintura; 0,96 de quadris; 0,61 de coxas e 0,21 de tornozelo.


Em segundo lugar ficou a representante da Associação Campineira de Imprensa, Wanda Lúcia, que era apontada pela imprensa e pela maioria dos presentes como a favorita. Ela ganhou o título de Miss Sesquicentenário.

Na terceira colocação, a presença da raça negra, candidata da Ponte Preta, Maria Cristina Pinheiro de Lima. Ela ganhou o título de Miss Princesa d'Oeste.

Após vencer o Concurso de Miss Campinas de 1972, Rachel Gori participou do Miss São Paulo, promovido pelos Diários Associados.


Ela também representou com sua beleza e simpatia a cidade de Campinas em muitos eventos, e honrou grandiosamente seu título.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍 📸 Acervo da Biblioteca Municipal de Campinas "Ernesto Manuel Zink"


🔍 📸 Jornal Diário da Noite

🛒🎁 LOJAS DO PASSADO: Ceccato, O Maior

 O Ceccato S/A, Comércio de Utilidades Domésticas, teve seu início no dia 02 de maio de 1942.

Naquele ano, foi inaugurada uma pequena vidraçaria na Avenida Moraes Sales, no centro de Campinas. O fundador da vidraçaria foi Fiovarante Octávio Ceccato.




Em 1949, o Ceccato mudou-se para a Rua 13 de Maio, próximo ao antigo Teatro Municipal Carlos Gomes. O negócio havia se expandido para o ramo de utilidades domésticas, e já não era apenas uma vidraçaria.

Nesta nova fase, a loja convivia com as enormes filas que se formavam à sua frente. No ano de 1964, os fundadores Fiovarante, Oswaldo, Antônio e Romeu Ceccato começaram a transmitir a administração do negócio para os filhos, que desempenharam um bom papel.



Em 1969, o Ceccato começou a operar como atacadista oferecendo produtos para restaurantes e cozinhas industriais. Simultaneamente, construía uma nova sede.

Em 1974, a nova sede foi inaugurada na mesma rua 13 de maio, e tornou-se uma das lojas mais conhecidas do saudoso Convívio, aquele espaço de compras e lazer. Era uma loja de 2 mil metros de área construída dividida em três pisos. 

Em 1976, a presidência da loja foi assumida por Roberto Ceccato, que viu uma expansão nos anos seguintes, e uma necessidade de ampliar o espaço físico. As instalações da diretoria e do depósito central foram transferidas para a Rua São Carlos, em frente ao Hotel Castro Mendes, na Vila Industrial, em uma área de 2,8 mil metros. 



A loja Ceccato também abriu um escritório de vendas em São Paulo, no Rio de Janeiro, em Curitiba e em Ribeirão Preto. Passou a possuir uma frota de 13 veículos entre carros e caminhões, e empregava 160 pessoas. Tanto crescimento reforçava o lema da loja "Cecatto, o Maior".

Tornou-se inesquecível no Ceccato, o espaço todo especial reservado ao público infantil. Era o Salão da Criança instalado em uma área de 600 metros, onde se podia encontrar os mais variados brinquedos, do mais simples aos mais sofisticados. Era um salão permanente, um diferencial da loja.


A loja Ceccato não existem mais, mas certamente deixou como lembrança uma história de sucesso e dedicação ao público consumidor, em especial às crianças, que tiveram da loja uma atenção muito especial.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍📸Acervo Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink 


📸Foto 3

📸Foto 4 (🧩Montagem)


🔍 Acervo SEDOC RAC


📸Foto 01

📸Foto 02 (🎨 Colorizada)

📚 NOSSA ALTA SOCIEDADE: Jarbas Dias Marco

Quando o vi, bem no encontro das Avenidas Francisco Glicério e Moraes Sales, não pude deixar de lhe chamar para uma breve conversa, para saber mais sobre este tipo popular, que há anos vejo circular pelo centro de Campinas vendendo seu material didático, sempre com muita simpatia e um sorriso contagiante.

O mineiro Jarbas Dias Marco nasceu no dia 05 de maio de 1949. Veio para Campinas a fim de estudar engenharia e, certamente como tantos, apaixonou-se pela cidade a ponto de fixar residência, casar-se, e com muito orgulho, hoje ser pai de duas filhas e avô de duas netas.



Jarbas formou-se em Engenharia de Produção Mecânica pela UNIMEP de Piracicaba, em 1976. Trabalhou em diversas empresa, dentre elas, a  Condasa, que ficava na Avenida Governador Pedro de Toledo.

Também trabalhou como professor e deu aulas em quase todas as escolas da Delegacia Leste, dentre elas, o primeiro Grupo Escolar de Campinas, a Escola Francisco Glicério. Jarbas era professor de Matemática e Física.

Depois que se aposentou das profissões de engenheiro e professor, Jarbas resolveu trabalhar com vendas de um material didático, que ele mesmo desenvolve artesanalmente. Segundo o nosso tipo popular, sua atividade denomina-se produção de atividade criativa com papel.

São jogos criativos, quebra-cabeças, desenhos, atividades de ABC e Matemática em papel, que Jarbas há anos tem anunciado pelas ruas do centro campineiro, pelos terminais de ônibus e locais de grande movimentação, tornado-o uma figura querida e conhecida.

Nos 250 anos da cidade de Campinas, faço uma homenagem a esta figura popular que aprendeu a amar nossa cidade, que construiu uma linda história desde que aqui chegou e que sempre torna o centro de Campinas mais belo com sua alegria de viver.


✍️📸 ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor


 

📖 NOSSA ALTA SOCIEDADE é o título dado pelo jornalista Moacyr Castro a uma crônica sobre os chamados "ditos populares", figuras do universo cotidiano de Campinas.

"Eram os maiores amantes da cidade. Jamais ouvi de qualquer um deles um gesto, uma expressão, contra Campinas. Também eram os que mais conheciam nossas ruas, praças, avenidas, becos, cantos e antros. Para muitos, eram loucos. Pela distância do tempo, sinto que eram loucos por esta terra, esses grandes conhecedores da alma campineira e dos campineiros. Palmilhavam Campinas inteira, dia e noite, sempre transbordando a alegria de viver aqui e com os que aqui viviam."


- Moacyr Castro -

 

Fonte:


🔍 Jarbas Dias Marco, o qual agradeço carinhosamente pela boa conversa e por saber mais sobre sua linda história de vida.

🗄️📂 ARQUIVO ESPECIAL: A chacina da Porteira do Capivara


 Campinas, 16 de julho de 1917, segunda-feira. Uma greve de operários tem consequências trágicas que deixaram manchas de tristeza na história de Campinas.

No contexto da situação estava a primeira greve geral de trabalhadores, que se espalhou pelas principais cidades do pais. A greve exigia redução da jornada de trabalho, que chegava a 14 horas diárias, aumento de 25% nos salários e restrição ao trabalho de crianças e mulheres em condições insalubres.

Naquele dia 16 de julho, por volta de meio-dia, os operários das oficinas da Companhia Mogiana de Estradas de Ferro entraram em greve. Os operários de outras empresas também aderiram, como os operários da Companhia MacHardy Manufatureira.

O movimento também teve a participação dos operários da Companhia de Tração e Força, da Cervejaria Colúmbia, da serraria Avelino do Nascimento Souza, Reis & Cia, da Casa Confiança, da fundição Sim, Chechia, das Casas A. Pierro & Irmão, Manfredo Ítalo & Filho,  José Tarcon, e outros estabelecimentos. 

Estes operários grevistas conduziam uma bandeira vermelha em passeata pelas ruas da cidade, fechando os comércios, e liderados pelo anarquista italiano Ângelo Soave e por Armando Gomes, a principal liderança do movimento negro naquela época.



No dia da manifestação, Campinas estava sem polícia, pois o contingente estava na capital do estado. Às 15 horas, um trem chegou à cidade e trouxe 200 soldados.

O líder do movimento, Ângelo Soave, foi preso e seria levado para São Paulo. A fim de impedir isso, os grevistas contrataram o advogado, Pedro de Magalhães, cujo nome está eternizado hoje em uma rua do Cambuí, para negociar a liberação de Ângelo, mas não houve êxito.


Os operários dirigiram-se, então, para a Porteira do Capivara, com o intuito de impedir a saída do trem que levaria Ângelo Soave para a capital. Segundo a versão dos policiais, os operários arrancaram trilhos e colocaram paralelepípedos nas linhas de trem. 

A Porteira do Capivara era uma barreira que existiu na saída da antiga estação da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, na altura do atual Viaduto Vicente Cury, e que ligava a Rua Cônego Cipião, na esquina com a Rua Visconde de Rio Branco à atual Avenida João Jorge. Atravessando a porteira, chegava-se à Vila Industrial, através da antiga Rua João Jorge. 

Seu apelido, capivara, era em virtude do antigo guarda-porteira que trabalhou no local. Ela existiu até a inauguração do viaduto antigo em 21 de outubro de 1929. Este viaduto foi demolido na década de 1960, e foi substituído pelo atual Viaduto Miguel Vicente Cury.


Os policiais haviam acabado de chegar a Campinas em um trem especial, que parou nos trilhos do bairro Ponte Preta, para o desembarque. Eles seguiram pelos trilhos e agiram sob o comando do capitão José Dias dos Santos.

Armados de fuzis e aproximando-se da porteira sorrateiramente, os policiais iniciaram sem aviso prévio um brutal tiroteio contra os grevistas desarmados, sendo que a maioria foi atingida nas costas. O desfecho foi de três mortes e 16 feridos. 


A ação policial causou a morte de Antônio Rodrigues Margotto e Tito Ferreira de Carvalho, da Companhia MacHardy Hardy Manufatureira, e Pedro Alves, de apenas 18 anos de idade, operário da Companhia Mogiana de Estrada de Ferro.

Na Câmara Municipal de Campinas, vereadores  como Raphael Duarte, Omar Simões Magro e Álvaro Ribeiro repudiaram a chacina promovida pelos policiais, e orquestra pelo poder estadual. Uma violência que foi destaque nos principais jornais do país.

No Cemitério da Saudade existe hoje, na quadra 32, perpétuas número 40 e 41, os mausoléus de dois grevistas mortos na Chacina da Porteira do Capivara.

Os mausoléus foram projetados e construídos pelo artesão Antônio Coluccini, da Marmoraria Campineira, com recursos angariados pela Comissão de Operários junto aos trabalhadores das indústrias locais. São considerados os primeiros do país em memória a trabalhadores em manifestação.


Neles estão sepultados Antônio Rodrigues Magotto e Tito Ferreira de Carvalho, ambos falecidos a 16 de julho de 1917. O mausoléu de  Pedro Alves, falecido a 18 de julho de 1917, já não preserva as características da época em que foram construídos.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍 Jornal O Combate, a edição de 17 de julho de 1917.


🔍 https://ihggcampinas.org/.../a-chacina-dos-operarios-na.../


🔍 Página Campinas de Antigamente


🔍📸 https://promemorianegradecampinas.blogspot.com/.../massac...


📸 Blog Pró-Memória de Campinas 


📸 Pesquisa de Jane Durlin 


Livro: Falsa democracia, a revolta de São Paulo em 1924. Autor: Álvaro Ribeiro 

sábado, 14 de dezembro de 2024

👑 O CONCURSO DE MISS CAMPINAS DOS ANOS DE 1970: LURDES OLMOS

 LURDES OLMOS, a Miss Campinas de 1971 👏👏👏


Lurdes Bernal Fernandes Olmos nasceu no dia 05 de outubro de 1952, em Campinas.

Estudou nos colégios Imaculada, Vitor Meireles e Ataliba Nogueira. Formou-se em Secretariado pela PUC de Campinas. Também concluiu o Curso de Inglês.

A filha do Sr. José e da Sra. Flora Olmos sempre priorizou a independência e, antes do Concurso de Miss Campinas, estudava e trabalhava como secretária executiva.



A jovem de 19 anos, estudiosa e dedicada, logo descobriu que também era admirada por sua beleza e simpatia. 

Naquele ano de 1971, foi convidada a participar do Concurso Miss Círculo Militar pelo Coronel Rodolfo Pettená, então presidente do concurso. Não deu outra. Lurdes foi eleita Miss Círculo Militar.



Logo depois, veio o convite para participar do Concurso de Miss Campinas de 1971. Segundo entrevista ao jornal Correio Popular, Lurdes disse que entrou no concurso para ter uma nova experiência e foi muito incentivada por seus familiares e pelo noivo.


A disputa do Concurso Miss Campinas daquele ano ocorreu no dia 28 de maio nos salões do Tênis Clube de Campinas, no bairro Cambuí.

As candidatas que participaram do concurso foram: Lurdes Bernal Fernandes Olmos, Miss Círculo Militar; Sandra Regina Ferreira, Miss Ipanema Clube; Maria Mercedes Mateus, Miss Andorinha Parque Clube; Sônia Elizabette Turquette, Miss Andorinha Clube; Aparecida da Graça Barbarini, Miss Comercial; Sônia Aparecida Garcia, Miss Vila Castelo Branco; Maria Elisa Bugim, Miss Castelo Branco; e Creusa da Silva, Miss Jardim Paulicéia.


Nos salões do Tênis Clube de Campinas, por volta das 21 horas, do dia 28 de maio, o juri esteve diante das participantes que realizaram o desfile final.

O júri era composto por Hélios Morais Siqueira, representante do Prefeito Orestes Quércia; Sócrates Luiz Potyguara, diretor-presidente da Forbeasa S/A; Flora Maria, modista; Beatriz Carvalho, jornalista do Diário do Povo; Denise Vita Godoy, pianista; José Jofre Silva Melo, chefe do cerimonial da Prefeitura; José Roberto Magalhães Teixeira, presidente do Tênis Clube; Helena Souza; Lima Cunha Penteado, presidente da Academia de Ballet Lima Penteado; Regina Rocha Brito, e Vanda Fernandez Rosa, artista plástica.


Antes dos desfiles, as misses foram homenageadas por elementos da Associação Atlética Ponte Preta. A festa foi em benefício do Natal do filho do servidor municipal.




Lurdes Bernal Fernandes Olmos foi eleita Miss Campinas, entre oito moças concorrentes. Ela conseguiu sete dos onze votos do juri.


Em segundo lugar ficou Sônia Aparecida Garcia, também eleita Miss Imprensa, e em terceiro, Sônia Elizabette Turquette. As candidatas indicaram para Miss Simpatia Aparecida da Graça Barbarini.

Antes de entregar a faixa a Miss Campinas de 1971a Lurdes Olmos, Sônia Yara Guerra, Miss Campinas de 1970, despediu-se:

" É com tristeza que me despeço deste ano que trouxe alegrias e realizações. Foram 365 dias que vivi um sonho, uma vida irreal. Ao apoio, amizade, carinho e fé que depositaram em mim agradeço e desejo que minha sucessora tenha um ano venturoso, que seja para ela uma experiência marcante como foi para mim".


Após vencer o Concurso de Miss Campinas, Lurdes Olmos representou a cidade no concurso estadual da beleza, e continuou brilhando naquele maravilhoso ano.

Durante o confinamento no Miss São Paulo, as saídas para os eventos contavam com as motos da polícia militar e sirenes ligadas, batedores, para passagem das misses.


O Concurso de Miss São Paulo de 1971 foi disputado no dia 20 de junho, no Ginásio do Palmeiras, em benéfico do Lar Maria Gertrudes.

Lurdes Olmos desfilou com um traje típico em homenagem ao Maestro Carlos Gomes. Ela foi classificada entre as 5 finalistas e encantou a todos com sua beleza


Foi um ano glamouroso e mágico de muitas viagens eventos para nossa miss. Principalmente, foi um ano de  enriquecimento pessoal e cultural. Lurdes conheceu pessoas incríveis, cujas amizades perduram até os dias de hoje. Conheceu personalidades admiráveis.


As pessoas que se aproximavam dela para conversar, conheciam um ser humano dotado de simpatia, comunicabilidade e amor ao próximo.

Lurdes era querida pelas crianças, e chegou a dar aula de Ballet, no Círculo Militar, exibindo ternura, naturalidade e suavidade.


Com adultos, personalidades e autoridades era uma pessoa mais sóbria e acima de tudo gente. Era olhada como uma rainha da beleza nas ruas, nas lojas, nos supermercados. 


Após o Concurso de Miss São Paulo, Lurdes retornou para o aconchego da família e focou no seu crescimento profissional. Nunca teve pretensões de seguir carreira artística. 


" Ser Miss Campinas 1971 foi um ocasional presente da vida e foi vivido com muita intensidade!"



Atualmente, Lurdes Olmos segue sua trajetória de muita luz, encanto e simpatia. Uma pessoa que não se tornou miss. Sempre foi miss por todas as suas qualidades, virtudes e por sua inesquecível beleza.


💝Conselho de Lurdes Olmos às aspirantes do título de Miss Campinas:

" Na passarela as candidatas devem mostrar tudo de si. Como não podem falar, tem que mostrar no desfile, toda a elegância e personalidade que possuem, e acima de tudo, que são realmente mulheres"


💝 Conselhos de Lurdes Olmos à Miss Campinas:

" Ela terá que adquirir por si uma grande responsabilidade que é a de ostentar o título de Miss Campinas, em todos os sentidos. Em São Paulo, não deverá julgar-se vencedora ao conhecer as demais concorrentes. Não deverá se esquecer que estará competindo com 40, 50 moças tão bonitas como elas, que passaram pelo mesmo julgamento. Deverá mostrar o que é e não procurar artificialidades, levando com naturalidade o título que enverga"


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor  


Fonte:


🔍 📸 Lurdes Olmos


🔍 📸 Acervo da Biblioteca Municipal de Campinas "Ernesto Manuel Zink"


🔍 📸 Jornal Diário da Noite

🎁 LOJAS DO PASSADO: Sanitária Guarany

A história da Sanitária Guarany teve início no dia 19 de março de 1957, quando o comerciante Melchior Ferreira montou uma loja de materiais de construção civil, em Campinas.

Associaram-se a Melchior no negócio, seu cunhado carioca Valdir Marcolini, o funcionário José Olavo Nogueira, Vando Marcolini e Afrânio Alves Ferreira, irmão de Melchior, e que por muito tempo dirigiu a loja.


O endereço escolhido para instalar a loja foi a Rua Luzitana, na esquina com a Rua General Osório, no número 1170, no centro de Campinas.

A loja adotava uma política voltada à comunidade, dava suporte às pequenas, médias e grandes construtoras, por isso, logo seu nome expandiu-se e ficou conhecido em toda região de Campinas e do interior do Estado de São Paulo.


Na Sanitária Guarany eram comercializados uma extensa linha de produtos e serviços, desde o básico ao acabamento. Trabalhava com as principais marcas do mercado. Eram oferecidas vantagens significativas aos clientes e consumidores, inclusive no custo final de cada produto. 

Seus funcionários recebiam todas as garantias sociais, e dependendo do nível de aproveitamento, recebiam promoção automática.  Alguns deles, aposentaram-se na loja.


Mas com o tempo e após superar as oscilações econômicas do país, a Sanitária Guarany passou por transformações administrativas. Deixaram o negócio os sócios Melchior, Valdir, José Olavo e Vando Marcolini. Tais membros, ou partiram para outros ramos de negócio ou se aposentaram. 

Coube a Afrânio Alves tocar a loja, mas com uma ajuda feminina muito importante. Naquela época, Carmen Piccirillo Ferreira juntou-se a Afrânio na administração da Sanitária Guarany, acrescentando sua voz e coragem. 


Além da sede na Rua Luzitana, a loja abriu uma filial com o tempo, na Rua Rafael Salles, 589, no bairro Bonfim. Além de um depósito de materiais, na estrada que liga Campinas a Monte Mor. 


Em 1989, a loja contava com 89 funcionários, que eram chamados pelos dirigentes como "Família Sanitária Guarany". A grande maioria tinha mais de 20 anos de empresa.


O registro de CNPJ da Sanitária Guarany foi baixado em 2008, e a loja foi mais um daquelas notáveis referências comerciais do centro de Campinas que desapareceu nas últimas décadas

✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍 📷 Jornal Diário do Povo, edição de 1989


👉 Acervo: Biblioteca Pública Municipal Professor Ernesto Manoel Zink 


📷 Publicação de Valter Ananias, no grupo Campinas Antiga, no dia 06/09/2021

🗣️ NOSSA ALTA SOCIEDADE: FIRMA NÊGA

Quando se fala nos tipos populares de Campinas, aqueles personagens do cotidiano da cidade percebidos pela constante presença nas ruas urbanas e por seus traços característicos, logo nos vem à memória Gilda, Mané Fala Ó, Dito Colarinho, Bozó, Zé Trovão, dentre outros, não é verdade?

Mas, é verdade também que muitos espectadores dos tempos desta Campinas mais inocente e pitoresca, mencionam com certa nostalgia o tal do Firma Nêga, que um dia não escapou das lentes fantásticas e valiosas de Aristides Pedro da Silva, o V8.


Pouco se sabe sobre o Firma Nêga. Até sua imagem foi por muito tempo um mistério para mim. Soube algumas peculiaridades sobre ele através de relatos daqueles que escrevem a história da cidade com suas incríveis lembranças, e vou construir agora um pouco da vida de nossa querido tipo popular através destes relatos.

Segundo um comentário de Davi Silva, o Firma Nêga estava sempre no Mercado Municipal de Campinas, e frequentava o Bar do Pachola.

José Carlos Guireli disse que conheceu o Firma Nêga por volta dos anos de 1970, e que o tipo popular vivia perambulando para os lados da Rua Barão de Jaguara e da Conceição. Toninho Tones Corrêa via o nosso personagem na Rua 13 de Maio e na Costa Aguiar.

Nossa amiga Romilda Casizzi Baldin lembra do Firma Nêga como um senhor que vivia bêbado lá para os lados do Externato São João.

A Mariucia Martinho lembra-se de que havia quem chamava o Firma Nêga de Segura Nêga. Já o Wilson Facchini comentou que o Firma Nêga dormia debaixo da escada da Catedral, falava "Firma Nêga" e um palavrão em seguida. Dione de Grossoli disse que os palavrões eram daqueles bem cabeludos.

O Renato Prado ao comentar deu uma pista sobre o nome do tipo popular. Segundo Renato,  seu pai dava almoço quase todo dia ao Firma Nêga, que, supostamente, chamava-se Damião. Este senhor, o Damião, imitava uma buzina.

Lázaro Narciso Rodrigues recordou do Firma Nêga como um homem bonzinho e humilde, que vivia no Largo da Estação e toda vez que dava uma balançada, para cair quase sempre de fogo, dizia "Firma Nêga", razão do seu apelido.

Jorge Luiz da Costa comentou que o Firma Nêga dizia para as pessoas amarem a mãe, que é única, pois pai tem bastante. Segundo Sueli Aparecida Ferrigo Reis, ele dizia exatamente isso quando parava para conversar nas portas das lojas, na Rua 13 de Maio.

Cássia Toledo Pisa lembra que Firma Nêga andava pelos lados da Prefeitura com livros e flores na mão, e quando via alguém gritava "Firma Nêga!".

Poderia colher mais e mais relatos, e ir tecendo a história deste tipo popular. Mas, como o meu tempo é escasso para tamanha pesquisa, vou esperar que esta publicação desperte o entusiasmo daqueles que conheceram ou observaram o Firma Nêga, e possam confirmar os relatos de seus colegas, e acrescentarem mais informações para que a memória deste personagem querido das ruas campineiras permaneça viva e sempre presente.


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA 

Campinas, meu amor  


📖 NOSSA ALTA SOCIEDADE é o título dado pelo jornalista Moacyr Castro a uma crônica sobre os chamados "ditos populares", figuras do universo cotidiano de Campinas.

"Eram os maiores amantes da cidade. Jamais ouvi de qualquer um deles um gesto, uma expressão, contra Campinas. Também eram os que mais conheciam nossas ruas, praças, avenidas, becos, cantos e antros. Para muitos, eram loucos. Pela distância do tempo, sinto que eram loucos por esta terra, esses grandes conhecedores da alma campineira e dos campineiros. Palmilhavam Campinas inteira, dia e noite, sempre transbordando a alegria de viver aqui e com os que aqui viviam."


- Moacyr Castro -


Fonte:


🔍 Comentários no Facebook 


📸 Uma foto de Aristides Pedro da Silva, o V8

🚴 DESDE 1951: Lunardi Bicicletas

 Andando pelo centro de Campinas em busca dos comércios antigos, estive desta vez na esquina da Rua 13 de Maio com a Rua Visconde de Rio Branco, onde uma tradicional loja especialidade em bicicletas resiste ao tempo.

🚲 A atual Lunardi Bicicletas, antiga Casa Lunardi, foi fundada em 1951 por Edson Lorencetti Lunardi, que nasceu no dia 08 de setembro de 1926, em Campinas.




Edson Lunardi era filho de Olinto Lunardi, que foi o primeiro morador e fundador da atual Vila Lunardi, na região da antiga Fazenda Boa Vista. 

Edson cresceu naquela região onde convivia com os movimentos da antiga Estação Boa Vista. Estudou em uma escola do bairro, que não existe mais, e formou-se em Contabilidade no Colégio São Luiz.



Trabalhou em São Paulo por algum tempo como representante do Laboratório Sidney Rossi. Também trabalhou trasportando batatas com um caminhão que adquiriu com muito esforço e trabalho, no final de década de 1940.

Casou-se com Lucy Checchia Lunardi, que nasceu na cidade de Santo André. A festa de casamento foi na antiga sede do Clube Concórdia na Rua José de Alencar. 

O prédio foi demolido no dia 07 de março de 1962 em virtude do alargamento da Avenida Moraes Sales e da construção do Viaduto Cury.

No início da década de 1950, Edson resolveu entrar em um novo ramo de negócio e em sociedade com um amigo fundou em 1951 a Casa Lunardi, um loja e oficina dedicada ao conserto e venda de bicicletas, peças e acessórios em geral.



Eu estive na loja e conversei com o proprietário, o filho de Edson Lorencetti Lunardi, Edson Roberto Lunardi, que muito emocionado contou-me a trajetória do pai e as transformações que o centro de Campinas passou ao longo do tempo.

Edson ainda era criança quando o pai montou o negócio, que era a vida dele. Ele lembra que a família morou por algum tempo na Rua Costa Aguiar, e na infância, ajudava o pai atendendo no balcão da loja, brincava na Praça Lago dos Cisnes, apreciava os brinquedos na vitrine da Casa Bongo, assistia às gazetinha do Cine Windsor aos domingos, ia na casa dos avós na atual Vila Lunardi.


Com muita emoção, Edson lembrou do empenho do pai para manter a loja, e de sua generosidade. Ele vendia bicicletas e acessórios para pessoas como os trabalhadores da Vila Industrial, e muitas vezes, a garantia era apenas os acordos verbais. Era uma confiança quase sempre correspondida.

Seu pai era querido por todos os comerciantes da Rua 13 de Maio, inclusive pelos tipos populares como o Mané Fala Ó, que certa vez fez companhia a ele em uma viagem para São Paulo. Também tinha simpatia pelo Firma Nêga, que trabalhava descarregando caminhão em um armarinho de secos e molhados na Costa Aguiar.


Edson Roberto Lunardi contou-me que via o bonde passar em frente a loja. Em uma época de uma Campinas mais simples e suntuosa, ele  tinha como lazer noturno o Clube Semanal Cultura Artística e os cinemas que eram muitos. Achava um luxo as lojas da Avenida Dr. Thomáz Alves. Também lembrou com tristeza e indignação o que fizeram com o Teatro Municipal Carlos Gomes demolido em 1965.

As décadas de 1960 e 70 foram quando a loja teve seu maior movimento. Uma época em que pessoas elegantes passavam pela Rua 13 de Maio e encontravam diversos comércios, que vendiam variados produtos. 


Seu pai, Edson Lorencetti Lunardi, faleceu no dia 28 de março do ano 2000. Apenas deixou de ir trabalhar na loja, quando não tinha mais saúde, mas ensinou ao filho como amar o que se faz e fazer da melhor maneira possível. 

"(...) Vieram os shoppings, apareceram bicicletarias nos bairros. Mas, com o maior orgulho, digo que tenho clientes do tempo do meu pai. É muito legal quando as pessoas confiam, percebem a seriedade do trabalho. Vou ficar aqui até morrer”, disse Edson Roberto Lunardi, certa vez, a uma entrevista ao Grupo RAC.


A Lunardi Bicicletas fica na esquina da Rua 13 de Maio com a Rua Visconde do Rio Branco, 270. A marca da loja é tradição e confiança. Optou-se em manter o negócio pequeno para que sempre pudesse se oferecer uma atenção especial a clientela e por lá já passaram por avô, pai e agora netos.

É especializada em bicicletas e seu diferencial são os anos de experiência, dedicação, comprometimento e respeito aos seus clientes. Além, é claro, de sua linda história de sucesso!


"Meu sincero e carinhoso agradecimento ao Sr. Edson Roberto Lunardi, que me concedeu a entrevista e com o qual passei mais de uma hora agradabilíssima, conversando sobre a loja e sobre Campinas. Uma pessoa educada, doce e trabalhadora. 



Desejo que cada vez mais as pessoas prestigiem a loja, que o movimento volte a ser grande, e convido a todos os meus amigos, que gostam de bicicleta, que visitem a loja!"


✍️ ALEXANDRE CAMPANHOLA

Campinas, meu amor 


Fonte:


🔍📸  Entrevista de Edson Roberto Lunardi, proprietário da Lunardi Bicicletas 


🔍https://www.lunardibicicletas.com.br/


🔍 https://correio-rac-com-br.cdn.ampproject.org/.../comerci...